segunda-feira, novembro 29, 2010

Encaixa Mais

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Palhinhas para inalar droga distribuídas gratuitamente
Título do DN de Hoje 

Esta medida faz parte da campanha "Encaixa Mais"

Aos cábulas dá-se diplomas...
Aos corruptos dá-se prescrições...
Aos drogados dá-se palhinhas e seringas...
Às "minorias étnicas" da candonga dá-se casas à borla...
Aos gestores amigos das empresas públicas dá-se mordomias...
Aos velhos pensionistas pobres dá-se o congelamento das pensões...
E àqueles que se esfalfam a trabalhar e a equilibrar o magro orçamento dá-se mais impostos.

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domingo, novembro 28, 2010

O melhor amigo do homem... e da mulher

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Quando não lhe apetece carregar com compras, o que faz? Zhang Tiegang, de 32 anos, residente em Changsha (sul da China), manda o cão. De acordo com a edição britânica do jornal Metro, Deng Deng, um cão de raça Sheepdog, de um ano de idade, foi treinado para ir à loja, pegar nos produtos e levá-los para casa.
Sempre que vai às compras, Zhang coloca em Deng Deng uma espécie de sela com arnês, nos quais são colocados dois sacos, onde as compras são colocadas. Tiengang diz que o seu companheiro de quatro patas gosta desta tarefa: “Ele gosta de carregar coisas. Começou por levá-las na boca, mas depois decidi comprar esta espécie de sela com duas sacolas”.
“Ele é tão bom a fazer isto que eu posso mandá-lo sozinho às compras, apenas com o dinheiro e a lista numa das sacolas. Ele chega a casa com a comida e o troco”, acrescenta.
Jornal de Notícias, 27.11.2010

Em 1980 eu descobri um cão que carregava a mala de mão da sua dona moscovita. Uma excelente prevenção contra gatunos.



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sábado, novembro 27, 2010

O incrível DartLacão


Pasmo quando oiço o incrível DartLacão explicar-nos, doutoralmente, a delirante teoria segundo a qual ao relaxar a legislação se torna mais fácil obrigar as empresas públicas a reduzir os salários.
Como se tal não bastasse aparece depois o Passos Coelho, putativo representante da alternativa ao actual governo, a defender a delirante teoria de que é preciso evitar que os geniais gestores públicos fujam para o privado.
Alguém devia dizer-lhe que empresas como a Caixa Geral de Depósitos teriam lucros mesmo que a Administração fosse constituída não pelos actuais boys partidários mas por múmias do Egipto.
Nas outras empresas públicas, aquelas que dão sempre prejuizo, somos nós os cidadãos que o pagamos através das subvenções do Estado.

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sexta-feira, novembro 26, 2010

Toponímia contra a crise

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No meu bairro enfrentamos a crise com galhardia. Para mostrar aos mercados que não estamos aflitos alguém resolveu fazer toponímia em duplicado.
E não foi só o Santo António, também o S. Luís e os outros santos todos tiveram direito a uma segunda placa, lado a lado que aquela que já se encontrava no local há algum tempo.
Claro que esta segunda placa podia ter sido posta do outro lado da rua, onde eventualmente seria mais útil, mas nesse caso perdia-se parte do efeito da bravata.
O único problema é que alguns transeuntes, ao ver duas imagens similares, chegam a pensar que estão alcoolizados.

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Os apóstolos da bola

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O plantel segundo Jacopo Bassano (1510-1592)

Temos o plantel que Jesus pediu

Luís Filipe Vieira em declarações à Bola

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quinta-feira, novembro 25, 2010

O Grito do Povo

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O Grito do Povo era a marca de uma organização pró-chinesa que no ocaso do marcelismo estava bem implantada no Norte e era dirigida por Pedro Baptista, a quem a democracia não reservaria grande papel - ao invés do que aconteceu com o seu rival de então, Pacheco Pereira, que liderava um pequeno e insignificante grupúsculo da mesma obediência ideológica.
Após o 25 de Abril, o Grito do Povo integrou a UDP, conglomerado maoista que publicava a Voz do Povo (onde debutaram José Manuel Fernandes, ex-director do Público, e Henrique Monteiro, futuro ex-director do Expresso) e viria a juntar os trapinhos no Bloco de Esquerda com os seus velhos inimigos trotskistas.
Apesar de nunca ter navegado politicamente nas turvas águas do maoismo, sempre achei feliz a marca Grito do Povo, pois o grito é a expressão da dor física que sentimos quando o sofrimento moral se torna insuportável.
DN, 25.11.2010

Continuam a gritar mas nos jornais "de referência".

