quinta-feira, abril 28, 2005

7000 Anos de Arte Persa





Espantosa exposição, na Gulbenkian, que salta por cima do anedotário da política internacional e da visão estreita sobre o fundamentalismo islãmico para percebermos a perturbante sedimentação das culturas.


(Quem não tiver possibilidade de ver ao vivo pode ver on-line clicando na imagem acima)

quarta-feira, abril 27, 2005

Notícias do choque tecnológico






CONVERSA CAPTADA EM ESCUTA TELEFÓNICA PELA PGR:

- Prof. Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui. Comprei um computador, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?

- Desculpa?....

- Aquilo fecha a que horas?

- Zé, meteste a password?

- Sim! Quer dizer, copiei a do Freitas.

- E não entra?

- Não, pá!

- Hmmm....deixa-me ver... qual é a password dele?

- Cinco estrelinhas...

- Oh, Zé!...Pooooooo....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?

- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: "Cannot find printer"! Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!

- Pooooooo....Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão.

Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.

- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?

- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?

- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?

- Poooooo...Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.

- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?

- Oh, Zé...poooooooo....Eh, pá! esquece....Vamos fazer assim: clica no "Start" e depois...

- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...

- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí...Olha lá, e já tentaste enviar um mail?

- Eu bem queria, pá!, mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do "a".

- O circulozinho...pois.... Bom...vamos voltar a tentar aquilo da impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas.

- Ok, espera aí...

- Zé?...estás aí?

- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?

- Poooo....Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?

- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...

- Pooooooo....poooooooo....Zé, olha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte de baixo do écran?

- Samsung.

- Eh, pá! Vai mas é para o....

- Mariano?... Mariano?...'Tá lá?...Desligou....

segunda-feira, abril 25, 2005

Victory Day






Clique na foto para aceder a um site dedicado ao 60º aniversário da vitória da URSS sobre o nazismo.

sexta-feira, abril 15, 2005

Os "Abstractos" do estacionamento






Se quer ver alguns "abstractos" fotografados nos estacionamentos da Expo clique na foto.

terça-feira, abril 12, 2005

As “fraquezas” da direita



Têm-se multiplicado, nos últimos tempos, as declarações inflamadas sobre as derrotas dos partidos da direita, sobre o hiato nas direcções desses partidos e até sobre a necessidade, ou mesmo a possibilidade, de refundar a direita em Portugal.

A meteórica governação santanista e as tragicomédias dos congressos do PSD e do CDS servem de pasto aos comentadores mediáticos e os dirigentes de esquerda, navegando nas mesmas águas, espalham entre os incautos uma confortável, mas perigosa, sensação de alívio e de bonança.

Impõe-se perguntar:
- será que os interesses da direita estão sob ameaça séria ?
- as principais teses da direita, a fundamentação das injustiças em que se baseia o seu poder, estão realmente em regressão ?

Infelizmente a resposta a tais perguntas é negativa.
Nenhum partido de esquerda perspectiva atacar os interesses materiais das classes dominantes. Todos eles concentram as suas propostas no plano das prestações sociais sem beliscar a organização social da produção e sem questionar a propriedade ou as relações de produção próprias do capitalismo.
Os “empreendedores capitalistas” são unanimemente considerados os únicos capazes de promover o desenvolvimento económico, autênticos “salvadores da pátria”.

A distinção tradicional, em que a direita defendia o status quo e a esquerda pretendia destruí-lo, passou à história.

Assim sendo cabe indagar a razão de tanto alarido nas hostes da direita.

É verdade que um partido como o PSD tem dificuldade em afirmar uma clara identidade ideológica e em diferenciar inequivocamente as suas propostas mas tal deve-se, no essencial, ao facto de o PS ter despudoradamente invadido o seu espaço político. Por isso as fronteiras são cada vez mais imprecisas e a refrega desliza para questões secundárias e arrevesadas.

