sexta-feira, dezembro 20, 2019
terça-feira, dezembro 10, 2019
terça-feira, dezembro 03, 2019
sexta-feira, novembro 29, 2019
terça-feira, novembro 26, 2019
segunda-feira, novembro 18, 2019
JOKER
JOKER
Joaquin Phoenix num grande filme de Todd Phillips.
Já muito foi dito, a favor e contra, acerca deste filme.
Eu gostei. É especialmente interessante a ligação do caso individual, com a sua triste história de vida, à frustração de grandes grupos sociais perante uma sociedade vista como injusta e, principalmente, caótica e incompreensível.
O populismo e os motins nas cidades alimentam-se desse sentimento de invisibilidade que afecta muita gente.
A sociedade do espectáculo, muito bem mostrada no filme, é a cereja em cima do bolo.
terça-feira, novembro 12, 2019
Rua do Benformoso
Rua do Benformoso
ontem percorri esta paralela à Almirante Reis, em Lisboa, desde o Martim Moniz até ao Intendente.
Assim tomei contacto com uma realidade pouco visível para quem anda nas ruas principais. Lojas, oficinas e habitações parecem estar quase todas ocupadas por imigrantes maioritáriamente asiáticos.
Temos a sensação de voltar a uma sociedade medieval, de pequenos artesãos e comerciantes, que "empregam" na maior parte dos casos membros da própria família.
Mesmo quando aparece a tecnologia moderna ela é aparentemente resultado de circuitos industriais e comerciais alternativos, baseados em trabalho manual e em clonagem do design.
Aqui está um tema interessante para estudos sociológicos; as comunidades de imigrantes a criar "modos de produção" arcaicos, bolsas alternativas aos grandes potentados do capitalismo.
Hora da publicação: 21:39 0 comentários
Etiquetas: cenarios socio-alternativos, cultura-mundividências, Fernando Penim Redondo
sábado, novembro 02, 2019
quarta-feira, outubro 23, 2019
A Herdade
A Herdade
é um dos melhores filmes portugueses dos últimos anos. Uma interligação muito interessante de factos históricos e de relações pessoais e familiares ao longo do tempo (décadas). O protagonista é excelente e a fotografia também (atenção fotógrafos). Tudo tem um ar credível e autêntico. O mundo rural do Sul e as vicissitudes da Revolução, primeiro, e das mutações económicas do capitalismo, depois. Sem concessões ao romantismo e ao panfleto.
quarta-feira, outubro 16, 2019
sábado, outubro 12, 2019
quinta-feira, setembro 26, 2019
segunda-feira, setembro 23, 2019
sexta-feira, setembro 13, 2019
quinta-feira, setembro 12, 2019
Apresentação das "Crónicas..."
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Etiquetas: Fernando Penim Redondo, guerras-batalhas, Guiné, livros-revistas
segunda-feira, setembro 02, 2019
Foi este o "petróleo" que salvou a Geringonça
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segunda-feira, agosto 19, 2019
Dia Mundial da Fotografia
Em vez de balas
No dia 1 de Maio de 1968, o Tenente largou do Tejo, rumo à Guiné, a bordo da fragata Corte Real. Era então um jovem fuzileiro, de 22 anos, recém casado, que interrompera os estudos de Economia na Universidade de Lisboa.
Subiu e desceu os principais rios da Guiné comandando as missões a partir das lanchas da Armada. Navegou no Cacheu até Farim, no Mansoa, no Geba e no Rio Grande de Buba. Ligou por mar a foz desses grandes rios e também foi a Catió, a Bolama e aos Bijagós.
A guerra era uma realidade penosa para quem como ele, jovem militante comunista, se opunha ao domínio colonial e defendia a independência das colónias. Partilhou esse drama pessoal com a sua mulher, que trabalhou como professora de História no então Liceu Honório Barreto.
A fotografia constituiu um paliativo. Ao fotografar a dignidade do povo guineense, a beleza das suas mulheres, o porte dos seus homens e o encanto das suas crianças, ele tinha a impressão de estar a fazer um gesto de amizade no contexto da guerra.