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quarta-feira, novembro 24, 2010

Simplesmente vergonhoso

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O PS apresentou ontem, à última hora, uma alteração a uma norma do Orçamento do Estado (OE) para 2011 e os partidos da oposição deixaram passar. Na proposta inicial do OE, dizia-se que os cortes salariais da função pública iriam estender-se aos trabalhadores das empresas públicas de capital exclusiva ou maioritariamente público, das entidades públicas empresariais e das entidades do sector empresarial regional ou municipal que ganhem mais de 1500 euros mensais. Ontem, houve um acrescento: pode haver "adaptações autorizadas e justificadas pela sua natureza empresarial", o que parece abrir a porta a excepções ao corte generalizado de salários.
Esta alteração surgiu na votação do orçamento na especialidade. O documento foi distribuído aos deputados pouco antes da votação daquele artigo do OE, tanto que "a versão final" nem sequer figurava no ecrã da sala de plenário da Assembleia da República, quando decorreu o processo de voto. A alteração ao artigo 17.º do OE acabou por ser aprovada com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e os votos contra dos restantes partidos da oposição.
Público 24.11.2010

Simplesmente vergonhoso.

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terça-feira, novembro 23, 2010

Joaquim Gomes

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O Joaquim Gomes foi a enterrar no Domingo passado.
Esta notícia triste fez-me recordar os meus vinte e tal anos quando o conheci.
Eu tinha vindo da Guiné e retomara a minha actividade partidária no princípio dos anos setenta, antes da Revolução.
A primeira vez que nos encontrámos, em Campo de Ourique, depois dos complicados protocolos a que obrigava a clandestinidade, pareceu-me um calmo contabilista por causa do seu trajar convencional e austero.
Essa nossa reunião, de curta duração, decorreu enquanto caminhávamos pelas ruas daquele bairro tão característico de Lisboa.
Depois disso passámos a reunir em minha casa, nas Linhas de Torres, onde por vezes pernoitava. Longos serões de informação política e distribuição de tarefas.
Ele estava então na maturidade dos seus cinquenta e tratava-nos com afabilidade, demonstrando compreensão pelo nosso estatuto de quadros bem remunerados numa empresa multinacional.
Pela natureza das coisas eu não fazia ideia nenhuma de quem ele era nem da sua importância na estrutura do Partido.
Só depois do 25 de Abril, através dos jornais, soube o seu nome.

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Estado policial


Marques Mendes integra comissão polícia de Cavaco

Título no DN online hoje (ver depois de corrigido).

segunda-feira, novembro 22, 2010

Será Obama um enorme Sócrates?

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Segundo o DN, ao confirmar que a próxima cimeira de líderes da NATO terá lugar, em 2012, nos Estados Unidos, Obama confessou que gostou tanto da organização e da hospitalidade em Lisboa que pediu algumas dicas ao primeiro-ministro José Sócrates.
Até aqui tudo bem, faz parte da etiqueta dos convidados elogiar a excelência de quem os recebe.
Mas outro tanto não se pode dizer dos rasgados elogios feitos aos "esforços" de Sócrates para tirar Portugal do atoleiro em que se encontra. Entre as centenas de conselheiros que o acompanhavam nem um foi capaz de alertar Obama para o melindre da questão?
Há várias hipóteses para explicar esta gaffe de Obama mas nenhuma o favorece.
Ou foi um caso de inconsciência, ou foi um caso de ingerência ou foi um caso de incontinência. Será que a esperteza saloia do discurso é maleita que se pega quando se está na companhia de quem constantemente a pratica?

Fiquei consternado com uma ideia assustadora que me assaltou; será que Obama é apenas um enorme Sócrates que saíu em rifa aos americanos?

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domingo, novembro 21, 2010

Passatempo - "descubra as diferenças".

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O contrato de avença de Paulo Penedos, acusado de um crime de tráfico de influência no âmbito do processo Face Oculta e testemunha no Taguspark, foi junto aos autos deste último caso. O contrato, datado de 1 de Setembro de 2006, determina que Penedos "prestará apoio directo à administração da PT SGPS no tratamento formal das questões relativas ao processo de decisão estratégico da sociedade, acompanhando institucionalmente a administração, sempre que isso se justifique". Pela avença, que implicava uma deslocação diária do assessor à PT, este recebia mensalmente nove mil euros mais IVA. Tinha ainda direito ao pagamento de todas as despesas realizadas no âmbito das suas funções. Segundo o testemunho de uma secretária da direcção da PT, Paulo Penedos exerceu funções na operadora até 28 de Outubro do ano passado, quando, devido ao impacto do caso Face Oculta, deixou de se deslocar à empresa.

2
O ex-chefe da principal empresa estatal nuclear da China viu hoje confirmada a condenação a pena perpétua, pelo crime de suborno, no âmbito de uma campanha anti-corrupção que está a mudar os líderes do sector no país.

