quinta-feira, março 30, 2006

Portugal evolui em índice de tecnologias de informação

Portugal foi classificado na 27.ª posição entre 115 países num índice sobre a adopção de tecnologias de informação e comunicação (TI). O índice do Global Information Technology Report 2005-2006 é encabeçado pelos EUA, seguidos de Singapura e várias nações nórdicas. Esta posição significa um salto de três lugares para Portugal em relação ao ranking de 2004-2005.

O estudo é elaborado anualmente desde 2001 pelo Fórum Económico Mundial (FEM, famoso pelas suas reuniões anuais em Davos), em cooperação com o instituto francês INSEAD e com a firma norte-americana de tecnologia Cisco.

O objectivo deste trabalho é apontar formas como cada país pode aproveitar as TI para fazer avançar a sua economia; o índice serve para avaliar "o grau de prontidão de cada nação para participar e beneficiar de desenvolvimentos no campo das TI". Este ano, os EUA voltaram ao topo da lista.

O top-30 é dominado por países da OCDE; quase todos os Estados membros da UE têm classificações elevadas. No contexto da União, Portugal é o 13.º. Fica atrás dos "suspeitos do costume" (escandinavos, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, França), mas à frente da Espanha (33.ª no índice geral), República Checa (34.º), Itália (44.º) ou Grécia (45.º).

O índice é calculado a partir de uma série de indicadores, agrupados em três sectores: o "ambiente" (infra-estrutura, enquadramento legal), a "capacidade de adopção" (ensino, conhecimento) e o "uso" (implantação de tecnologias, dos telemóveis à banda larga).Analisando esses indicadores, percebe-se que Portugal fica bem no que tenha que ver com enquadramento jurídico e infra-estruturas; fica mal nos indicadores relativos à educação e alfabetização digital.

Alguns dos dados usados no estudo estão desactualizados - por exemplo, entre os indicadores onde Portugal tem piores notas estão "tempo para abrir uma empresa" (99.º lugar) e "procedimentos [burocráticos] necessários para abrir uma empresa" (67.º). Presume-se que a adopção do programa Empresa na Hora terá implicado uma melhoria nestes indicadores.Carlos Zorrinho, coordenador nacional do Plano Tecnológico, disse à Lusa que a subida no ranking de TI do FEM mostra que Portugal tem "condições para competir com qualquer país".

(Pedro Ribeiro in Publico, 29/03/2006)

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Não devemos deixar de saudar as poucas coisas que correm bem neste país, como neste caso em que Portugal sobe do 30º para o 27º lugar da classificação.

Será que bastou o Sócrates ir à Finlândia ?

quarta-feira, março 29, 2006

As Editoras de DVD vendem-nos gato por lebre

Comprei recentemente as três partes de "O Padrinho" ("The Godfather"), de Francis Ford Coppola, em DVD, e mais uma vez fui enganado naquilo que me oferecem. Nas Opções Especiais havia uma referência aos comentários do realizador ao seu próprio filme.

Depois de muito procurar, porque o acesso ao menu não é fácil, verifico que os comentários não eram legendados. Ou seja, numa versão para Portugal e em que se diz na capa que há legendas em português, as Opções Especiais não são legendadas. Este conjunto de filmes foi editado pela Paramount, para que se saiba.

Mas, noutra edição, também recente, de "O Último Tango em Paris", de Bernardo Bertolucci, as Opções Especiais que eram assinaladas na capa e se referiam a um livrete com notas da produção e ao "Making of" do filme, não nos eram fornecidas, nem sobre a forma de livrete, nem em qualquer entrada no menu. Este filme é uma edição em DVD da MGM.

Estes dois exemplos podiam-se repetir até ao infinito, principalmente a ausência de legendas nas Opções Especiais.
Seria bom que todos estivéssemos atentos a isto, para que em uníssono pudéssemos protestar.

segunda-feira, março 27, 2006

À distância de uma bofetada

Ontem ultrapassei numa descida o "nosso primeiro" José Socrates.
Assim, sem mais nem menos, com o suor do nosso rosto partilhámos o asfalto lá para os lados de Alcântara. O nosso ex Sampaio também por lá andava como é seu costume.
Na mini-maratona, pois então, que os tempos não estão para outros voos.



Já vi glosar o tema do ponto de vista da saúde que os nossos governantes revelam mas não me lembro de ter visto referir a saúde da nossa sociedade que está implícita nestes comportamentos.

Em quantos países poderíamos nós ver os mais importantes dirigentes políticos, em calções, no meio de milhares de anónimos cidadãos, à distância de uma bofetada ?

Eu sei que temos muitos defeitos e muitas razões para nos lamentar mas não esqueçamos as coisas boas que este nosso país ainda nos permite viver.

domingo, março 26, 2006

Neo-realismo com telemóveis


O filme "O Mundo", do chinês JIA Zhang-Ke, é como que um neo-realismo italiano que tivessem atafulhado de gadgets tecnológicos.

