quarta-feira, setembro 30, 2009
O Tsunami explicado às crianças (e aos fanáticos)
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terça-feira, setembro 29, 2009
A fava
O brinde do famoso Bolo das Escutas saíu, no dia 27, ao Engenheiro Sócrates. Hoje à noite ficaremos a saber a quem vai caber a fava.
Adenda às 21:40 - a fava é para o Zé Povinho. Começou a campanha para as presidenciais. Os irresponsáveis que resolveram usar esta parvoíce das "escutas" para ganhar as legislativas arranjaram um rico sarilho de consequências imprevisíveis. De repente a formação do próximo governo deixou de interessar, vamos assistir a uma polarização e guerra sem quartel entre a esquerda e a direita em plena crise económica. Mesmo que seja verdade que F. Lima tentou, há 17 meses, publicar uma noticiazeca isso é ridículo face ao terramoto que foi desencadeado.
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segunda-feira, setembro 28, 2009
Sem a pesada herança
Hora da publicação: 23:39 2 comentários
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Porque não se pode confiar em quase ninguém
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domingo, setembro 27, 2009
Declaração de (não) voto
Escrevo por imperativo cívico, para afirmar que os resultados, sejam eles quais forem, ficarão inevitávelmente manchados por aquela que foi, provávelmente, a mais grave mistificação durante um período de campanha eleitoral desde que a nossa democracia atingiu a sua fase "civilizada".
Os factos
- A 18 de Agosto 2009 o Público incluiu uma abordagem das escutas com pretexto nas afirmações do PS de que haveria assessores de Cavaco a colaborar na preparação do programa do PSD. A tese implícita era que o PS só podia fazer tal tipo de afirmações se estivesse a vigiar os tais assessores.
- Cerca de um mês depois, a poucos dias das eleições legislativas, o DN publicou o conteúdo de um email enviado por um jornalista do Público a um colega em Abril de 2008. Nesse mail era mencionada uma reunião com Fernando Lima, assessor de Cavaco, em que ele pedira a divulgação pelo jornal das suspeitas da presidência relativamente a uma hipotética vigilância a que estaria submetida.
- Não se sabe quem, quando e por que meios obteve o referido email e como foi ele parar aos jornais.
- Não se conhece qualquer declaração do autor, nem de Fernando Lima, sobre os factos relatados no email.
- Apesar de todas estas incertezas e indefinições o artigo do DN deu origem a uma desefreada campanha mediática que se desenvolveu como se fossem inquestionáveis:
1) os factos relatados no email,
2) a ligação entre esses factos e o artigo do Público publicado 17 meses depois, em 18 de Agosto 2009,
3) o envolvimento de Cavaco, como mandante,
4) a inexistência de quaisquer escutas,
5) a inexistência de qualquer "asfixia democrática" como corolário da inexistência das escutas
- Esta campanha estendeu-se a todos os meios e, a partir desse momento, não houve qualquer outro tema relevante que conseguisse obter atenção e tempo de antena durante o que faltava da campanha eleitoral.
- Pela primeira vez na nossa história recente a luta política partidária usou meios que põem em causa a dignidade da função presidencial e que constituem um verdadeiro "julgamento mediático" do Presidente, com consequências imprevisíveis para o regime.
Considerandos sobre uma história mal contada
- Um Presidente tem tão poucos meios e poder que manda um assessor pedinchar a um jornalista subordinado o favor de uma noticiazinha ? Por que é que ele não ligou ao Belmiro ou, já que dizem que o homem está a soldo, ao director do Público ? Porque é que falaria com um subalterno sujeitando-se a ser desmascarado ?
- Mesmo admitindo que tenha feito tal pedido, e admitindo que o artigo de 18 de Agosto do Público era consequência desse pedido, temos que concluir que só foi atendido 17 meses depois. O homem não tem mesmo influência nenhuma.
Conclusões
A meia dúzia de dias das eleições transformar isto numa coisa essencial é claramente uma manobra cujo beneficiado é, sem dúvida, o Partido Socialista.
