segunda-feira, dezembro 28, 2015

Tempo Novo


O texto é do Comendador Marques de Correia (Expresso)

domingo, dezembro 27, 2015

Natal 2015


terça-feira, dezembro 22, 2015

O Arco



O "arco" quebrou-se mas foi lá.
Em Portugal derrubou-se (ou saltou-se) o muro.

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Dêem lá o brinquedo ao puto


quarta-feira, dezembro 16, 2015

Vida de estudante


terça-feira, dezembro 15, 2015

O Factor Fantasma


O Factor Fantasma
Lembram-se certamente do tempo em que no Metro, em Lisboa – e nessa época só existia Metro em Lisboa – um funcionário viajava dentro das carruagens? O dito funcionário, em cada estação confirmava se já tinham saído e entrado todos os passageiros e, em seguida, accionava o fecho da porta. Dir-me-ão que isso acontecia no tempo em que a dona Gertrudes Tomaz inaugurava a árvore de Natal do São Jorge. Mais ou menos. Um bocadinho para menos do que para mais: esses funcionários designados factores sobreviveram até 1995. Ou seja os factores deixaram oficialmente de existir no ano em que Ieltsin e Clinton negociavam em Moscovo, se criava o Espaço Schengen, era lançado o Internet Explorer 1, Bobby Robson era o treinador do Futebol Club do Porto.
Como se vê o mundo mudou muito nestes vinte anos, nem sempre para melhor mas mudou. Excepção feita aos factores do Metropolitano de Lisboa, que se tornaram num caso de espiritismo no mundo dito do trabalho pois se algum ingénuo pensou que extinta a função se acabavam os encargos com novos factores desiluda-se: os maquinistas do Metro passaram a receber uma remuneração extra (entre 317 euros e 475,50 euros mensais) pela abertura e fecho das portas das composições.
Mas não só. Os desaparecidos factores são sempre invocados nos acordos de empresa para explicar porque hão-de trabalhar ainda menos tempo os maquinistas. É preciso ter em conta que o horário de trabalho dos maquinistas do Metro de Lisboa está dividido em dois turnos. Mas só num deles os maquinistas dirigem as composições. Na outra metade o maquinista fica na situação de reserva, e pode, quando muito, assegurar manobras das composições nos cais terminais. O que nos leva à pergunta: porque afecta então o Metro de Lisboa tanto maquinista exclusivamente a manobras quando tem todos os dias dezenas de maquinistas parados no cumprimento do seu segundo turno?

quinta-feira, dezembro 10, 2015

A minha mãe


A minha mãe
é um filme sublime que Nanni Moretti realizou depois da sua experiência pessoal de perda da mãe.
Isso, só por si, não garantiria nada já que tal sentimento é o mais comumente sofrido por quase todos os seres humanos. 
Moretti foge ao sentimentalismo e oferece-nos uma profunda reflexão sobre a incansável busca da identidade e de sentido, busca essa que se torna mais pungente em momentos como a morte da mãe.
Ele apaga-se, enquanto personagem, e entrega à espantosa actriz Margherita Buy a tarefa de nos mostrar como é dramática a distância entre o que fazemos e o que somos.
Margherita, que interpreta uma realizadora cinematográfica, passa o tempo a pedir aos seus actores que façam o papel mantendo-se, enquanto pessoas, ao lado da personagem.
John Turturro, que encarna precisamente um actor do filme realizado por Margherita, joga também com as questões da identidade e da memória.
Grita a certo passo: "levem-me de volta para a realidade"

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Os sete anos que mudaram quase tudo



Os sete anos que mudaram quase tudo
Cavaco está quase a passar à história mas a sua história não se resume aos dois mandatos como Presidente.
Entre 1985 e 1991 ele coincidiu com uma curva muito apertada dos tempos modernos; o fim da URSS e do sistema soviético.
Durante esse período o PCP encontrava-s entre dois fogos. 
Por um lado as denúncias e reformas pouco ortodoxas de Gorbatchev e, por outro, a dinâmica vitoriosa de Cavaco e do que ele representava. Internamente as dissidências eram causa e consequência.
Os acontecimentos na URSS dificultavam uma lógica revolucionária e, ao mesmo tempo, a prática eleitoral em Portugal revelava cada vez mais as suas próprias limitações.
Nos oito anos que medeiam entre 1983 e 1991 o PCP passou de 18,07 % e 44 deputados para 8,8 % e 17 deputados.
E as coisas nunca mais voltaram a ser como eram antes.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Best Friends Forever


quarta-feira, dezembro 02, 2015

1982, Budapeste.


1982, Budapeste.
Eu, o Virgílio Vargas, o Albino e o Grenha.
A tirar a fotografia deve ter estado o Silva Graça, o outro compincha do grupo que não figura na chapa.
A Convenção da IBM foi em Hamburgo mas este grupo fez o percurso Lisboa, Viena, Budapeste, Viena, Hamburgo, Londres, Lisboa.
Tivemos uma estadia memorável no Hilton da colina de Buda. Ainda conservo uma pequena peça de cristal gamada de um candelabro no corredor.
O Grenha era quem conhecia melhor a cidade embora eu já lá tivesse estado em 1979. Grandes farras e grandes violinos.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Autofagia de "esquerda"



Autofagia de "esquerda"
O caso de Garcia Pereira, e do MRPP, fácilmente se converte numa anedota.
Só que ele revela um mal-estar muito mais generalizado, à esquerda, que se traduz em sucessivas crises de identidade e de ortodoxia.
Desde que deixou de poder exibir a bandeira do "socialismo real", nas suas diferentes versões, a esquerda foi deslizando para uma sucessão de divergências, e pequenas seitas, que tornaram o efémero "acordo" com Costa uma miragem apetecível.
Mas, pior do que isso, toda a esquerda se instalou no terreno da social-democracia que não pede mais do que um "capitalismo humanizado".
A acção política oscila entre o protesto semântico contra o discurso do adversário, o policiamento politicamente correcto, as demolições de carácter e a recusa de qualquer mudança no satus quo constitucional.
Enquanto não for forjada uma nova utopia mobilizadora, uma ideia nova de futuro, a esquerda viverá de fogachos, desilusões e autofagia.
E é pena.