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segunda-feira, novembro 18, 2019

JOKER



JOKER
Joaquin Phoenix num grande filme de Todd Phillips.
Já muito foi dito, a favor e contra, acerca deste filme.
Eu gostei. É especialmente interessante a ligação do caso individual, com a sua triste história de vida, à frustração de grandes grupos sociais perante uma sociedade vista como injusta e, principalmente, caótica e incompreensível.
O populismo e os motins nas cidades alimentam-se desse sentimento de invisibilidade que afecta muita gente.
A sociedade do espectáculo, muito bem mostrada no filme, é a cereja em cima do bolo.

sábado, novembro 02, 2019

Dia de chuva em Nova York



Dia de chuva em Nova York
a frase chave do novo filme de Woody Allen é:
"Reality is for those who cant do better"
O velho Woody mostra, com mestria, que na ficção, como no mundo dos ricos, tudo é possível. Possibilidades infinitas mas cheias de alçapões.

quarta-feira, outubro 23, 2019

A Herdade



A Herdade
é um dos melhores filmes portugueses dos últimos anos. Uma interligação muito interessante de factos históricos e de relações pessoais e familiares ao longo do tempo (décadas). O protagonista é excelente e a fotografia também (atenção fotógrafos). Tudo tem um ar credível e autêntico. O mundo rural do Sul e as vicissitudes da Revolução, primeiro, e das mutações económicas do capitalismo, depois. Sem concessões ao romantismo e ao panfleto.

sexta-feira, setembro 13, 2019

Dor e Glória


Há artistas cujas obras são sempre, de alguma forma, autobiográficas. 
Em "Dor e Glória" Almodôvar encara esse touro de frente e faz uma chicuelina

quarta-feira, abril 10, 2019

Terror e Miséria no Terceiro Reich




Terror e Miséria no Terceiro Reich
Bertolt Brecht/António Pires
O texto do Brecht, excelente, propunha-se denunciar a ascensão nazismo a partir do exílio na Dinamarca. Foi escrito entre 1935 e 1938, antes da guerra, e mostra o medo e a cobardia a fazerem o seu caminho na própria intimidade das famílias.
Trazer de novo esta peça aos palcos, neste momento, tem um significado. Retrata a compreensível preocupação com o crescimento dos movimentos populistas por toda a parte.
No entanto eu creio que a demonstração, mais uma vez, da irracionalidade do nazismo e da sua ferocidade talvez não seja a ferramenta ideal para o prevenir. Nem creio que tal demonstração tenha faltado desde que a guerra acabou.
Também duvido da eficácia de uma linha de argumentação baseada na implicita culpabilização do povo anónimo da Alemanha.
O que nós precisamos de estudar e compreender são os erros que os partidos tradicionais cometeram na Alemanha dos anos vinte e trinta. E também o contexto social e económico em que tais erros ocorreram.
O resto foram apenas consequências.
Mas se alguma coisa se pode aprender com este conseguido espectáculo é o valor da tolerância.
Quando assistimos aos jogos de palavras, à medrosa escolha das palavras, às insinuações baseadas em palavras ditas em público, não podemos deixar de nos lembrar do que se passa actualmente nas redes sociais.
Os linchamentos baseados em terminologia e a inquisição semântica em vigor nem sempre são praticados por nazis, nem sequer por pessoas de direita.
Ficha técnica:
Bertolt Brecht, texto; António Pires, encenação; Adriano Luz, Inês Castel-Branco, João Barbosa, Mário Sousa, Rafael Fonseca, Francisco Vistas, João Maria, Sandra Santos, Carolina Serrão, Jaime Baeta, Manuel Encarnação ou Tomás Andrade e Nicholas MacNair (músico), interpretação.

terça-feira, fevereiro 05, 2019

Correio da Droga (The mule)



Correio da Droga (The mule)
Mais um grande filme de Clint Eastwood, aos 88 anos, baseado numa história que realmente aconteceu.
Um veterano de guerra que se deixou envolver com um cartel de droga mexicano.
Clint, ele próprio, interpreta um velho engelhado e seco que atingiu o ponto em que a única coisa importante é dar sentido ao passado, redimir os erros de uma vida.
Ele já está para lá das convenções e das leis e, com a fragilidade e a sabedoria próprias da velhice, perseguirá o seu objectivo sem olhar a consequências.
Mas não aceita misericórdia, não quer ficar a dever nada a ninguém.