A decisão foi tomada numa reunião à porta fechada do Partido Comunista, dando aval pleno a um parecer de 2009 que também retira a Kang Rixin, o estatuto de membro do partido por “violações graves da lei e quebra de disciplina”, é avançado pela agência noticiosa Xinhua. Perdeu todos os direitos políticos e todos os seus bens pessoais foram confiscados.
Caído em desgraça, Kang Rixin, de 57 anos, podia ter sido condenado à pena capital, de acordo com a legislação chinesa, mas “a sentença foi mais leve porque [o arguido] cooperou com os investigadores e devolveu tudo o que tinha recebido ilicitamente”. O ex-chefe da agência nuclear fazia parte do grupo de elite de 204 membros do Comité Central do partido e detinha um estatuto de poder equivalente ao de um ministro.
Foi condenado por ter “abusado do seu poder, permitindo ganhos ilegítimos a terceiros” e por ter “recebido um vasto montante em subornos”, no total de 970 mil dólares (mais de 700 mil euros) entre 2004 e 2009, precisava a Xinhua. É já o segundo responsável de topo de uma empresa energética estatal a ser afastado este ano por acusações de corrupção.

Duas notícias do Público de hoje. Propomos um passatempo- "descubra as diferenças".

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sábado, novembro 20, 2010

Cínicos de um caimão

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Em 2009, saíram de Portugal com destino às ilhas Caimão €2600 milhões. Um montante que representa 1,6% do produto interno bruto (PIB) e que aumentou o investimento de carteira (ações, obrigações e outros ativos financeiros) nacional naquele paraíso fiscal para €12,8 mil milhões, segundo dados do Fundo Monetário Internacional divulgados esta semana.
Desde 2003, o investimento português naquela região mais do que duplicou e é hoje o quarto maior das aplicações nacionais no exterior. Apenas Irlanda, Espanha e França tinham, no final do ano passado, maiores volumes de investimento português. A maior fatia pertence ao sector segurador que detém cerca de metade do total (52%), seguido da banca (18%).
As Caimão são o paraíso fiscal preferido dos portugueses e representam três quartos do investimento em offshores. Na ilha de Jersey estão cerca de €2000 milhões e nas ilhas Virgens Britânicas €1288 milhões. Há depois alguns investimentos de menor dimensão em regiões como as Antilhas Holandesas (€199 milhões), Guernsey (€186 milhões) ou Bermudas (€69 milhões). O investimento português em paraísos fiscais cresceu cerca de 14% em 2009 e ultrapassou os €17 mil milhões, um novo recorde.
Expresso, 20.11.2010


Ou eu me engano muito ou uma parte dos que choram "lágrimas de crocodilo", ou de caimão, sobre o estado das nossas finanças vão, ao mesmo tempo, pondo o seu dinheirinho em ilhas que os dispensem de pagar impostos.
Uma farsa que os responsáveis políticos não sabem, ou não querem, tirar de cena apesar das repetidas denuncias publicadas ao longo dos anos.
É mais fácil espremer à bruta aqueles que não podem, ou não querem, dar o golpe.

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Uma besta, ou seja, duas

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Muitos são os chamados mas poucos os escolhidos.
Tantos se precipitaram nas ruas de Lisboa para vislumbrar Obama, sem sucesso, e eu, no conforto da minha casa, tive esse privilégio sem arrostar com os chuviscos.
Eram umas dez e meia e lá vinha uma procissão de "tinónis" a enquadrar as duas "bestas" (com sua licença), que é como os americanos chamam ao carro blindado do Obama e à sua réplica para enganar terroristas.
Subiram da Expo por Moscavide, pela rua onde existiu em tempos a fábrica militar da FNMAL, e acederam à via rápida na direcção do IC17.
Do ponto elevado em que me encontrava podia, se fosse um extremista, ter disparado uma carabina de precisão ou então uma bazooka ou um pequeno míssil, atendendo à blindagem da "besta". 
Enquanto a noite continuava a ser riscada pelas luzes giratórias do séquito, vermelhas e azuis, passei algum tempo a matutar sobre as tecnicidades militares que me permitiriam emboscar no talude adjacente à via rápida para maior precisão nos disparos.
Então reparei num carro furtivo, entre os arbustos, a cem metros da minha janela, e receei que os meus pensamentos pecaminosos pudessem estar a ser monitorados por algum sensor de novo tipo, um detector de terroristas potenciais.
Fui para dentro, liguei a televisão e comecei a pensar noutra coisa.

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sexta-feira, novembro 19, 2010

Quem nos salva da banalização dos alertas laranja?



Oito distritos estão com aviso de vento forte até início da manhã de sábado. Tempo só irá começar a melhorar a partir de domingo.
O Instituto de Meteorologia (IM) colocou oito distritos do Norte do País em alerta laranja, o segundo mais importante, devido à previsão de vento forte até ao final da madrugada de amanhã. Vila Real, Braga, Viana do Castelo, Bragança, Porto, Coimbra, Guarda e Viseu são os distritos em alerta. Uma situação que, mesmo assim, é considerada pelos técnicos do IM como "normal para a altura do ano".
DN, 19.11.2010