O desafio a Cavaco, que só foi lançado para salvar in extremis estas legislativas, faz-nos a todos correr graves riscos de turbulência no momento de formar o novo governo. Neste tempo de enormes dificuldades e incertezas estamos perante o espectro da ingovernabilidade já que, na prática, se está a antecipar dois anos a luta pela Presidência.
Se por um lado este episódio revela uma hipotética tentativa canhestra da parte de Cavaco por outro expõe a potentíssima máquina mediática que conseguiu de uma penada, a partir de material clandestino e irrisório, substituir na campanha o julgamento do governo de Sócrates por um ataque ao PSD e ao Presidente da República.
Os portugueses podem portanto ter dúvidas acerca da competência conspirativa de Cavaco e dos seus assessores mas não podem ter qualquer dúvida sobre a existência algures de uma fábrica comunicacional capaz de transformar quase nada em quase tudo.
Eu, pela minha parte, passarei a interrogar-me sistemáticamente sobre toda e qualquer informação proveniente de tal fonte.
Em suma, tudo isto é delirante e faz supor que realmente estamos a ser governados por seitas secretas em que nunca votámos.
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O dever cívico
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O bom povo português que ontem encheu as bancadas da Luz e do Dragão é o mesmo que hoje, com igual determinação clubística, ponderação e discernimento estratégico, vai às urnas escolher a doutora ou o engenheiro.
Bem haja.
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Hora da publicação: 09:30 2 comentários
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sábado, setembro 26, 2009
Presunto e abanico
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Ao ler o Publico.es descubro finalmente o porquê das reservas de Manuela relativamente a nuestros hermanos:
"Hace una semana, las encuestas para las elecciones generales de mañana indicaban un empate técnico entre los dos grandes partidos, un cuadro que cambió radicalmente al desmoronarse las acusaciones de un presunto espionaje al presidente conservador, Aníbal Cavaco Silva, que habría sido ordenado por el primer ministro socialista, José Sócrates."
Nunca me passou pela cabeça que um presunto estivesse envolvido, como espião, nas escutas ao senhor Presidente. Se eles o dizem...
De notar também que consideram Sócrates não só favorito como, o que é muito mais arrojado, até mesmo socialista.
Mas a sobranceria dos espanhóis é ainda mais grave na forma como caracterizam a política no nosso país:
"El abanico político portugués, además de ser amplio, se presenta confuso."
Volta Manuela, estás perdoada.
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Hora da publicação: 11:47 0 comentários
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UTOPIA
Era uma vez um país tão igualitário, tão igualitário, que o Presidente quando queria publicar mandava o assessor pedir por favor ao porteiro do jornal.
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Dia de reflexão
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A campanha acabou. Os golpes e contra-golpes de bastidores levam-nos a suspeitar que, nesta aparência de democracia, somos de facto governados por seitas secretas que desconhecemos. Aqueles em que se vota amanhã são meros testas de ferro ?
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Hora da publicação: 09:10 1 comentários
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sexta-feira, setembro 25, 2009
Ninguém quer a China
quinta-feira, setembro 24, 2009
Avante ou avançar ?
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Acabo de me cruzar com uma uma arruada (ou avenidada pois foi na Av. da Igreja) da JS, comandada para meu espanto pelo bisonho Vitalino "apanha as" Canas.
O homem, em pessoa, parece um daqueles tipos que ficaram até muito tarde nos escuteiros mas que, neste caso, usa fato com colete mesmo sob 29º de temperatura.
Um simpático jovem ofereceu-me a simpática raquette que figura neste post um adereço que, suponho eu, a JS recomenda ao povo para enxotar os problemas que o afligem.
Ao receber a oferta eu gritei: "Avante Portugal !", para testar o jovem. Ele, prevenido e bem formado, percebeu a provocação e respondeu: "Avante não, avançar !".
Talvez avante e avançar não sejam assim tão diferentes. Quando me meti no carro ouvi, no noticiário, que uma aliança pós-eleitoral entre o PS e o PCP começa a estar em cima da mesa.
