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terça-feira, fevereiro 15, 2011

Para compreender o Egipto

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Um interessantíssimo debate entre Zizek e Tariq Ramadan sobre a revolução no Egipto.


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sábado, fevereiro 12, 2011

Um 25 de Abril à civil

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Este 25 de Abril à moda do Cairo não pode deixar de emocionar os portugueses de sessenta anos ou mais, apesar de todas as dúvidas que permanecem acerca da natureza do novo poder no Egipto pós-Mubarak. 
Mas a mim o que mais me tocou foi a força serena do povo quando decidiu rejeitar o regime vigente. 
No nosso 25 de Abril foram os militares revoltosos que partiram a espinha ao regime fascista; só depois o povo veio para a rua confirmar e festejar a libertação.
Já no Egipto foi o povo a tomar a iniciativa e foi o povo, com a sua persistência e determinação, que moldou a orientação do aparelho militar.
Este facto faz da revolução egípcia uma experiência importantíssima que demonstra a viabilidade e a eficácia de desobediência civil quando se torna massiva.

 

segunda-feira, setembro 27, 2010

Nem tanto ao mar nem tanto à terra

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O que mais me impressionou nesta fotografia, publicada na Visão, nem foi a mulher de burka mas a "cara de pau" dos candidatos no Afeganistão.
Eu, que acho os nossos candidatos demasiadamente sorridentes, fiquei chocado com a severidade destes rostos.
Não captam os votos com demagogia barata, como fazem os nossos; sou levado a pensar que o fazem assustando os eleitores. Nem tanto ao mar nem tanto à terra, digo eu.
Há outros mundos no nosso planeta.


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segunda-feira, janeiro 04, 2010

O deserto de Lawrence

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Revi recentemente o filme de David Lean que já não via há muitos anos. Agora com a vantagem de ter estado em 2009 no cenário físico de muitas cenas do filme, a zona desértica de Wadi Rum no Sudoeste da Jordânia.

Os enormes espaços de areia, onde emergem rochedos graníticos impressionantes, são realmente um cenário fabuloso que o filme aproveita de forma soberba.

Aqui ficam algumas imagens recolhidas por mim na Primavera de 2009. Para ver mais clique aqui.


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quarta-feira, outubro 21, 2009

Ocidente felicita Karzai ? mas exige segunda volta credível ?

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Ocidente felicita Karzai ? Um tipo faz uma fraude de mais de um milhão de votos e é felicitado ? E em vez de ser encarcerado vai a uma "segunda volta credível" ?
Depois disto o Ocidente e a ONU vão pregar democracia a quem ? com que lata ?
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quarta-feira, maio 06, 2009

Campeonato Mundial da Imbecilidade

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O medo da gripe dos porcos levou a direcção do jardim zoológico de Cabul a pôr em isolamento o único porco conhecido no Afeganistão.
O animal foi fechado numa casa de inverno e impedido de andar na relva com a sua melhor amiga, uma cabra.
“Fechamos o porco temporariamente na sua casa de Inverno por causa da gripe suína”, disse o director Aziz Gul Saquib.
“A maioria das pessoas têm poucas informações sobre a gripe suína e ao verem o porco podem entrar em pânico com medo de serem contaminadas. Para evitar que isso aconteça pusemos o porco longe dos olhares públicos há dois,” acrescentou.
O porco é o único suíno no Afeganistão. O consumo de carne de porco é proibido pelo Islão.
O animal foi oferecido da China ao Afeganistão em 2002. Pequim quis contribuir para a reconstrução do principal zoo da capital, que foi praticamente destruído durante a guerra civil de 1992 1996.

DN, 06.05.2009

Um pouco por todo o mundo, e mesmo em Portugal, vão surgindo candidatos ao primeiro prémio no Concurso Mundial da Imbecilidade. O Zoo de Cabul é um sério concorrente.
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quarta-feira, abril 29, 2009

Egípcios

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Um conjunto de imagens recolhidas em Março no Egipto, entre Luxor e Abu Simbel, pode ser visto AQUI.

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quinta-feira, abril 16, 2009

A margens do Nilo

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Antes de partir para o Egipto interroguei-me muitas vezes acerca de como seriam as margens do Nilo.
Agora que regressei resolvi deixar AQUI uma panorâmica para quem estiver interessado nesse assunto. Eu percorri o Nilo entre Luxor e Assuão.
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sexta-feira, abril 03, 2009

O Cairo para além das Pirâmides

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Agora que me encontro na fase de digestão da viagem vou falar mais um pouco do Cairo.

Como já disse anteriormente, é uma cidade imensa (20 milhões) que atrai e repugna ao mesmo tempo. Tem um tumor nas costas, chamado pirâmides, que não pára de crescer ao ritmo de oito milhões de turistas por ano.