Como se pode constatar pela notícia do DN, foi lançado um "alerta laranja" apesar de a situação ser "normal para a altura do ano".
Estes "alertas" absurdos parecem corresponder à necessidade, por parte de algumas instituições públicas, de apresentar serviço para justificar a sua própria existência.
Das duas uma, ou têm capacidade para identificar situações de risco excepcionais e devem alertar o público, ou então, se não têm, o melhor é estarem calados.
Ainda recentemente adiei uma viagem ao Norte do país, por causa de um "alerta" da Protecção Civil, e depois constatei que nada de especial tinha acontecido.
Há tempos, caso extremo,  uma entidade pública fez um comunicado alertando os cidadãos para a necessidade de vestir mais roupa quando está mais frio.
Mesmo que isso pareça estranho aos iluminados funcionários, o povo conhece o frio e a chuva desde tempos imemoriais. E também sabe que no Inverno a probabilidade de ventos fortes e aguaceiros é bastante alta.
Por favor, não nos alertem para o óbvio. Vão fazer qualquer outra coisa que tenha verdadeira utilidade.

Quem nos salva da banalização dos alertas laranja?

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quinta-feira, novembro 18, 2010

A arte e o circo

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Um artista e professor de fotografia da Universidade de Nova Iorque vai implantar uma câmara na parte posterior da cabeça para criar uma obra de arte que titulará "The 3rd I" ("O Terceiro Olho").
De acordo com a edição online do jornal americano "The Wall Street Journal", Wafaa Bilal pretende expor a obra no Museu Árabe de Arte Moderna do Qatar a partir de 15 de Dezembro.
O professor vai submeter-se a uma cirurgia para implantar o dispositivo durante um ano e enviar minuto a minuto imagens em tempo real dentro do museu, onde serão também instalados uns monitores para serem vistos pelos visitantes.
O artista de origem iraquiana será operado nas próximas semanas para que se lhe seja implantado um pequeno dispositivo que terá a aparência de um piercing, segundo fontes próximas de Wafaa Bilal citadas pelo jornal.
"The 3rd I" procurará fazer "um comentário sobre a inacessibilidade do tempo e a incapacidade de capturar a memória e a experiência", segundo documentos do museu sobre a acção do artista.
A obra de arte originou um debate na Universidade de Nova Iorque onde Wafaa Bilal é professor de fotografia e imagem, depois de alguns alunos terem manifestado preocupação sobre a preservação da privacidade durante as aulas.
O artista informou todos os estudantes das intenções do projecto e propôs à administração da universidade cobrir a câmara quando estiver dentro das instalações.
Jornal de Notícias, 17.11.2010
 
Mais um sinal do nosso tempo, o novo barroco do fim de uma era, em que a arte se refugia em acrobacias circenses.
 
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quarta-feira, novembro 17, 2010

Nunca vai passar no horário nobre



Conceição Leal queria pôr à venda a sua casa no Alto do Lagoal, em Caxias. Armando Vara quando o soube disse logo que queria comprar-lha e por isso lhe entregou, em Maio de 2008, um cheque de 50 mil euros, como "pré-reserva".
Em Setembro do mesmo ano os dois fizeram um contrato promessa de compra e venda com permuta. Vara precisava de vender a sua antiga casa, no Estoril, que valia praticamente metade da moradia que queria comprar à administradora do Banif. Assim, os dois combinaram que Vara pagaria a casa parcialmente em dinheiro, dando em permuta a sua própria casa - que Conceição Leal não queria para si mas seria vendida. Valendo a casa do Alto do Lagoal 900 mil euros e a do Estoril 420 mil, os dois convencionaram que Vara pagaria a diferença: 480 mil euros.
Simultaneamente, Conceição Leal procurou uma nova casa, encontrando a de Bernardo Moniz da Maia, também em Caxias - casa que este tinha registada em nome da Staywell, uma sociedade imobiliária.
Vinculada pelo contrato promessa que assinara a fazer a escritura pública de compra e venda e a entregar a sua casa a Armando Vara em Março de 2009, a gestora fez um contrato promessa em que se comprometia a fazer a escritura de compra da sua futura casa na mesma altura, em Março de 2009.
Entretanto, porém, Armando Vara arranjara um comprador para a sua casa do Estoril, pelo que fizeram um aditamento ao contrato promessa, que passou a excluir a permuta.
Armando Vara pediu para prorrogar o contrato até Março de 2012 e, tendo recebido o dinheiro da venda da casa do Estoril, entregou a Conceição um reforço de sinal. Ao todo, Vara entregou-lhe quatro cheques no montante total de 500 mil euros. Conceição Leal entregou-lhe um cheque de 50 mil euros, correspondentes à devolução da reserva. A gestora fez a escritura de compra antes de vender a sua própria casa, a 16 de Março de 2009. Como tinha concordado adiar o negócio com Vara para 2012, arrendou a nova casa a uma embaixada estrangeira.
DN, 17.11.2010 (sobre novo inquérito do Ministério Público)


Mais uma telenovela intrigante com o actor do costume.
Nunca vai passar no horário nobre.