Creio perceber que o Eng. Sócrates quer ver se arranja forma de evitar o Dr. Louçã, que ele considera, sabe-se lá porquê, um chato.
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Hora da publicação: 14:24 0 comentários
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quarta-feira, setembro 23, 2009
Por que não vou votar
Este episódio remoto, um pouco ridículo, foi transformado no centro da campanha eleitoral e passou a dominar todos os noticiários e debates, o que é notável como manobra política.
Se por um lado revela uma hipotética manobra canhestra da parte de Cavaco por outro expõe a potentíssima máquina mediática do PS que conseguiu de uma penada, a partir de material clandestino e irrisório, substituir na campanha o julgamento do governo de Sócrates por um ataque ao PSD e ao Presidente da República.
A organização que esta operação pressupõe é de alto calibre e não funciona certamente na base da improvisação e da carolice. Se a isto juntarmos o caso da Manuela Moura Guedes, e não só, talvez a "asfixia democrática" invocada pela "outra senhora", ou pelo menos a asfixia do PSD, comece a fazer algum sentido.
Eu disse recentemente que uma coligação de direita não tem condições sociais para governar Portugal. Os factos recentes deram-me razão e mostram que um governo desse tipo seria trucidado pela máquina mediática do PS em três tempos, como sucedeu com Santana em 2005. De qualquer forma, como é óbvio, essa nunca seria a minha opção de voto.
Mas o PS, cujas tentativas reformistas têm muitos aspectos que eu aprecio, assusta-me enquanto cidadão. A sua capacidade para manipular a informação ultrapassa o razoável e causa-me uma certa repulsa.
A guerra com Cavaco, que só foi empolada para salvar in extremis estas legislativas, faz-nos a todos correr graves riscos de turbulência no momento de formar o novo governo. Neste tempo de enormes dificuldades e desafios estamos perante o espectro da ingovernabilidade já que estão a antecipar dois anos a luta pela Presidência.
À esquerda do PS o panorama é desolador. Não há uma ideia consistente de futuro e, à falta de uma proposta verdadeira alternativa, começam a proliferar os saudosismos e os radicalismos imbecis.
Numa bebedeira emocional preparam-se para reeditar os mesmos erros com que, em 1975, arruinaram o verdadeiro PREC.
Perante isto declaro-me impotente, tal como a generalidade dos cidadãos.
Hora da publicação: 12:11 13 comentários
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terça-feira, setembro 22, 2009
Fábrica 798, Pequim
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From Beijing 798 |
No dia 20 de Setembro o DN noticiava:
Os edifícios da antiga fábrica da Oliva, em São João da Madeira, com arquitectura de autor nos anos 50 e 60, vão acolher indústrias criativas e actividades culturais, com a designação Oliva Creative Factory, incluindo um centro de arte contemporânea e dois núcleos museológicos.
Esta excelente notícia trouxe-me à memória a Fábrica 798, em Pequim, que visitei recentemente.
Trata-se de uma antiga fábrica de componentes para a indústria de armamento que depois de vários anos de abandono foi entregue aos artistas plásticos.
Hoje é uma das mais visitadas atracções turísticas da cidade. Lá estão instaladas inúmeras galerias de arte e exposições bem como lojas e cafés.
Veja mais imagens da Fábrica 798 clicando AQUI.
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Hora da publicação: 22:44 0 comentários
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domingo, setembro 20, 2009
O Campeonato
A campanha eleitoral tornou-se um campeonato dos espiões. Ficámos agora a saber que dirigentes do BE têm PPRs e acções de empresas capitalistas. Pelos vistos "quem se mete com o PS leva...".
A história das escutas no DN está mal contada e revela maquiavelismo. O Público cumpriu o "pedido do Presidente" dezassete meses depois ? Parece demasiada falta de respeito por parte de um jornal subserviente.
As actuações quer do Público quer do DN (quem lhe entregou o tal email ?)são ambas deploráveis e revelam a guerra reinante entre os gangs de assessores.
