quinta-feira, maio 16, 2013
Carnaval 2007
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quinta-feira, novembro 17, 2011
A Guiné como eu a vi; 40 anos depois
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quinta-feira, outubro 27, 2011
Religiosidade peruana
Um album de fotografias, feitas por mim em Setembro 2011, sobre a religiosidade dos peruanos pode ser visto AQUI.
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segunda-feira, outubro 03, 2011
A "não inscrição"
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terça-feira, setembro 20, 2011
Erotismo pré-colombiano
Pode ver aqui uma colecção de peças de cerâmica eróticas, pré-colombianas, fotografadas no Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera de Lima, Peru.
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quinta-feira, fevereiro 10, 2011
Uma espécie... de praga
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terça-feira, outubro 19, 2010
Ex-votos da Senhora D'Aires
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quinta-feira, outubro 14, 2010
Rui Palha - para redescobrir as ruas de Lisboa
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segunda-feira, setembro 27, 2010
Nem tanto ao mar nem tanto à terra
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terça-feira, setembro 21, 2010
Meu querido mês de Setembro
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quarta-feira, agosto 25, 2010
Hereros
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quinta-feira, julho 15, 2010
Toda a sabedoria popular num único post
A ambição cerra o coração
A pressa é inimiga da perfeição
Águas passadas não movem moinhos
Amigo não empata amigo
Amigos amigos negócios à parte
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura
A união faz a força
A ocasião faz o ladrão
A ignorância é a mãe de todas as doenças
Amigos dos meus amigos, meus amigos são
A cavalo dado não se olha a dente
Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo
Antes só do que mal acompanhado
A pobre não prometas e a rico não devas.
A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina
A galinha que canta como galo corta-lhe o gargalo
A boda e a baptizado, não vás sem ser convidado
A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha
A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata
A necessidade aguça o engenho
A noite é boa conselheira
A preguiça é mãe de todos os vícios
A palavra é de prata e o silêncio é de ouro
A palavras ocas orelhas moucas
A pensar morreu um burro
A roupa suja lava-se em casa
Antes só que mal acompanhado
Antes tarde do que nunca
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam
Ao rico não faltes, ao pobre não prometas
As palavras voam, a escrita fica
As conversas são como as cerejas, vêm umas atrás das outras
Até ao lavar dos cestos é vindima
Água e vento são meio sustento
Águas passadas não movem moinhos
Boi velho gosta de erva tenra
Boca que apetece, coração que padece
Baleias no canal, terás temporal
Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia
Boa romaria faz, quem em casa fica em paz
Boda molhada, boda abençoada
Burro velho não aprende línguas
Burro velho não tem andadura e se tem pouco dura
Cada cabeça sua sentença
Chuva de São João, tira vinho e não dá pão
Casa roubada, trancas à porta
Casarás e amansarás
Criou a fama, deite-se na cama
Cada qual com seu igual
Cada ovelha com sua parelha
Cada macaco no seu galho
Casa de ferreiro, espeto de pau
Casamento, apartamento
Cada qual é para o que nasce
Cão que ladra não morde
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
Com vinagre não se apanham moscas
Coma para viver, não viva para comer
Com o direito do teu lado nunca receies dar brado
Candeia que vai à frente alumia duas vezes
Casa de esquina, ou morte ou ruína
Cada panela tem a sua tampa
Cada um sabe as linhas com se cose
Cada um sabe de si e Deus sabe de todos
Casa onde entra o sol não entra o médico
Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém
Cesteiro que faz um cesto faz um cento,se lhe derem verga e tempo
Com a verdade me enganas
Com papas e bolos se enganam os tolos
Comer e o coçar o mal é começar
Devagar se vai ao longe
Depois de fartos, não faltam pratos
De noite todos os gatos são pardos
Desconfia do homem que não fala e do cão que não ladra
De Espanha nem bom vento nem bom casamento
De pequenino se torce o pepino
De grão a grão enche a galinha o paparrão
Devagar se vai ao longe
De médico e de louco, todos temos um pouco
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
Diz o roto ao nu 'Porque não te vestes tu?'
