segunda-feira, janeiro 28, 2019

Jamaica



O Bairro da Jamaica só aparece nas TVs a propósito da "violência policial" e no quadro da habitual instrumentalização partidária.
O problema do Bairro da Jamaica não é a "violência policial" mas sim a "violência social" que finge que tais situações extremas não existem.
Câmaras Municipais e Governo cultivam mesmo a retórica da "abertura aos migrantes" ao mesmo tempo que nada fazem por aqueles que já cá estão.
A Geringonça que tantos "males" reverteu, e que tanto se preocupa com as agruras dos funcionários públicos, não encontrou umas migalhas para minimizar a miséria do Bairro da Jamaica.
Mas aparecem na televisão indignados com a "violência policial". Para caçar mais uns votos.

terça-feira, janeiro 22, 2019

Público = Privado


O "Banco Público" que afinal é só de alguns
Público = Privado

quarta-feira, janeiro 16, 2019

Acontecimento improvável e simbólico


Acontecimento improvável e simbólico.
Como muitas vezes acontece a condenação faz-se com base em crimes que não serão, provávelmente, os mais graves que praticou.
Pela primeira vez temos uma condenação deste tipo levada às últimas consequências (que venham outras mais para acabar com as tradicionais impunidades) .
Demorou muito mas acabou por acontecer.

sexta-feira, janeiro 11, 2019

OS DEZ ERROS DE COSTA por Rui Rocha

OS DEZ ERROS DE COSTA 
por Rui Rocha

1º A aliança, por motivos puramente oportunistas, com propostas políticas que não têm qualquer compromisso com os elementares princípios democráticos;

2º A colagem ao velho PS, representante dos piores vícios do Bloco Central, com Carlos César e Ferro Rodrigues, que Costa não só afastou mas promoveu a cargos de grande visibilidade, como figuras que os personificam;
3º A colagem ao PS socrático, mais uma vez não estabelecendo qualquer faixa de protecção entre a sua liderança e personagens profundamente conotadas com o desastre governativo e pessoal do antigo primeiro-ministro como Vieira da Silva ou João Galamba.
4º A normalização do nepotismo como forma de ocupação do Estado, evidente a todos os níveis da Administração, desde o próprio governo até à estrutura da Protecção Civil e de que se pode tomar como símbolo o percurso e a prática de Maria Begonha;
5º A entronização da ilusão, do expediente da manipulação e do embuste como forma de governação por defeito, iniciada com o slogan do fim da austeridade, continuada com a dissonância entre orçamento prometido e execução, aqui com recurso ao expediente das cativações, e concretizada como técnica recorrente como ainda agora se viu com a substituição do imposto sobre a gasolina pela taxa do carbono.
6º O desprezo pelo princípio da responsabilidade política, com a tragédia dos incêndios, Tancos ou Borba como expoentes de uma visão em que o poder político desaparece de cena deixando os cidadãos entregues à sua própria sorte;
7º A erosão acelerada da capacidade de o Estado assegurar as suas funções essencias, na Protecção Civil com evidência trágica, mas na Defesa, na Saúde e na Educação também com profundas consequências.
8º A degradação acelerada de infra-estruturas e transportes essenciais ao desenvolvimento do país, decorrente de anos consecutivos de ausência de investimento que o governo de Costa não só não resolveu como agravou, nomeadamente, com a política de cativações.
9º A incapacidade de assegurar reformas políticas e económicas estruturais que lancem as bases de um desenvolvimento sustentado, limitando-se o exercício governativo a uma gestão táctica do ciclo económico e dos interesses sectoriais e profissionais.
10º O agravamento do fosso entre funcionários públicos e trabalhadores do sector privado, aqueles cada vez mais com esquemas de benefícios e remunerações francamente mais favoráveis.
O ciclo económico e as baixas expectativas iniciais relativamente ao seu governo têm permitido a António Costa prosseguir a sua marcha apesar destes erros e é muito provável que não afectem, sequer, a performance eleitoral do PS durante o ano de 2019. Será no entanto por estes erros que Costa responderá quando a conjuntura menos favorável que se aproxima fizer aparecer os primeiros sinais de descontentamento.