A dura luta pela subsistência, as "migrações internas", o desenraizamento em suburbios cheios de guindastes, as longas auto-estradas quase vazias e as desesperadas tentativas de fuga pelo tabaco, pelo jogo e pelas relações amorosas estabelecem o paralelismo.

Tudo se passa num parque de diversões dos arredores de Pequim (ver aqui) que constitui uma imitação do mundo com a sua torre Eiffel, o seu Vaticano e o seu Big Ben. Como que a querer mostrar-nos por um lado a força da globalização e por outro que afinal ela não passa de um cenário onde os verdadeiros dramas têm lugar.

sábado, março 25, 2006

A prosa de José Casanova

"Criminosos de Guerra

A comunicação social dominante, controlada pelo regime de política única que há trinta anos domina Portugal ao serviço do grande capital, dá-nos todos os dias exuberantes exemplos de prática de desinformação organizada - que o mesmo é dizer de um profundo desprezo pela inteligência e pelo direito à informação dos cidadãos. A forma como esses média trataram a morte de Milosevic é um exemplo concreto de como essa prática pode assumir contornos de lavagem colectiva de cérebros. Jornais, revistas, rádios, televisões – todo o poderoso arsenal que integra a referida comunicação social dominante – procederam durante uma semana a uma das mais despudoradas e escabrosas manifestações de desinformação de que há memória. Mentindo e sabendo que mentiam, manipulando e sabendo que manipulavam, falsificando e sabendo que falsificavam, esses órgãos ditos de informação, em coro síncrono, repetiram-se repetindo mentiras e falsidades que já anteriormente haviam divulgado e que, em muitos casos, de há muito haviam sido inequivocamente desmentidas – de tal forma que esta semana de falsificação da verdade ficará assinalada como uma negra e sórdida mancha de indignidade na história da comunicação social portuguesa.E a verdade é que Milosevic foi assassinado por esse monstro a que deram o nome de Tribunal Penal Internacional, autêntico instrumento da nova ordem imperialista de cariz fascizante chefiada pelos Estados Unidos da América. Lendo as actas do julgamento – que nos trazem à memória os tribunais fascistas de Salazar e Caetano - facilmente se conclui que as razões que levaram os EUA a ordenar aos seus homens de mão europeus que prendessem e condenassem Milosevic, têm tudo a ver, não com os crimes de guerra que lhe eram atribuídos mas com o facto de ele ter resistido às ordens do imperialismo, de ter recusado rasgar a Constituição do seu país que jurara defender. Apresentado como um tribunal para julgar criminosos de guerra, o TPI existe, de facto, para condenar quem os criminosos de guerra querem que seja condenado. E os criminosos de guerra são, entre muitos outros, os responsáveis pela morte de centenas de milhar de inocentes, estes que os média portugueses muito bem conhecem: o Bush e Cia., mais o rastejante Blair e todos os servis governantes da maioria dos países da União Europeia - governantes portugueses incluídos. Obviamente."
José Casanova Avante, 23/03/06

Como tinhamos saudades desta prosa. Não há ninguém como o José Casanova para nos restituir o prazer de acreditar nos amanhãs que cantam.

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Ilustração: "Reading Newspaper"
de Atanur DOGAN, aguarelista turco-canadiano.

sexta-feira, março 24, 2006

Il Dissoluto é assolto?


Podem acusar-me de feminismo. Apesar disso, a ideia de ver Don Giovanni punido pelas mulheres a quem seduzira, através da negação da sua imagem de sedutor e da destruição do famoso catálogo de conquistas, agradou-me muito!
A punição, não pelo fogo moralizador dos infernos mas pela sua redução à qualidade de homem vulgar (enfim, abaixo de vulgar, ao que parece...)seria um refazer do drama, mais consonante com os nossos dias e que Saramago apresenta agradàvelmente ácido e sarcástico.
Digo "seria" porque para mim Saramago estragou tudo ao redimi-lo pelo amor da criada Zerlina. Fugiu-lhe o pé (ou melhor, a caneta) para o politicamente correcto: Don Giovanni caiu para o lado dos desfavorecidos e portanto passa a merecer de nós a salvação, que lhe é concedida por um elemento da classe trabalhadora....
O Dissoluto não é afinal absolvido: é salvo!!!!




O Dissoluto Absolvido, ópera em 1 acto de Azio Corghi sobre libreto de José Saramago, tem a ultima representação no São Carlos, dia 26 de Março.