Quase não fotografou a guerra e os aparatos militares.
Dedicava-se a registar as gentes da tabanca, dos campos do arroz, os pescadores, e a garotada negra.
Felupes com os seu cachimbos, balantas em trajes de fanado, mandingas com as suas longas vestes. Rostos, corpos e gestos impressos a preto e branco.
No contexto da guerra estas eram coisas preciosas, que corriam perigo, mas que um disparo da câmara fotográfica dava a ilusão de resgatar para sempre.
Fotografias em vez de balas.
A fotografia, para o Tenente, ficaria definitivamente marcada por aquele momento inicial na Guiné. A fotografia como forma de viver, ou de sobreviver. Afirmação íntima contra a inevitabilidade do tempo e contra as inevitabilidades de cada tempo.
A fotografia não mais o abandonou. E aos setenta anos, como aos vinte, continua a desempenhar o seu papel de argamassa interior, lingando os tijolos da memória.
(Extractos do livro "Crónicas de um Tenente", 2019)
(a fotografia de cima foi feita pelo meu amigo José Carlos Alves Almeida)
segunda-feira, agosto 12, 2019
Em vez de balas
Exposição de Fotografias (Guiné 1968/69)
16 de Agosto a 7 de Setembro
Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana
Dia 7 Setembro, 16 horas, apresentação do livro "Crónicas de um Tenente"
https://www.cascais.pt/
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domingo, agosto 04, 2019
domingo, julho 28, 2019
segunda-feira, julho 22, 2019
COLISÃO
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quinta-feira, julho 18, 2019
Nem racismo nem o seu aproveitamento partidário
O meu filho mais novo, no seu quarto de dormir, há mais de 40 anos.
Quando hoje vejo os garotos brancos e os garotos negros do infantário, ou do básico, de mão dada, não consigo deixar de me emocionar.
Acho que esse convívio infantil, sem preconceitos, faz mais contra o racismo do que mil discursos retóricos de eleitoralismo partidário.
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domingo, julho 14, 2019
O taxista é que os topa
Hora da publicação: 08:47 0 comentários
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quarta-feira, julho 10, 2019
A moda Outono/Inverno
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segunda-feira, julho 08, 2019
No regresso do Vale de Água
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sexta-feira, julho 05, 2019
O Verão está aí
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domingo, junho 30, 2019
Loures Arte Pública
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segunda-feira, junho 24, 2019
terça-feira, junho 18, 2019
Palácio de Diocleciano
Hora da publicação: 13:13 0 comentários
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sábado, junho 08, 2019
Crónicas de um Tenente
Hora da publicação: 21:11 0 comentários
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sábado, junho 01, 2019
terça-feira, maio 28, 2019
sábado, maio 18, 2019
CONFISSÕES DE UM COLECCIONADOR
CONFISSÕES DE UM COLECCIONADOR
A colecção de câmaras fotográficas antigas é uma espécie de lar da terceira idade, uma Babel de olhares desmemoriados.
As máquinas foram chegando dos quatro cantos do mundo, com seus achaques, deixando para trás, sabe-se lá onde, as suas memórias de celulóide.
Umas têm as lentes toldadas pelas cataratas do vidro, outras disparam devagar na dolorosa artrite dos seus obturadores e outras ainda sofrem da incontinência luminosa causada pelos orifícios nos foles.
Mas todos aqueles olhos que tanto viram ao longo do século XX, nos mais desvairados locais e situações, parecem agora pasmados pelo vazio dos seus interiores negros de onde os homens, invejosos e cansados das imagens fátuas do cérebro, arrancaram as películas em que o tempo se suspendera.
Este Alzheimer fotográfico do já visto só pode ser revertido fotografando outra vez.
A cada nova velha máquina que desperto do seu sono, qual bela adormecida, sinto-me um príncipe encantado.
Excita-me imaginar o que elas sentem quando abrem os seus olhos há tanto tempo cerrados. Quase tudo o que eu lhes possa mostrar, quando as disparo, deve ser para elas uma espantosa novidade.