Depressa e bem não há quem
Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer
Depois da tempestade vem a bonança
Da mão à boca vai-se a sopa
Deus ajuda, quem cedo madruga
Dos fracos não reza a história
Em casa de ferreiro, espeto de pau
Enquanto há vida, há esperança
Entre marido e mulher, não se mete a colher
Em terra de cego quem tem olho é rei
Erva daninha a geada não mata
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
Em tempo de guerra não se limpam armas
Falar é prata, calar é ouro
Filho de peixe, sabe nadar
Gaivotas em terra, tempestade no mar
Guardado está o bocado para quem o há de comer
Galinha de campo não quer capoeira
Gato escaldado de água fria tem medo
Guarda o que comer, não guardes o que fazer
Homem prevenido vale por dois
Há males que vêm por bem
Homem pequenino ou velhaco ou dançarino
Ignorante é aquele que sabe e se faz de tonto
Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus, serás pior do que eles
Lua deitada, marinheiro de pé
Lua nova trovejada, 30 dias é molhada
Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão
Longe da vista, longe do coração
Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar
Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital
Manda quem pode, obedece quem deve
Mãos frias, coração quente
Mais vale ser rabo de pescada que cabeça de sardinha
Mais vale cair em graça do que ser engraçado
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto
Madruga e verás trabalha e terás
Mais vale um pé no travão que dois no caixão
Mais vale uma palavra antes que duas depois
Mais vale prevenir que remediar
Morreu o bicho, acabou-se a peçonha
Muita parra pouca uva
Muito alcança quem não se cansa
Muito come o tolo mas mais tolo é quem lhe dá
Muito riso pouco siso
Muitos cozinheiros estragam a sopa
Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe
Nuvem baixa sol que racha
Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu
Nem tudo o que reluz é ouro
Não há bela sem senão
Nem tanto ao mar nem tanto à terra
Não há fome que não dê em fartura
Não vendas a pele do urso antes de o matar
Não há duas sem três
No meio é que está a virtude
No melhor pano cai a nódoa
Nem contas com parentes nem dívidas com ausentes
Nem oito nem oitenta
Nem tudo o que vem à rede é peixe
No aperto e no perigo se conhece o amigo
No poupar é que está o ganho
Não dá quem tem, dá quem quer bem
Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça
O saber não ocupa lugar
Os cães ladram e caravana passa
O seguro morreu de velho
O prometido é devido
O que arde cura o que coça sara e o que aperta segura
O segredo é a alma do negócio
O bom filho à casa retorna
O casamento e a mortalha no céu se talha
O futuro a Deus pertence
O homem põe e Deus dispõe
O que não tem remédio remediado está
O saber não ocupa lugar
O seguro morreu de velho
O seu a seu dono
O sol quando nasce é para todos
O óptimo é inimigo do bom
Os amigos são para as ocasiões
Os opostos atraem-se
Os homens não se medem aos palmos
Para frente é que se anda
Pau que nasce torto jamais se endireita
Pedra que rola não cria limo
Para bom entendedor meia palavra basta
Por fora bela viola, por dentro pão bolorento
Para baixo todos os santos ajudam
Por morrer uma andorinha não acaba a primavera
Patrão fora, dia santo na loja
Para grandes males, grandes remédios
Preso por ter cão, preso por não ter
Paga o justo pelo pecador
Para morrer basta estar vivo
Para quem é, bacalhau basta
Passarinhos e pardais,não são todos iguais
Peixe não puxa carroça
Pela boca morre o peixe
Perde-se o velho por não poder e o novo por não saber
Pimenta no cu dos outros para mim é refresco
Presunção e água benta, cada qual toma a que quer
Quando a esmola é grande o santo desconfia
Quem espera sempre alcança
Quando um não quer, dois não discutem
Quem tem telhados de vidro não atira pedras
Quem vai à guerra dá e leva
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte
Quem sai aos seus não degenera
Quem vai ao ar perde o lugar e quem vai ao vento perde o assento
Quem semeia ventos colhe tempestades
Quem vê caras não vê corações
Quem não aparece, esquece; mas quem muito aparece, tanto lembra que aborrece
Quem casa quer casa
Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa
Quem com ferros mata, com ferros morre
Quem corre por gosto não cansa
Quem muito fala pouco acerta
Quem quer festa, sua-lhe a testa
Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar
Quem dá aos pobres empresta a Deus
Quem cala consente
Quem mais jura é quem mais mente
Quem não tem cão, caça com gato
Quem diz as verdades, perde as amizades
Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos
Quem não deve não teme
Quem avisa amigo é
Quem ri por último ri melhor
Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha
Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima
Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto
Quem diz o que quer, ouve o que não quer
Quem não chora não mama
Quem desdenha quer comprar
