terça-feira, setembro 29, 2015
Aos 70 anos percebi, finalmente
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sexta-feira, setembro 25, 2015
Como é possível que ganhe a coligação?
Como é possível que ganhe a coligação?
Nos dias que vão correndo sucedem-se as dissertações à volta desta "surpresa". No entanto, basta reflectir um pouco...
Em qualquer combate quem ataca, se falha o golpe, fica em situação vulnerável.
O PS andou demasiado tempo atrás de um hipotético derrube do governo sem nunca o ter alcançado, numa estratégia de "vem aí o lobo".
Nessas tentativas era obrigado a pintar sucessivos quadros de futuro tenebroso que a realidade não confirmou. Pode até ter acontecido que o eleitorado, de tão assustado que estava, tenha sentido satisfação com os parcos resultados obtidos pelo governo no plano económico e do emprego.
Muita gente pode querer simplesmente agarrar-se a essa réstia de conforto.
Mas a cereja em cima do bolo é ter como alternativa um partido que pede "CONFIANÇA" mas tem um líder que subiu espetando uma faca nas costas do camarada e que só pode obter maioria coligando-se com partidos que o odeiam e desprezam.
quinta-feira, setembro 24, 2015
UTOPIA E PRAGMATISMO
Os “utópicos de esquerda”, por exemplo, têm que ganhar o pão nosso de todos os dias num sistema económico que gostariam de ver destruído e que, em certos casos, se esforçam mesmo por destruir.
A tensão referida complica-se por outra razão; enquanto que a realidade vivida é patente, mesmo quando erradamente descodificada, a utopia as mais das vezes tem contornos confusos e esbatidos.
A utopia “de esquerda”, passado que foi o período excepcional em que URSS servia de nítido cartaz, aparece em dois sabores distintos; o socialismo democrático, que pode resumir-se à ideia da “partilha solidária de uma parte dos bens privados”, e o comunismo, que acrescenta à fórmula anterior a “recusa da exploração do trabalho alheio”.
Qualquer destas consignas permite uma imensa cópia de interpretações e, como se tem visto, de facções, grupelhos e partidos.
Apesar disso escasseiam as teses sobre formas alternativas de organização social que permitiriam atingir tais fins.
Esta deriva, e obsessão, parece aliás constituir uma compensação para a incapacidade de inventar uma economia alternativa.
Por causa disso sucedem-se as desilusões com políticos pretensamente de esquerda quando eles se sentam nas cadeiras do poder. E a cada uma dessas desilusões corresponde uma nova fase de governos de direita. Até que, unidos na oposição, os “utópicos de esquerda” regressem de novo ao poder para imediatamente se dispersarem.
É quase inverosímel que este jogo gratuito se venha repetindo, década após década, sem que ninguém se interrogue ou revolte.
Continuamos a ter no espaço público muitos utópicos encartados que insinuam, quando não afirmam, teses tão poéticas e primárias como a de que “o pão que sobra à riqueza, distribuído com razão, matava a fome à pobreza e ainda sobrava pão”.
Não matava e não sobrava, mesmo que se conseguisse evitar o caos produtivo.
Mal de nós se permanecessemos no nível actual. Precisamos, sem dúvida de soluções mais justas nas relações sociais. Mas tais soluções têm que ser também muito mais produtivas. Tecnologia, cooperação e motivação para inovar parecem ser as chaves.
Em vez disso os “utópicos de esquerda” exigem aos capitalistas que empreguem (ou seja, explorem) mais gente.
Muitas pessoas confundem constantemente as vitórias eleitorais de conjuntura com a tomada de poder no sentido insurreccional do termo. E alimentam ilusões sobre a transformação da sociedade, nos seus mecanismos de produção e distribuição, com base em slogans eleitorais de políticos habilidosos de ocasião.
Não basta alguém declarar-se de esquerda, ou recitar belas frases solidárias, para garantir que está realmente a fazer alguma coisa útil no desenvolvimento de uma nova economia, mais justa e mais produtiva, que constitua um novo patamar para a humanidade.
No dia a seguir às eleições as relações de produção e a distribuição da riqueza serão, no essencial, as mesmas ganhe quem ganhar a votação.
É por isso que, passada a bebedeira eleitoral, vem sempre a ressaca e a desilusão.
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terça-feira, setembro 22, 2015
Martin Parr
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segunda-feira, setembro 21, 2015
Faz hoje exactamente 50 anos
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Um padrão que se repete
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sexta-feira, setembro 18, 2015
As "contas certas" do Dr. Costa
O Dr. Costa, numa veia algo infantil, vai gritando aos quatro ventos que o partido dele tem um plano com "contas certas".
Trata-se de mais uma mistificação.
Claro que as contas estão certas, a folha de cálculo é obra do computador e não do Dr. Costa.
O problema não é esse mas sim o tipo de cálculos que o Dr. Centeno e o Dr. Costa encomendaram ao computador.
Quando se diz ao computador que cada ponto do IVA reduzido aos restaurantes produzirá um certo número de novos empregos, por exemplo, está-se no campo da especulação pura. O computador limita-se a realizar as "contas certas" mas não pode garantir que os pressupostos sejam realistas ou se venham a concretizar.
E o que se aplica ao IVA aplica-se a todas as outras variáveis com que Centeno e Costa andaram a brincar e transformaram num patético livro vermelho.
quinta-feira, setembro 17, 2015
Briefing
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quarta-feira, setembro 16, 2015
Os lesados somos nós todos
As televisões continuam a mostrar imagens pungentes dos "lesados do BES", como se fossem todos modestos reformados ou emigrantes que "ficaram sem nada".
No entanto prova-se que não é bem assim, que por trás dos protestos andará a mãozinha de centenas de poderosos, que tinham investido naquela "Dona Branca" milhões e milhões de euros.
O aproveitamento eleitoral, partidário, dos "lesados do BES", também está em curso e é feito pelos mesmíssimos políticos que estão a lamentar o adiamento da venda do Novo Banco. Que eles próprios ajudaram a boicotar.
sábado, setembro 12, 2015
Para simplificar o ruído eleitoral
Todo o alarido eleitoral pode ser reduzido às duas narrativas que disputam o poder :
1. O governo, apesar dos erros e insuficiências, conseguiu tirar o país da bancarrota e evitar converter Portugal numa segunda Grécia
2. O governo, por causa da sua ideologia e algum sadismo, submeteu os portugueses a sofrimentos evitáveis e inúteis pois estamos pior que em 2011.
Cabe a cada um de nós, à luz da experiência vivida, decidir qual das duas narrativas faz mais sentido, ou seja, responde melhor à realidade
sábado, setembro 05, 2015
FLASHBACK - Exposição
Hora da publicação: 18:31 0 comentários
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