Umas, posso imaginá-las na Chicago elegante dos anos vinte e tento perceber o seu choque quando abrem a lente para a arquitectura vanguardista da Expo.
Outras, podem muito bem ter servido para um fazendeiro boer fotografar as suas orgulhosas plantações, ou para um nababo do Pundjab eternizar o palácio e os seus adornos femininos; mas agora piscam o seu obturador em remotas aldeias transmontanas.
Elas viajaram no tempo e no espaço para, nos meus braços, sair da sua prolongada letargia.
É ao fotógrafo que cabe levar as máquinas a olhar e registar de novo, num reviver de mecanismos e gestos. Reter as suas memórias num enrolar de filme e depois pô-las frente a frente com as suas próprias obras.
Ao fazer isso, o fotógrafo reinventa a sua própria biografia. Repetindo os modos que há muito esquecera ou descobrindo os gestos que nunca tinha feito.
O visor à altura do olho ou da cintura, o avanço da película com alavanca ou com rotação da lente, a focagem por estimativa ou por sobreposição, a medição da luz pelo selénio ou pelo cádmio, o empunhar da câmara com dois dedos ou com as duas mãos, o disparo espontâneo ou encenado, um olho que pisca ou então um olho que arregala, são determinantes do que se pode fotografar e de como se fotografa.
Os desenvolvimentos tecnológicos e ergonómicos que percorreram o século XX não constituem apenas uma parada de tentativas e de abandonos, de sucessos e de fracassos; cada nova realização da técnica e do design transformou o gesto de fotografar de forma irremediável.
Ao reconstituir essa caminhada desvendamos as razões que tornaram incontornável o acto de fotografar.
Hora da publicação: 15:17 0 comentários
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segunda-feira, maio 13, 2019
segunda-feira, abril 29, 2019
segunda-feira, abril 22, 2019
quarta-feira, abril 10, 2019
Terror e Miséria no Terceiro Reich
Bertolt Brecht/António Pires
Trazer de novo esta peça aos palcos, neste momento, tem um significado. Retrata a compreensível preocupação com o crescimento dos movimentos populistas por toda a parte.
No entanto eu creio que a demonstração, mais uma vez, da irracionalidade do nazismo e da sua ferocidade talvez não seja a ferramenta ideal para o prevenir. Nem creio que tal demonstração tenha faltado desde que a guerra acabou.
Também duvido da eficácia de uma linha de argumentação baseada na implicita culpabilização do povo anónimo da Alemanha.
O que nós precisamos de estudar e compreender são os erros que os partidos tradicionais cometeram na Alemanha dos anos vinte e trinta. E também o contexto social e económico em que tais erros ocorreram.
O resto foram apenas consequências.
Mas se alguma coisa se pode aprender com este conseguido espectáculo é o valor da tolerância.
Quando assistimos aos jogos de palavras, à medrosa escolha das palavras, às insinuações baseadas em palavras ditas em público, não podemos deixar de nos lembrar do que se passa actualmente nas redes sociais.
Os linchamentos baseados em terminologia e a inquisição semântica em vigor nem sempre são praticados por nazis, nem sequer por pessoas de direita.
Ficha técnica:
Bertolt Brecht, texto; António Pires, encenação; Adriano Luz, Inês Castel-Branco, João Barbosa, Mário Sousa, Rafael Fonseca, Francisco Vistas, João Maria, Sandra Santos, Carolina Serrão, Jaime Baeta, Manuel Encarnação ou Tomás Andrade e Nicholas MacNair (músico), interpretação.
Hora da publicação: 15:35 0 comentários
Etiquetas: anos 30, cinema 2019, ditadura-nazismo-fascismo, fanatismo-sectarismo, Fernando Penim Redondo, teatro-opera
sexta-feira, abril 05, 2019
Jobs para a família
Hora da publicação: 19:29 0 comentários
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segunda-feira, abril 01, 2019
No dia das mentiras
Hora da publicação: 12:48 0 comentários
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domingo, março 24, 2019
Virulência familiar
Hora da publicação: 22:45 0 comentários
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domingo, março 17, 2019
Já fui
Hora da publicação: 22:55 0 comentários
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