Quando há dias disse aqui "o que mais perturba, neste ponto da crise mundial, é percebermos que ninguém tem uma ideia que seja alternativa ao primado do dinheiro", não estava a querer regressar à idade da pedra. Esse fetichismo nada resolveria. O dinheiro não tem culpa de nada, os seus proprietários sim.
O que queria dizer é que não há alternativas consideradas viáveis pela generalidade das pessoas.
Qualquer um pode inventar "soluções maravilhosas" à mesa do café mas isso não resolve.
Esta crise está a mostrar a fragilidade do sistema, totalmente à mercê da confiança dos cidadãos, mas também está a mostrar que os cidadãos não encontraram ainda uma outra forma alternativa de organizar a produção e a distribuição da riqueza para onde possam desviar a sua confiança.
Quer isto dizer que, se houver vontade, qualquer outra solução pode funcionar ? não !
Quer isto dizer que vale a pena equacionar o problema e avançar com ideias e propostas ? sim !
Acima de tudo, mesmo quando ainda isso pareça inverosímil, é necessário regressar sempre à ideia de que o sistema económico que sempre conhecemos,baseado na empresa capitalista e no trabalho pago com salário, é um fenómeno histórico que um dia terá fim.
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"Cancelamentos culturais" na América (10)
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[image: TT18.jfif]
«Ernest Hemingway costumava elogiar Mark Twain (1835-1910) alegando que
este romancista, humorista e repórter ensinara os compatrio...
Há 1 hora
5 comentários:
Estou totalmente de acordo com o seu entendimento e com a sua proposta, Fernando. Chamar-lhe-ía "Plano A".
Mas, e se a actual situação costituir o início de um processo de colapso irreversível, que não permita o tempo necessário para "equacionar o problema e avançar com ideias e propostas"? - uma rotura desgovernada rumo ao caos social?
Como lidar com uma tal situação?
Parece-me também necessário prever pelo menos um "Plano B".
nelson anjos
Nelson,
O caos é, por definição, impossível de planear.
Como o caos não dura eternamente há que pensar sobre o que virá depois.
-Talvez o digitalismo eheheheheheh
A.Fagundes
Espero que dê para comprovar que esse A.Fagundes aí de cima não é o verdadeiro A.Fagundes.
Afinal, o digitalismo até poderá ser a tecnologia dominante, mas não será, certamente, o modo de produção dominante.
Quando o capitalismo perecer, quem cá estiver verá que tipo novo de relações de produção tiveram capacidade para superar o salariato.
O Fagundes discorda do Redondo, mas nunca viu necessidade de ridicularizar as suas ideias.
A.Fagundes.
Obviamente:
"Quando o capitalismo perecer, quem cá estiver verá que tipo novo de relações de produção teve capacidade para superar o salariato".
A.Fagundes.
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