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JOKER
Joaquin Phoenix num grande filme de Todd Phillips.
Já muito foi dito, a favor e contra, acerca deste filme.
Eu gostei. É especialmente interessante a ligação do caso individual, com a sua triste história de vida, à frustração de grandes grupos sociais perante uma sociedade vista como injusta e, principalmente, caótica e incompreensível.
O populismo e os motins nas cidades alimentam-se desse sentimento de invisibilidade que afecta muita gente.
A sociedade do espectáculo, muito bem mostrada no filme, é a cereja em cima do bolo.
Rua do Benformosoontem percorri esta paralela à Almirante Reis, em Lisboa, desde o Martim Moniz até ao Intendente.Assim tomei contacto com uma realidade pouco visível para quem anda nas ruas principais. Lojas, oficinas e habitações parecem estar quase todas ocupadas por imigrantes maioritáriamente asiáticos.Temos a sensação de voltar a uma sociedade medieval, de pequenos artesãos e comerciantes, que "empregam" na maior parte dos casos membros da própria família.
Mesmo quando aparece a tecnologia moderna ela é aparentemente resultado de circuitos industriais e comerciais alternativos, baseados em trabalho manual e em clonagem do design.
Aqui está um tema interessante para estudos sociológicos; as comunidades de imigrantes a criar "modos de produção" arcaicos, bolsas alternativas aos grandes potentados do capitalismo.
Dia de chuva em Nova Yorka frase chave do novo filme de Woody Allen é:"Reality is for those who cant do better"O velho Woody mostra, com mestria, que na ficção, como no mundo dos ricos, tudo é possível. Possibilidades infinitas mas cheias de alçapões.