Quem canta seus males espanta
Quem feio ama, bonito lhe parece
Quem não arrisca não petisca
Quem tem boca vai a Roma
Quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão
Quando um cai todos o pisam
Quanto mais depressa mais devagar
Quem entra na chuva é pra se molhar
Quem boa cama fizer nela se deitará
Quem brinca com o fogo queima-se
Quem cala consente
Quem canta seus males espanta
Quem comeu a carne que roa os ossos
Quem está no convento é que sabe o que lhe vai dentro
Quem muito escolhe pouco acerta
Quem nada não se afoga
Quem nasceu para a forca não morre afogado
Quem não quer ser lobo não lhe vista a pele
Quem não sabe é como quem não vê
Quem não tem dinheiro não tem vícios
Quem não tem panos não arma tendas
Quem não trabuca não manduca
Quem o alheio veste, na praça o despe
Quem o seu cão quer matar chama-lhe raivoso
Quem paga adiantado é mal servido
Quem parte velho paga novo
Quem sabe faz, quem não sabe ensina
Quem tarde vier comerá do que trouxer
Quem te cobre que te descubra
Quem tem burro e anda a pé mais burro é
Quem tem capa sempre escapa
Quem tem cem mas deve cem pouco tem
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Quem tudo quer tudo perde
Quem vai ao mar avia-se em terra
Quem é vivo sempre aparece
Querer é poder
Recordar é viver
Roma e Pavia não se fez em um dia
Rei morto, rei posto
Se em terra entra a gaivota é porque o mar a enxota
Se sabes o que eu sei, cala-te que eu me calarei
Santos da casa não fazem milagres
São mais as vozes que as nozes
Toda brincadeira tem sempre um pouco de verdade
Todo o homem tem o seu preço
Todos os caminhos vão dar a Roma
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quarta-feira, abril 29, 2009
Egípcios

Um conjunto de imagens recolhidas em Março no Egipto, entre Luxor e Abu Simbel, pode ser visto AQUI.
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terça-feira, março 31, 2009
Núbios

A minoria núbia do Egipto viu as suas terras invadidas pelas águas quando foi construída a grande barragem em Assuão. Os que não partiram e se misturaram vivem actualmente em meia-dúzia de aldeias construídas para o efeito.
Visitei recentemente uma delas e pude constatar que, pelo menos aparentemente, a sua vida agora depende quase totalmente da venda de produtos aos turistas.
Apesar da beleza dos rostos e dos trajes, da alegria das cores, há muita artificialidade nas suas vidas. Ou então sou eu que estou equivocado.
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segunda-feira, janeiro 26, 2009
A "outra metade" da humanidade
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Por mero acaso coincidem no dia de hoje, 26 de Janeiro, as comemorações do Novo Ano Chinês (que já referimos aqui) e o grande feriado nacional da Índia, o Dia da República, em que se tornou Estado soberano (26 de Janeiro de 1950).
Sem nós darmos por nada, virados para o nosso precioso umbigo, há cerca de doil mil e quinhentos milhões de seres humanos em festa do outro lado do planeta.
É a "outra metade" da humanidade que só conhecemos como exotismo e a que só concedemos a condição de folclore.
No entanto a grandeza do fenómeno devia comover-nos ou, no mínimo, provocar-nos tonturas. Sem pieguices.
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quinta-feira, agosto 28, 2008
O Amolador
O som da gaita de beiços não enganava: fui à janela e lá em baixo, conduzindo pela mão a sua “bicicleta” cheia de ferramentas e chapéus de chuva, lá estava ele, o amolador.
Corri a buscar uma faca e fui ter com ele. O homem pôs o seu avental de couro, subiu para a bicicleta e começou a pedalar, fazendo girar a roda de afiar onde ia com movimentos estratégicos, encostando o gume da faca.
Fiquei fascinada a olhar, a ver as pequenas chispas que saltavam.
E lembrava-me: o amolador vinha com a sua musica/pregão que, segundo se dizia anunciava as chuvas, e as vizinhas traziam as facas e tesouras para amolar, as panelas de alumínio para pôr “pingos” nos buracos, os tachos de barro estalados para consertar com “gatos”, e os chapéus de chuva para qualquer vareta nova.
Por 4 euros, durante uns minutos, eu tinha outra vez 10 anos.
P. S. Quanto à “lenda” de os amoladores anunciarem o regresso das chuvas, eu não sei nada, mas as previsões meteorológicas anunciam chuva para hoje a partir do fim da tarde...
(da nossa "enviada especial à praceta", Maria Rosa Redondo)

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quinta-feira, julho 17, 2008
O silêncio dos blogoesféricos
(texto de Rosa Redondo enviado para publicação pela autora)
O filme "Tropa de Elite" de José Padilha é um murro no estômago. Como era de esperar já disseram sobre ele os lugares comuns do costume e já lhe colaram os rótulos habituais. Curiosamente, em Portugal, em especial na blogoesfera, tem-se falado pouco sobre ele; talvez porque temos receio de ser confrontados com alguns cantos mais “obscuros” do nosso íntimo e de ter de pôr em causa alguns dos princípios “bonitos” em que nos apraz fundamentarmo-nos.