O Nilo dá-lhe o espaço necessário para respirar. Eu fiquei no Ramsés Hilton, junto à margem, de onde e à noite via os inúmeros barcos que brilham como carrocéis de feira enquanto passeiam pares de namorados.

Em nenhum lugar eu vi como no Cairo, em pleno centro, junto aos grandes hotéis e às torres de escritórios, tamanhos bairros decadentes e caóticos. O tráfego rodoviário é demencial e prolonga-se noite fora pelas grandes avenidas erguidas sobre pilares até à altura do segundo andar dos prédios.



Há também um toque do século dezanove com a sua arquitectura da Europa de então. Como se fossem restos de uma civilização desaparecida sob a balbúrdia de um novo quotidiano.

Os turistas confluem, como moscas, para o bazar Khan El-Khalili e para as incontáveis mesquitas. Eu, que não tinha muito tempo, pude apesar disso visitar com algum detalhe as mesquitas de al-Azhar e de Mohammed Ali (na Cidadela).


Fumei a sheesha no famoso café Fishavi's, numa ruela junto da mesquita al-Hussein e jantei no restaurante Khan El-Khalili onde se homenageia o prémio Nobel egípcio Naguib Mahfouz.

Como qualquer cidade caótica e exótica o Cairo é um encanto para os fotógrafos. Enquanto lutava contra a falta de luz no entardecer das vielas cheguei a ser alertado, com gestos convincentes, para o perigo mortal de fotografar mulheres em tais paragens.



Dei uma volta pelo antigo bairro copta do Cairo, que se anichava por trás de portas pesadas e que nos remete para os tempos de remotos cristianismos dissidentes.

Depois de tudo isto ficou-me a sensação de precisar de várias semanas para esquadrinhar uma cidade tão vasta e tão antiga. Mas o mundo é muito grande e não espera...


Ver aqui as imagens que recolhi no Cairo.


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quinta-feira, março 26, 2009

Obras faraónicas

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Abu Simbel é realmente magnificente apesar do senão de se tratar de uma reconstrução, também ela espantosa, 90 metros acima do local original.
Ramsés 2 tem aqui um belo trabalho de autopromoção.
Fiquei espantado por verificar que até na face de Nefertari, um dos seis colossos da entrada, como em quase todos os monumentos, existem inscrições feitas por energúmenos do século dezanove.

Mas o espanto não se fica por aqui. Aos pés dos templos estende-se um verdadeiro mar que foi criado pela barragem de Assuão. É bom lembrar que estamos em zona desértica a mais de 300 quilómetros da barragem.
A barragem foi feita com uma quantidade de pedras suficiente para fazer 17 pirâmides, segundo me disseram.
As obras faraónicas continuam portanto.

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quarta-feira, março 25, 2009

As surpresas do Nilo


Estou a navegar no Nilo, entre Kom Ombo e Assuão.
O rio é uma verdadeira autoestrada de ferries, são às dúzias. Algo que eu nunca tinha imaginado.
Neste momento não tenho condições para falar mais sobre o Nilo, fica para depois.
Amanhã vou a Abu Simbel.
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terça-feira, março 24, 2009

Vale dos Reis

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Hoje arranjei maneira de trabalhar a partir do meu laptop em vez do computador do barco. Voltei portanto a poder usar imagens recolhidas por mim e a dispor dos caracteres todos.
Foi o dia do Vale dos Reis, um sítio que nos esmaga. Lá fiz a via sacra das tumbas, só algumas claro, e continuei a interrogar-me: como foi possível tal sofisticação mil anos antes de Péricles ?
Foi um martírio, embora compreenda, a proibição de fotografar.

Depois segui para o maravilhoso, e negligenciado, templo de Medinat Habu que ilustro com fotografias.

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segunda-feira, março 23, 2009

A Maldicao dos Faraos

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Estou a escrever a bordo de um barco de cruzeiro atracado em Luxor. Por isso a imagem que ilustra este post nao foi recolhida por mim e o texto vai certamente apresentar problemas por falta de caracteres.

Dito isto deixem que me declare maravilhado com Karnak. Grandiosidade, sofisticacao e antiguidade constituem um excelente cocktail.

Confesso que nunca me canso de admirar, e fotografar, os baixos relevos e pinturas dos antigos egipcios.

Dembulei depois por Luxor, fumei umas cachimbadas com cha' de menta e acabei por ser reenviado para o meu refugio flutuante por uma tempestade de areia que se abateu ao fim do dia.

A areia que comi, em querer, soube-me a maldicao dos faraos (o guia insiste em convercer-nos, como se fossemos mentecaptos, de que tal maldicao nao existe).