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segunda-feira, novembro 15, 2010

O adeus ao Kodachrome



São os 36 fotogramas mais históricos de sempre. Steve McCurry foi dos Estados Unidos a Oriente para fazer 36 fotos... com o último rolo de Kodachrome alguma vez feito. É o fim de uma era que se assinala. Em Dezembro fecha o último laboratório capaz de processar a emulsão histórica da Kodak.
O derradeiro laboratório de processamento de Kodachrome fecha em Dezembro de 2010, agora que a produção do filme acabou. Sabedor desse desfecho da longa vida da película Steve McCurry contactou a Kodak e solicitou oportunidade para fotografar com o derradeiro rolo saído da linha de produção. E foi isso que fez.
São porventura os mais caros 36 fotogramas alguma vez fotografados. Steve McCurry demorou cerca de dois meses para usar o rolo. Começou a série de fotos nos Estados Unidos, na zona de Nova Iorque, antes de seguir para a Índia para depois regressar. De Robert de Niro a um táxi com a matrícula PKR36 (a designação do Kodachrome na gama Kodak) a colecção abrange um leque de temas, como forma de historiar uma emulsão que fez história e que teve uma grande ligação ao percurso profissional de Steve McCurry. O fotógrafo diz ter em arquivo mais de 800 mil diapositivos Kodachrome.
FotoDigital



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Timor

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Macau, China, 14 nov (Lusa) - Timor --Leste poderá vir a comprar, em breve, títulos de dívida pública portuguesa, disse hoje em Macau o presidente timorense, José Ramos-Horta.
"Não vejo dificuldade em Timor-Leste comprar dívida pública portuguesa", afirmou Ramos-Horta, adiantando que as autoridades timorenses já decidiram diversificar a carteira de investimentos do Fundo do Petróleo, que tem mais de 6000 milhões de dólares (4,38 mil milhões de euros).
Ramos-Horta acrescentou que os investimentos poderão ser feitos ainda em empresas públicas ou semi-públicas portuguesas de "grande sucesso" e que garantem um alto rendimento, dando como exemplo os setores das energias renováveis e das telecomunicações.


                    Ai Timor
                    Calam-se as vozes
                    Dos teus avós
                    Ai Timor
                    Se outros calam
                    Cantemos nós

De repente o romantismo exacerbado desta canção soa de forma estranha.
Afinal o pequeno país, oprimido e paupérrimo, revela-se um concorrente dos famigerados "mercados" e também quer tornar-se credor de Portugal .
Isto depois de muitos anos a receber donativos.

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domingo, novembro 14, 2010

Jogos Asiáticos

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Uma cerimónia deslumbrante abriu os Jogos Asiáticos de 2010 que têm lugar na China. Foi realizada na sexta-feira, na praça Haixinsha Square, na cidade de Guangzhou (Cantão). No evento, que chega à quarta edição, 45 países lutarão por medalhas até o próximo dia 27.


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Vícios antigos



Desde que anunciou o pacote de medidas de austeridade do PEC III, o Executivo liderado por José Sócrates tem contratado uma média de 45 novos funcionários por semana, para assumirem cargos no Governo e na administração directa e indirecta do Estado.


O anúncio do PEC III - que apela à contenção da despesa pública - foi há cerca de mês e meio, o que dá uma média de 180 nomeações/mês, um valor muito superior aos primeiros anos de José Sócrates à frente do País, período em que foram nomeados mensalmente cerca de 100 funcionários.


Desde inspecções e direcções-gerais, passando por institutos públicos, não há um único ministério que nestes últimos tempos não tenha feito pelo menos uma nomeação.


Ao contrário do que aconteceu no primeiro mandato de José Sócrates, a média de nomeações do actual Executivo neste último mês e meio, é superior à dos seus antecessores Pedro Santana Lopes, Durão Barroso (ambos do PSD) e António Guterres (PS).


DN, 14.11.2010
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sábado, novembro 13, 2010

Now, for something completely different

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À chegada a Macau, para participar na 3.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, José Sócrates disse ter "muitas expectativas" relativamente ao encontro deste fim-de-semana e afirmou ainda que pretende dar sinais concretos do empenho no relacionamento com a China.

Aproveitou para enaltecer a estonteante recuperação da economia portuguesa, que cresceu 1,5% desde o início do ano. Fazer tal discurso numa região que cresceu mais de 40% resulta bastante caricato.

Entretanto fiquei a pensar se Macau será o tal "capitalismo de casino" que Mário Soares imortalizou nas suas imperdíveis análises económicas. É caso para dizer que, a ser o caso, não se está a safar nada mal.

Já é tempo de os nossos bem intecionados políticos perceberem que o único capitalismo que funciona, e prospera, é mesmo o "capitalismo de casino". Quando lhe tiram a especulação desenfreada o capitalismo mirra e estrebucha, como está a acontecer com o nosso.
Sem falso dinheiro não há consumidores suficientes e a máquina emperra.
Se não querem o "capitalismo de casino" é melhor inventarem qualquer coisa completamente diferente (é verdade, em que gaveta está o socialismo?).