Sucedem-se, e provavelmente continuarão a suceder, os "escândalos"- caso Público, PPRs do BE, votos pagos no PSD, congelamento da carreira do juiz Rui Teixeira, emprego de MFL no Santander etc, etc. Não é estranha tanta coincidência de casos neste momento? há que perguntar a quem servem?
O que aparentemente se passou com o Público é diferente da habitual relação entre jornais e fontes no governo ou na presidência?
Eu como cidadão evitarei embarcar nesta divisão entre anjos e demónios.
Para já faço uma dedução: a investida contra o PR, com base no caso do Público, parece revelar que o PS prevê um governo da MFL apoiado por Belém em vez de um governo PS a necessitar da colaboração presidencial na sequência das próximas eleições.
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Hora da publicação: 12:48 2 comentários
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sábado, setembro 19, 2009
Os 60 anos da RPC
No dia 1 de outubro a China vai comemorar os 60 anos da implantação da República Popular com um desfile que promete espantar o mundo.
Veja aqui uma série de fotografias sobre os preparativos.
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Coabitação Democrática
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Um jornal que recebe dicas de um assessor presidencial e outro que passados dezassete meses, em plena campanha eleitoral, tem acesso a mensagens privadas de jornalistas do primeiro. O mais grave é que, por ganância eleitoral, resolveram esgrimir em público estes actos "triviais" que normalmente ocultam das nossas vistas.
É este o ambiente de guerra de gangs em que vivemos e não é só na Quinta da Fonte.
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Hora da publicação: 11:20 0 comentários
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sexta-feira, setembro 18, 2009
Ir ou não ir à missa
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Pensamento do dia:
Para ter sucesso e ser estimado em Portugal é imprescindível ir à missa (qualquer que ela seja).
Espíritos livres, críticos e independentes não são apreciados. Amen.
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Hora da publicação: 11:44 2 comentários
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Misantropo
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Estreou ontem nos salões do Palácio Marquês de Tancos este clássico de Moliére.Um texto e uma tradução magníficos servem um tema carregado de actualidade.
O teatro em todo o seu esplendor.
Ver mais aqui
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quinta-feira, setembro 17, 2009
Por que não gosto de campanhas eleitorais
Hora da publicação: 15:18 3 comentários
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Mulheres do Hindustão em Alcácer
Hora da publicação: 13:53 0 comentários
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terça-feira, setembro 15, 2009
A barbárie dos civilizados
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Na minha recente viagem a Pequim tive oportunidade de visitar o que resta do antigo Palácio de Verão destruído, saqueado e depois incendiado por forças do exército francês e inglês em 1860, durante as "Guerras do Ópio". É um episódio vergonhoso e revoltante.
O número de obras primas de todo o tipo que foram roubadas ou que se perderam é incalculável (as duas estatuetas que foram leiloadas recentemente pela Christies sob protesto da RPC são apenas um pálido exemplo).
Charles George Gordon, um capitão, de 27 anos de idade, nos Royal Engineers, escreveu:
Nós saímos, e, depois de o pilharem, queimaram todo o lugar, destruindo à maneira dos vândalos a maior parte da valiosa propriedade a qual não pode ser substituída por quatro milhões. Recebemos um prémio monetário de mais de £48 ... Eu tenho feito bem. A população [local] tem muitos civis, mas eu penso que os grandes nos odeiam, como devem depois do que fizemos ao palácio. Vocês dificilmente podem imaginar a beleza e magnificência dos locais que queimámos. Fez uma ferida no coração queimá-los; de facto, esses lugares eram tão largos, e nós estávamos tão pressionados pelo tempo, que não foi possível pilhá-los cuidadosamente. Quantidades de ornamentos em ouro foram queimadas, consideredos como latão. Foi miseravelmente desmoralizador trabalhar para um exército. (texto extraído da Wikipedia, elucidativo apesar da tradução deficiente)
Ainda hoje se sente a repulsa dos chineses pela violência colonial de que foram alvo, apenas há 150 anos, por parte daqueles que passam a vida a exigir a abertura e a moderação dos outros.
