Uma porta vulgar
Hoje fui à Feira da Ladra e passei pela rua da Verónica.
De repente lembrei-me desta porta onde, no princípio dos anos 70, tive alguns encontros clandestinos.
Levava até lá um mala pesadíssima, cheia de papéis proibidos pelo salazarismo, e esperava 5 minutos por alguém que devia declinar a senha combinada e receber o material.
Aconteceu-me algumas vezes a coisa falhar e eu ter que trazer de volta o pesadelo da mala até ao carro e, de novo, para casa.
Alguns jovens turistas mostraram-se surpreendidos por me ver fotografar uma coisa tão desinteressante.