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quinta-feira, novembro 11, 2010

Entre quem poupa e quem se endivida

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Hoje, em Seul, na Coreia do Sul, reúnem-se os líderes das maiores economias do Planeta e das principais potências emergentes. São 19 países, mais a União Europeia. Será uma discussão entre os países que exportam e os que importam, entre as economias que poupam e as que se endividam, entre as potências do Ocidente e as forças emergentes da Ásia e da América do Sul, entre os que têm matérias-primas e as que têm de as comprar e entre os que provocaram a crise financeira e os que apenas sofreram com ela.
No meio de todos estes embates e, muitas vezes, cruzando-os, estará sempre a discussão entre dois homens: Barack Obama e Hu Jintao. O presidente dos EUA culpa a China por muitas das dificuldades que o seu país sente para garantir um regresso ao crescimento económico. Washington diz que Pequim mantém a sua divisa artificialmente desvalorizada e impede as empresas norte-americanas de competir nos mercados internacionais.
Do lado da China, não há grande vontade de abdicar de forma rápida da vantagem competitiva que têm as suas exportações. E responde-se aos EUA, com uma crítica feroz à sua política monetária expansionista, que faz cair o dólar e prejudica as exportações dos outros países.
Há claro, outros actores importantes, como a União Europeia, o Japão, a Índia ou o Brasil. E, na realidade, quem tem mais razões de queixa em relação à actual conjuntura monetária internacional é mesmo a Europa. Com o yuan e o dólar a serem levados a cair, o euro não tem tido outro caminho que não o da valorização face às duas divisas. Isso faz com que os representantes europeus, principalmente a Alemanha, não se cansem de distribuir críticas tanto aos EUA como à China.
Público, 11.11.2010

Este tipo de disputa gerou guerras ao longo da história.

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O carro-folha

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Shanghai Automotive Industry Corporation

O mais novo protótipo de veículo ecológico da China, o YeZ, apresentado durante a recente Exposição Mundial de Xangai, é totalmente movido a energias limpas: além de produzir energia solar e eólica, o carro absorve CO2 para gerar eletricidade e devolve-o para o ar na forma de oxigénio.
Uma montadora chinesa tomou à letra o conceito de carro ecológico e criou este carro-folha. O veículo foi projetado para funcionar como uma planta, ou seja, ele absorve CO2 e liberta oxigénio na atmosfera. A ideia é criar um veículo para 2030 que realize o mesmo trabalho que as plantas fazem durante a fotosíntese.
O teto absorve energia solar e as rodas têm pás para gerar energia eólica. Mas a grande novidade é que o veículo de dois lugares consegue remover dióxido de carbono do ar, com uma liga mista (orgânica e metálica), transformando-os em eletricidade que armazena numa bateria de lítio.
A China insiste em nos surpreender.

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terça-feira, novembro 09, 2010

Notícia enigmática



Os funcionários públicos vão poder desvincular-se da ADSE. Esta possibilidade consta de um documento que foi enviado aos sindicatos da Função Pública e que estará em discussão na reunião marcada para a próxima sexta-feira no Ministério das Finanças.
A renúncia à qualidade de beneficiário da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) pode, segundo o documento, ser feita em qualquer momento, e terá natureza definitiva, ainda que haja situações em que a reinscrição é admitida.
Jornal de Notícias, 09.11.2010

Esta é mais uma daquelas notícias incompreensíveis. Temos a sensação de que a verdadeira notícia é outra, que se esconde por trás desta fachada.
Por que carga de água havia um beneficiário da ADSE, o melhor e mais barato seguro de saúde existente em Portugal, abdicar de o ser?
Só se fôr porque o conjuge também é beneficiário e portanto o próprio é abrangido mesmo não efectuando qualquer desconto.
Qualquer funcionário do Estado, ou seu familiar, beneficia, na ADSE, de uma extensão do SNS que não está ao alcance da generalidade dos portugueses. Só um milhão e trezentos mil portugueses que usufruem desta situação excepcional.
Por isso a noticia que o povo aguarda ansiosamente é: "Governo dá a todos os portugueses a oportunidade de, voluntariamente, aderir à ADSE".

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segunda-feira, novembro 08, 2010

Que ganhe o melhor

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Com risco de desiludir todos aqueles que consideram que este blog tem preocupações culturais sérias aqui fica um depoimento sobre futebol.
É que ontem, jogando o Porto contra o Benfica e sendo eu do Sporting, eu tinha prometida a alegria de uma vitória fosse qual fosse o resultado do jogo.
Trata-se de circunstância rara, especialmente neste momento conturbado da economia e da democracia, que não posso deixar de assinalar.
Ontem pude tomar aquela bela posição olímpica de quem não tem nada a perder e disse: "que ganhe o melhor!"
E ganhou.