No museu que se encontra junto ao local dos antigos jardins está reproduzida uma carta, escrita por Victor Hugo, expressando indignação pelo vandalismo das forças francesas e inglesas.
Hora da publicação: 15:41 0 comentários
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segunda-feira, setembro 14, 2009
O melhor das autárquicas (para já)
Prémio "Suspense"
Prémio "Sem Espinhas" I:
Prémio "Sem Espinhas" II:
Prémio "Põe tua mão na mão do teu Senhor":
Prémio Figurantes:
Prémio "Mãos na massa":
Prémio "die hard":
Prémio Madre Teresa:
Prémio Carreira (Edição Dulpa):
E, finalmente, o cartaz mais sincero de todos:
Recebido por email, de autor desconhecido
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O dilema eleitoral
Hora da publicação: 12:44 5 comentários
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domingo, setembro 13, 2009
O nosso Cristiano Globaldo
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Andei meia duzia de passos no aeroporto de Pequim, ainda meio a dormir depois de nove horas dentro do avião, e deparo com o nosso Cristiano Globaldo em grande estilo a mostrar a garrafa do champô.
Mal sabia eu então que haveria de voltar a vê-lo, durante dez dias, nas fachadas dos autocarros e nas televisões dos apeadeiros do metro.
É o milagre da globalização das imagens icónicas. A um menino português, ainda por cima nascido na ilha do doutor jardim, basta-lhe mostrar a face para até os chineses se precipitarem na direcção da drogaria.
Entretanto eu via-me aflito para eles perceberem que acabava de chegar de "pu tao ya" (que é a maneira que eles têm de referir o nosso país). É obra.
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sábado, setembro 12, 2009
Uma Revolução que chega à terceira idade ?
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Por estes dias, em Pequim, presenciei os frenéticos preparativos para as comemorações do 60º aniversário da República Popular da China.
Lamentavelmente não consegui vencer o bloqueamento do Blogger, nem do Twitter nem do Facebook. Por isso agora, que regressei, vou ter que relatar as minhas experiências em diferido.
No próximo dia 1 de Outubro os chineses vão, de novo, tentar espantar o mundo. Diz-se que 200.000 pessoas participarão cantando, dançando ou desfilando. Um espectáculo a não perder, ao menos na televisão.
O imenso mercado-formigueiro que é Pequim não exagera, nas ruas, os símbolos da Revolução.
Mas os retratos de Mao, em algumas montras e na exposição retrospectiva de 60 anos de pintura, parecem assistir atónitos ao pulular dos Business Centers e do Kentucky Fried Chicken.
Consegui em Pequim, apesar de tudo, ler na internet os nossos jornais e até ouvir as nossas rádios. Assim recebia ecos fragmentados da campanha política em curso.
Confesso que os debates me soavam ainda mais patéticos naquele mundo em que me encontrava.
Tinha estado em Pequim em 2006 e, passados três anos, senti uma enorme evolução. Não só nos espantosos edifícios (estádio olímpico, centro de artes performativas, torre da CCTV, etc) mas a todos os níveis.
Sente-se que estamos perante um país cada vez mais rico e os shows televisivos de exaltação nacional, de estilo impensável pelos nossos padrões, não parecem ser destituídos de razão aos olhos dos chineses.
Nas ruas tem-se uma sensação brutal de vitalidade, literalmente milhões de pessoas lutam árduamente, penosamente, pela sua sobrevivência e por uma vida melhor. Sessenta anos de socialismo ensinaram-lhes que o Estado não pode ser a solução para tudo e muito menos para a angariação do sustento de cada família. Eles trabalham sem rede mas com uma comovente dignidade.
Essa atitude de um povo que ignora a resignação e a dependência é, quanto a mim, a maior força da China.
Em Portugal quase todos os discursos, para ganhar as eleições, convencem o povo de que os direitos do Estado Social são viáveis, sem grandes sacrifícios, apesar de o país empobrecer todos os dias.
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