quinta-feira, novembro 23, 2017

A fotografia enquanto música



A fotografia enquanto música
Comparar as "formas" da fotografia com as formas musicais ajuda-me a compreender o seu posicionamento no conjunto das obras.
As fotografias isoladas feitas na rua são como canções; podem ser nostálgicas, sarcásticas ou apaixonadas, eruditas, brejeiras ou mesmo pimba.
Mas as fotografias abstractas ou geométricas, de paisagens ou naturezas mortas, minimalistas ou barrocas assemelham-se mais a sonatas, fantasias ou até variações.
Claro que há ciclos de canções e de sonatas, quando elas são agrupadas sem necessáriamente obedecerem a um programa.
Mas quando as fotografias se juntam para formar uma entidade maior, que "pinta" um tema extensamente e mergulha no seu significado então temos sinfonias, cantatas, poemas sinfónicos ou óperas.
O "Genesis" do Sebastião Salgado é um gigantesco poema sinfónico e "Chaos", do Koudelka, uma grande sinfonia.
Mas já os "Ciganos" do mesmo autor são uma ópera e os "Americanos" do Robert Frank um musical. "Sahel" do Salgado é uma comovente e grandiosa cantata.
Na fotografia há de tudo, desde o jazz à musica concreta: do punk aos espirituais negros. É só procurar.
Mas há uma diferença importante entre a música e a fotografia; a primeira tem muitas realizações que é impossível encontrar na "natureza" enquanto que a segunda permite sempre ao espectador lê-la como um pedaço da "realidade".

sexta-feira, novembro 17, 2017

Pego do Altar




Uma ponte que já não se avistava 
há 17 anos 
mostra a gravidade da seca 

segunda-feira, novembro 13, 2017

Só falta a boca

As reacções ao jantar variam muito de acordo com as crenças, sensibilidade e posicionamento em relação à geringonça. Até aí tudo normal. O assunto não é sequer dos mais importantes. Mas há uma coisa que não podemos ignorar, a atitude do António Costa. Apressou-se a fazer uma declaração radical e indignada contra o evento, para ficar bem na fotografia, omitindo que sob a sua tutela foram dadas autorizações (pelo Ministério da Cultura) e organizados jantares no Panteão (por empresas públicas e pelo Turismo Lisboa em 2013). Esta incapacidade para assumir as responsabilidades começa a ser uma constante no seu comportamento como se tem constatado nos incêndios, em Tancos, na legionella, na prevenção dos efeitos da seca e em tantas outras situações. Receio que as chuvas intensas sobre o território ardido venham a dar um novo caso nesta sequência. Veja-se o que está a ser feita na Galiza e compare-se.

sexta-feira, novembro 10, 2017

TITANIC


segunda-feira, novembro 06, 2017

Há muito que me espanta



Há muito que me espanta 
ver pessoas maduras, militantes ou simpatizantes do BE, ouvindo embevecidos a Catarina Martins e as outras moças que a acolitam.
Essas pessoas provavelmente combateram o fascismo, nos maus tempos, e viveram o PREC com muita intensidade e muitos riscos. O que têm elas a aprender com a Catarina?
O que fez a Catarina na sua vida que a converta num guia sábio? Que experiências de vida teve, ela e as suas colegas, que as recomendem como líderes?
Eu sei que há fenómenos como o Mozart que se tornou admirado desde tenra idade. Mas acham que a Catarina é um Mozart da política?
Os que tendo mais de 60 anos se entregam encantados à sua orientação, e ensinamentos, esperam o quê?
Penso que hoje encontrei uma resposta; a Catarina e as suas colegas são a consequência directa da incapacidade de uma geração inteira para discutir, e perceber, o que "correu mal" na Revolução do 25 de Abril.
Os sonhos e as utopias da sua juventude não se cumpriram mas estas pessoas não souberam, ou não quiseram, perceber porquê.
Então, em pleno século XXI, vêem renascer na Catarina os seus primarismos, as suas propostas mal fundadas, e sentem-se enternecidos com tão encantadora herdeira.
E andam alegremente a cometer os mesmos erros de há 40 anos.

quinta-feira, novembro 02, 2017

TRILOGIA


TRILOGIA
uma grande obra de Lu Nan que pode ser vista no CCB