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domingo, novembro 07, 2010

A verdadeira história do acordo



Se não fossem os dois velhotes, o país ficava sem massa para mandar cantar um invisual

Onde o nosso Comendador (autor da fotografia de Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga a assinar uns papéis) revela, em rigoroso exclusivo, a conversa entre os dois que conduziu à aprovação do OE
Agora que todo o país viu a fotografia dos dois velhotes a assinar a papelada e que se espera sinceramente não haver mais problemas, posso revelar que fui eu quem tirou a fotografia. Podem perguntar: que raio estava um Comendador já muito entrado de idade a fazer em casa de Eduardo Catroga quando este discutia o futuro do país com Teixeira dos Santos? A minha resposta é simples: Não têm nada a ver com isso!
A coisa foi assim. O Teixeira telefonou ao Catroga e este convidou-o a beber um chá de tília lá em casa. Aceite o convite, o Teixeira entrou e disse:
— Boa tarde! Trago aqui uma proposta nova...
— E corta na despesa?
— Sei lá, eu já não percebo nada disto, achas que eu me entendo com estes números todos?
— Eu também não, mas se pudermos dizer que corta na despesa eu digo ao miúdo e ele fica todo contente.
— Mas eu não posso dizer ao meu que corta na despesa. Dá-lhe uma birra que ainda me parte a cabeça!
— A Merkel não lhe falou?
— Deve ter falado! Falou com o teu?
— Falou, no PPE...
— Hummm... Então dizemos que corta na despesa...
— E as deduçõezinhas?
— Vai a meias. Quantas queres?
 — Só o sexto e o sétimo escalão. O miúdo não queria nenhuma, mas eu convenço-o. E no que cedes mais?
— Não me venhas com cedências que o Sócrates não gosta...
— Mas isto é só para chatear o Sócrates, ou achas que estou aqui a fazer o quê? A tornar melhor uma porcaria de OE que não tem pés nem cabeça?
— Olha que não é assim tão mau...
— Bebe o chá, anda. Dá-me lá uma cedência... Já me deixaste a secar quatro horas ainda me zango contigo!
— Só se tu me deres outra. Convence lá o Passos...
— Ok, cedemos os dois. Achas bem?
— Acho, assina aí!
— Assino o quê?
— Um papel qualquer, para o Comendador tirar uma fotografia que amanhã podes mostrar aos jornalistas.
— Mas fizeste as contas?
— Ah...
— Pois... eu também não!
— Para quê? Eu por mim tinha fechado isto há mais de um mês!
— Também eu, mas eles lá sabem...
— Pronto, já assinei, toma lá a caneta.
— Venha ela... Ah... espera aí um bocado, não sais daqui sem acabar o Conselho de Estado.
— Vamos ver televisão, está a dar o Porto.
— Não vês futebol nenhum cá em casa. Ficas à espera que o Passos telefone e eu lhe conte...
— Vá lá, deixa-me ver o Porto!
— Queres negociar isso, também?
— Se me deixares ver o Porto dou-te mais uns pós.
— Tipo quê? — Sei lá, mantém-se o leite achocolatado a 6%.
— Vê lá o Porto, mas olha que esta parte é secreta.
— E na especialidade abstêm-se, ouviste?
— Claro. Bem, podes ir embora. Vemo-nos amanhã...
— Adeus, Eduardo, ainda vamos ter saudades disto.
E, separaram-se com a sensação do dever cumprido. Tinham feito mais um serviço à Pátria. Doravante, sempre que pensardes no país, pensai nos velhotes que, salvando-o da bancarrota, vos meteram a vós nela.

Comendador Marques de Correia, Expresso 06.11.2010

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Não resisti a transcrever esta pérola.


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sábado, novembro 06, 2010

A realidade é sempre maior do que a ficção.

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Há 20 anos, no desabar do sistema soviético, quem se atreveria a imaginar que um país governado por um partido comunista podia vir a emprestar dinheiro para salvar países capitalistas da bancarrota ?
O "socialismo de alpargatas", imortalizado por Mário Soares, vinga-se no dealbar do século XXI. Uma vitória de quem tem a coragem de aprender com as derrotas.
A realidade é sempre maior do que a ficção.

A metereologia da crise

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Falamos das vicissitudes financeiras da nação como quem fala do clima e das ocorrências do tempo, mas vivemos na pré-história da ciência metereológica.
Os humores dos mercados, como as trovoadas para os primitivos, são inexplicáveis e imprevisíveis.
Ainda estamos numa fase em que não sabemos que construir nos leitos das ribeiras nos torna vítimas das enxurradas. Não descobrimos as virtualidades dos pára-raios.
Uma chusma de xamãs invadiu as televisões para prever novas tempestades mas raramente tentam explicar porque é que essas tempestades acontecem. Como se os relampagos fossem manifestação de forças ocultas que mantêm connosco uma embirração despropositada.
O ministro das finanças é uma espécie de comandante da protecção civil que corre de fogo para fogo e se atola em inundações avulsas.
E assim estamos.
Vulneráveis, desorientados e sem horizonte.