Uma excepção é a inteligente crítica que Jorge Leitão Ramos publicou no Expresso de 12 de Julho (“Tiro e Queda”) e que perfilho quase sem reticências.
Acrescentarei só que uma das coisas que o filme nos mostra é que o “sistema” cujos indícios vemos na corrupção “hard” da policia, na corrupção “soft” das ONG, no poder brutal dos bandos da droga, não pode ser desmantelado de dentro, porque se auto-regenera. E o conceito de “de dentro” é muito amplo; inclui o modelo produtivo, social e governativo, o corpo legislativo e judicial, a organização policial...
Há uma frase do capitão Nascimento que não pára de me ressoar na cabeça: “Só rico com consciência social é que não sabe que guerra é guerra.”
Outra grande questão “quente” é a da legalização da venda e consumo de droga. É preciso ter a coragem de a abordar sem moralismos. É já um lugar comum, mas nem por isso é menos verdade, que a “Lei Seca” foi a fortuna dos gangsters.
A ver. Absolutamente.
Rosa Redondo, 17.07.2008
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sexta-feira, março 21, 2008
O que ficou da Índia
Cheguei da Índia afectado pelos exageros do ar condicionado, que era forçado a alternar com o calor dos locais visitados onde era comum a poeirada e os fumos de pequenas fogueiras feitas com lixo. Quase toda a gente no meu grupo foi atingido, de uma forma ou de outra, por tosses e entupimentos respiratórios vários.
Agora que está na hora de encerrar este capítulo apetece, como sempre, o brilharete de uma síntese. Só que a Índia não é país para sínteses; é ao mesmo tempo exótico e familiar, uma espécie de matriz de onde viemos mas que hoje nos surpreende.
Confesso que me surpreendeu o "atraso" da Índia; não pode ambicionar grandes voos um país onde vacas e outras alimárias se passeiam pelas vias do tráfego (realizando o sonho da nossa ACAM), onde há esquinas de lixo a céu aberto, onde a religião impregna o dia-a-dia em vez de ser uma luz orientadora do destino.
A presença do islamismo, embora minoritária, é aliás uma fonte de tensão que se sente claramente. Pareceu-me que a influência cultural dos muçulmanos é maior do que os 15% que as estatísticas lhes atribuem.
Os invasores muçulmanos vindos do Afeganistão no século XVI dominaram a Índia, e a sua cultura milenar, até à chegada dos ingleses no século XIX. Ainda recentemente eu havia referido Akbar, o maior dos imperadores, sem saber que viria agora a estar no que resta dos seus palácios. Esse domínio deixou marcas profundas.
Os monumentos desse perído, fabulosos, estão em certos casos tão mal mantidos que emboram tenham poucas centenas de anos paracem muito mais arcaicos. Os monumentos hindus, muito mais antigos têm um encanto muito especial (As colunas de Qutub Minar, e os templos de Khajurao, por exemplo).
As infraestruturas são muito deficientes e limitam as possiblidades do turismo. É penoso gastar um dia inteiro para fazer um percurso de 300 km por estrada. O aeroporto de Delhi, onde aterrei uma vez e levantei duas vezes, é um caso sério de desorganização e de confusão. No regresso a Lisboa cheguei ao aeroporto às 23 para poder embarcar às três e meia da manhã.
Eu sei que há pólos de excelência, realizações importantes no plano tecnológico mas, pelo que observei em cerca de mil quilómetros de estrada, isso constitui uma gota num enorme oceano. Grande parte da população dedica-se à agricultura e há também centenas de milhões de pequeníssimos comerciantes.

Nas ruelas, à beira das estradas, por todo o lado estes pequeníssimos comerciantes encontram "loja" nem que seja um metro quadrado de solo. Este imenso bazar, que segue o padrão que também encontramos no magrebe, distingue-se pela sua esmagadora dimensão.
Se é verdade que nas imediações das atracções turísticas esses comerciantes terão possibilidade de fazer excelentes negócios já ao longo do país remoto, em pequeníssimas vilórias, não compreendo como pode ser rentável esta extensíssima rede comercial. Deve ser a minha noção de rentabilidade que não se aplica no caso em apreço.
Em conclusão e finalmente em síntese; eu consigo imaginar a China sem miséria daqui a 20 anos. A Índia não.
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segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Carnaval em Lazarim (2007)
Em 2007 visitei Lazarim durante o Carnaval e falei disso neste post. Trata-se de uma festa popular famosa em todo o país por causa das suas belas máscaras de madeira.
Pode ver uma selecção das fotografias que então fiz clicando AQUI
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quarta-feira, dezembro 12, 2007
A luta continua
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