A direita diz que é preciso controlar as despesas da “máquina do Estado” mas só para evitar que os impostos dos trabalhadores, que têm sido os principais pagadores do sistema, deixem de ser suficientes e que alguém tenha a “peregrina ideia” de fazer pagar também os poderosos. Daí resultam alguns acessos de gritaria liberal e as consequentes pressões e chantagens que, como é costume, levarão o PS a moderar os ímpetos da campanha eleitoral logo que estejam ultrapassadas as eleições autárquicas

Por outro lado as classes dominantes temem os perigos que o girar do mundo continuamente desenvolve; quer se trate da ameaça dos baixos preços chineses, dos galopantes preços do “crude” ou do impetuoso desenvolvimento da tecnologia essas classes não acreditam que o governo socialista, por incompetência, esteja em condições de salvaguardar os seus interesses.
O “choque tecnológico” é uma graçola que ninguém leva a sério.

Em suma, as grandes ameaças que pendem sobre os interesses da direita têm origem externa, independente da vontade e do controle dos partidos de esquerda e estes, se ameaça constituem, é mais no plano da incompetência para entenderem o que está em jogo do que pela existência de algum plano próprio para criarem uma realidade social alternativa.

Por isso as grandes discussões que se avizinham, em que os partidos de direita se preparam para lançar todas as forças do campo “académico” e da “consultoria internacional”, são apenas as do papel e dimensão do Estado na sociedade e também do peso relativo dos sectores produtivos (têxteis ou turismo ?) e das “opções estratégicas” nos transportes e na energia.

Triturados pelos imperativos da dependência económica os partidos de esquerda lá irão a reboque das “decisões inevitáveis” e não poderão ter outra estratégia que não seja a de proteger os “empreendedores nacionais” sob pena de ver desaparecer os empregos e minguar as receitas fiscais.

Sem equacionar este falso dilema e sem romper este “círculo vicioso” no plano ideológico será impossível transformar o mundo em que vivemos.
É necessário demonstrar a viabilidade de novas relações de produção, esse é o tipo de inovação de que mais precisamos.
Em vez de funcionários precisamos de cidadãos empenhados em construir um novo universo produtivo, um novo modo de produção.

Trata-se de um caminho difícil mas sem alternativa.

Por isso em vez da refundação da direita precisamos, isso sim, é de refundar a esquerda.

segunda-feira, abril 11, 2005

Para nunca nos esquecermos...

...da maravilhosa diversidade dos humanos


Homem das ilhas TIWI


O artesanato encantador destas ilhas

(veja aqui)

quarta-feira, abril 06, 2005

A Biblioteca Nacional "surfada" on-line


BABCOCK, Richard Fayerwather, 1887-1954, designer

Join the navy : the service for fighting men / [design] Babcock.
- [S.l. : s.n., 1917]. - 1 cartaz : color. ; 107 x 73 cm
Cartaz destinado a incentivar o alistamento na Marinha, primeiro departamento governamental americano a promover a edição de cartazes.
- Data segundo Prints and Photographs Online Catalog da Library of Congress disponível em WWW: [consult. 26 Dez. 2003].
- Reprodução litográfica. - Marinheiro cavalgando um torpedo que desliza, velozmente, sobre a água (recorrência à figura da literatura infantil «barão de Münchhausen», divulgada a partir de 1785 pelo inglês Raspe)

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Estas e outras maravilhas, incluindo "Os Lusíadas" de 1572, "surfáveis" na Internet.

(veja aqui)

domingo, abril 03, 2005

A T H O U G U I A - Exposição de Pintura


(clique na foto para ver galeria)

A T H O U G U I A
Exposição de Pintura

GALERIA PEPPER’S
9 de Abril a 6 de Maio
Rua Dr. Miguel Bombarda, 15 - D
2500-238 Caldas da Raínha
T. 262 823 57

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É com uma Luz fervente, dando vida para lá do sonho, numa íntima e silenciosa lógica do abstracto, com figurações surrealizantes, num firmamento intemporal e um amplo ideário formal, que Luis Athouguia cria, como fulcro desta exposição, as suas atmosferas perturbantes e sentidas.
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Luis Athouguia, distinguido com o Prémio Vespeira, conta com mais de centena e meia de exposições no País e no estrangeiro, tem participado em importantes Bienais de Arte.