Amanha zarparemos Nilo acima.
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domingo, março 22, 2009

A ditadura dos lugares comuns

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Hoje visitei as pirâmides. Trata-se de um local imponente mas assombrado pela sua própria reputação.

O observador não consegue ter a certeza sobre o que está a ver. São mesmo as pirâmides ou apenas mais uma das suas milhentas representações ?

Disseram-me que são visitadas por oito milhões de pessoas todos os anos. Essas pessoas produzem certamente qualquer coisa como cem milhões de "novas imagens" das pirâmides todos os anos.

Como se não fosse suficientemente assustador este número o nosso guia insistia em nos recomendar os locais específicos de onde podíamos obter mais uma imagem "como vem nos livros".

Até um militar de metralhadora às costas insistiu em me ensinar a inclinar a câmara de forma a parecer que o fotografado está a pegar na pirâmide de Keops com a ponta dos dedos.

É a ditadura dos lugares comuns.

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sábado, março 21, 2009

O Cairo à primeira vista

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As três imagens apresentadas foram todas obtidas da varanda do meu quarto, junto ao Nilo, no centro do Cairo.

Cheguei há bocado mas já percebi que é uma cidade imensa e com uma vitalidade transbordante. Assustadora e apaixonante.

Um relacionamento para lenta e longa maturação.

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sexta-feira, março 20, 2009

Mar Morto

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Quando o Sol se pôs sobre o Mar Morto já eu estava recuperado do meu erro. Contra todas as recomendações para só nadar de costas, dada a enorme salinidade, resolvi experimentar meter a cabeça na água e fui castigado um um ardor intenso nos olhos e na boca. Posso garantir que é mesmo muito desagradável.

Na margem oposta consegue-se avistar as torres de Jerusalem. Milhares de famílias jordanas fazem piqueniques neste local já que hoje é sexta-feira, um domingo para eles. Abrigam-se em arbustos com folhas que estão longe de ser pródigas e assam borrego em fogueiras.

Amanhã voo para o Cairo.


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quinta-feira, março 19, 2009

Wadi Rum

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Hoje assisti ao pôr do Sol no deserto de Wadi Rum. Um lugar maravilhoso.

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terça-feira, março 17, 2009

De Amã para Petra

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Amã acordou com um Sol esplendoroso. O incrível casario que envolve a velha acrópole resplandecia.
Partimos para Petra (de onde estou a escrever) via Madaba e Monte Nebo. Neste último, dizem, Moisés olhou a Terra Prometida e bateu as botas.
Lá em baixo o Jordão e o Mar Morto num horizonte árido.
Junto duas figuras humanas que me tocaram por motivos diferentes (penso que é óbvio).



Uma mulher polícia que torna amena qualquer captura.
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segunda-feira, março 16, 2009

Jerash

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Hoje visitei as espectaculares ruínas greco-romanas de Jerash, a norte de Amã na Jordânia. São as maiores e mais interessantes que conheço com excepção de Pompeia, claro.Aqui ficam duas imagens que recolhi para abrir o vosso apetite.

É uma pena que ontem, na fronteira, às duas da manhã, tenha tido que estar uma hora numa bicha para pagar os dez euros da "portagem". Acabei por me deitar às 4 e levantar às 7. Estou um bocadinho mareado.

Hoje quando acordei e liguei a televisão pensei que estava a delirar. A primeira coisa que vi foi o Ângelo Correia a "falar" árabe. Afinal era apenas a televisão local em reportagem de Lisboa sobre a visita dos reis da Jordânia a Portugal.

Amanhã parto para Petra.


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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Negócios da China e das Arábias

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A China e a Arábia Saudita assinaram ontem um acordo de 1,4 mil milhões de euros para a construção de uma via férrea de alta velocidade entre Meca e Medina, no âmbito de uma rede ferroviária que vai ligar os principais locais da grande peregrinação anual dos muçulmanos.Este foi um dos acordos assinados durante a visita de três dias do Presidente Hu Jintao. Além da área ferroviária, foram assinados acordos nos sectores do petróleo e gás natural, da indústria mineira e da saúde.As relações comerciais entre os dois países estão avaliadas em cerca de 33 mil milhões de euros.


Hoje em dia, o sistema acionário está enraizado na China e os negócios de títulos e ações vêm se tornando um tema quente entre a população. Segundo estatísticas da Companhia de Depositário e Liquidação de Ações da China (China Securities Depository and Clearing Corporation Limited), o número de contas válidas nas Bolsas de Valores de Shanghai e Shenzhen rompeu a casa de 100 milhões em fins de julho de 2008 e até fins de outubro do mesmo ano, o volume de liquidação chegou a 4,7 trilhões de yuans. Segundo a mesma fonte, cerca de 50 milhões de famílias e cerca de 150 milhões de chineses investem nas bolsas de valores.
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