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sexta-feira, novembro 05, 2010

Profecias

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No relatório Fiscal Monitor, ontem divulgado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que, “apesar de as perspectivas orçamentais terem melhorado a um ritmo mais rápido do que o esperado na Grécia e em Portugal, alguns analistas do mercado vêem como quase certo a ocorrência de um evento de crédito”. Por este evento subentende-se o incumprimento, total ou parcial, do pagamento das dívidas do país, tal como aconteceu com a Grécia, que teve de recorrer à ajuda do fundo de estabilização do euro e ao FMI.

Público 05.11.2010


Uma profecia auto-realizável é um prognóstico que, ao se tornar uma crença, provoca a sua própria concretização. Quando as pessoas esperam ou acreditam que algo acontecerá, agem como se a profecia ou previsão já fosse real e assim a previsão acaba por se realizar efetivamente.

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Matar ou não matar o "Estado Social"

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"A redução da transferência para o SNS de 6,4 por cento, proposta no Orçamento do Estado para 2011, em relação à dotação inicialmente prevista no Orçamento de Estado para 2010 (...), não coloca em causa nem a quantidade nem a qualidade dos cuidados a prestar", afirmou Ana Jorge na audição conjunta das Comissões Parlamentares do Orçamento e Finanças e da Saúde de discussão na especialidade do OE para 2011.
DN 05.11.2010 

A inefável ministra vem agora, na sua candura, confirmar o que muitos têm dito ao longo dos últimos anos: uma parte substancial da despesa do Estado, mesmo na área da saúde, pode ser cortada pois nada tem a ver com os serviços prestados à população.
Sócrates, que perante qualquer sugestão alheia de poupança desata a gritar que querem matar o Estado Social, não deve ter gostado mesmo nada.

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quinta-feira, novembro 04, 2010

Não PECs mais

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quarta-feira, novembro 03, 2010

O Plano Marshall chinês

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cartazes do Plano Marshall americano

De carteira na mão e cheque no bolso, o Presidente chinês deverá vir a Portugal no dia 6 comprar dívida portuguesa, depois da grega e da espanhola. A nova superpotência lança um novo Plano Marshall na Europa, que pode até resolver guerras cambiais.
Se o Presidente Hu Jintao, tal como a China indicou na passada semana, acabar por comprar dívida soberana portuguesa, está a cumprir uma viragem recente na diplomacia chinesa que a economista Véronique Salze-Lozac’h, da Asia Foundation, considera uma “estratégia económica e financeira brilhante”.
A ideia tem pelo menos um ano, quando Xu Shanda, antigo responsável pela administração fiscal da China, sugeriu apoiar economias estrangeiras, para estimular a procura externa, com as enormes reservas cambiais chinesas (ou 1,8 milhões de milhões de euros).
Xu admitiu ter-se inspirado no Plano Marshall, que os Estados Unidos aplicaram na Europa entre 1947 e 1951, para reconstruir um continente devastado pela II Guerra Mundial e, de caminho, vender a produção americana.
“Tal como no Plano Marshall original, a oferta chinesa não é solidariedade nem altruísmo. O interesse chinês -- legítimo - é económico e financeiro. Eles querem, sobretudo, não deixar o euro cair, mantendo assim a competitividade das exportações”, disse à agência Lusa Véronique Salze-Lozac’h, directora regional dos programas económicos da Asia Foundation.
Por outro lado, segundo a economista, comprar dívida europeia permite fazer a quadratura do círculo na actual disputa cambial face aos Estados Unidos, que exigem a desvalorização da moeda chinesa: sem ceder a Washington, permite inundar o mercado de dólares e comprar euros, baixando o preço da moeda norte americana.
Outra vantagem deste Plano Marshall com sotaque chinês é que compra, por bom preço, a boa vontade da Europa face à China, segundo Duncan Freeman, investigador do Instituto de Estudos Chineses Contemporâneos, em Bruxelas.
“Há uma motivação política. Pequim acredita que é bom para a imagem apoiar os países europeus e aproveita as oportunidades quando elas aparecem, para fazer avançar os seus interesses”, referiu Duncan Freeman.
“A China necessita também de diversificar as suas reservas, para responder às críticas internas que lamentam a exposição demasiado grande à dívida americana”, acrescentou.
Com cerca de 75 por cento das divisas em dólares, a China terá comprado cerca de 18 mil milhões de euros no segundo trimestre de 2010. Só em dívida espanhola, Pequim já comprou mais de 500 milhões de euros.
Público 02.11.2010

O volume do comércio externo da China atingirá este ano os 2,8 biliões de dólares, um aumento de 25 por cento face aos dados de 2009, indicam as previsões do Ministério chinês do Comércio hoje divulgadas pela agência Xinhua.




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The Beatles Discografia Portuguesa a 45 RPM

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O Abel Rosa acaba de publicar este interessantíssimo livro sobre os inesquecíveis Beatles. Eu sou um daqueles que se tornou adulto sob a sua revolucionária influência.
Saiba tudo sobre o livro e sobre a forma de o adquirir AQUI.

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terça-feira, novembro 02, 2010

O dia do Ursamento

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É hoje! É hoje!

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