quarta-feira, março 22, 2006

A Revolta Francesa


A Revolta Francesa

"A única coisa que pode haver de comum com o Maio de 68 é a eterna propensão da França para as revoluções, em vez das reformas. Há 38 anos a revolta era libertária e individualista, queria outra sociedade, não a mesma. Hoje os jovens não querem nada de novo. Querem o que os seus pais tiveram. Ao Contrato Primeiro Emprego contrapõem o Contrato de Tempo Indefinido". Este é o resumo do artigo, "A França Precária", que Teresa de Sousa escreveu, na terça-feira, no Público.
Hoje, todos aqueles que se consideram filhos espirituais de uma "certa" cultura anglo-saxónica, que não é mais do que a sopa requentada do velho liberalismo económico, que foi procurar em Thatcher e Reagan a sua mais recente inspiração, têm por hábito desdenhar da França. Ainda ontem, Paulo Portas, no seu programa quinzenal na SIC Notícias, "O Estado da Arte", no mesmo estilo, afirmava que a França tinha inventado a guilhotina e o "terror". Mas não é isto que nos traz aqui. É aquela afirmação despudorada de alguém que, pelo seu passado esquerdista, se reconhece no Maio de 68, mas que hoje, bem instalada na vida, glosa as aspirações dos jovens franceses.
Esquece Teresa de Sousa que foi o capitalismo que mudou. Em 68, ainda estávamos nos anos dourados da economia capitalista, que tinha começado no pós-guerra e que se começaria a afundar na primeira grande crise do petróleo, em 1973. Uma das características desse Maio, para aqueles que estão lembrados, é que enquanto os estudantes exigiam "a imaginação ao poder", os assalariados entravam em greve geral, com ocupação das fábricas, para melhoria das suas condições de vida. Conseguiram um aumento salarial e o reconhecimento da secção sindical da empresa. Era um tempo em que ainda era possível absorver as reivindicações operárias e estabelecer contratos com os assalariados que permitiam a sua melhor integração no sistema. Pode-se mesmo afirmar que um dos objectivos dos estudantes do Maio de 68 era romper com o sistema, porque este tudo absorvia e normalizava, dada a sua capacidade de crescimento. Havia mesmo um teórico marxista da época, André Gorz, que falava em "reformismo revolucionário". Ou seja, simplificando, propunha reformas que não era possível serem absorvidas pelo sistema e cuja adopção pudessem provocar uma ruptura revolucionária. Algum PS ingénuo, quando chegou de Paris em 74, com as malas cheias de sonhos, ainda propôs para Portugal esta solução. Estou-me a lembrar de António Reis.
Presentemente, a situação é completamente diferente. Estamos em tempo de estagnação, o capitalismo já não é capaz do crescimento ilimitado dos "anos dourados" e o que propõe são as famosas reformas, que permitiriam o regresso à boa e velha exploração capitalista: Estado e direitos dos trabalhadores mínimos e exploração máxima. Hoje, o que se verifica é que o sistema dos "anos dourados" tenta resistir à velha desregulamentação capitalista. Por isso Teresa de Sousa, incapaz de compreender isto, faz aquelas afirmações.

segunda-feira, março 20, 2006

Não tem pais ricos...


O Estado Português colocou no mercado três mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT), com maturidade a 15 de Abril de 2037.
São as primeiras OT com um prazo tão longo, em Portugal. Esta emissão a 30 anos deverá atingir os cinco mil milhões de euros, segundo o Instituto de Gestão do Crédito Público.

(in Expresso, 18 Março 2006)

domingo, março 19, 2006

A Condessa Russa

A Condessa Russa

Fui ver A Condessa Russa, de James Ivory, motivado pelo "trailer" e pela recordação, mesmo que vaga, desse maravilhoso filme de Josef Von Sternberg chamado O Expresso de Xangai (Shangai Express), de 1932, e em que o papel principal era desempenhado por Marlene Dietrich. O filme de Ivory passa-se igualmente em Xangai, neste caso, nas vésperas e no dia da invasão dos japoneses. Há de facto uma condessa russa, levada pelos ventos da Revolução, que nada tendo de misterioso. Trabalha num bar, o que dá sempre aquele um tom de decadência tão propício às vidas enigmáticas. No entanto, nada disto é visível neste filme e temos uma história delicodoce, que com o filme de Sternberg só tem de comum Xangai, objecto de toda a imaginação pelo fascínio misterioso da China ante-revolucionária.
Se puderem, vão ver antes o filme de Sternberg, que não dão por mal empregue o vosso tempo

sábado, março 18, 2006

O novo CDS-PP

O novo CDS-PP

Depois da saída de Paulo Portas de dirigente do CDS-PP muitos se interrogavam para que serve este partido. A sua percentagem nas sondagens começava a ser residual e nada que o PSD já não tivesse dito era afirmado pelo CDS. Eis senão quando se começa a descobrir a função do CDS e dos seus actuais e antigos-futuros dirigentes. Primeiro é Ribeiro e Castro atribuindo à esquerda a paternidade do actual terrorismo. Ficámos espantados, mas engolimos pensando que era uma mera ânsia de protagonismo. Depois foi o primeiro programa quinzenal, na SIC Notícias, de Paulo Portas, declaradamente ideológico, em que uma dos temas era a tentativa de assassinato do Papa, João Paulo II, pelos serviços secretos soviéticos com o apoio búlgaro. Hoje é o lançamento da exposição sobre a Primavera Cubana (Notícia da RTP), relembrando a condenação à morte e a prisão de dissidentes cubanos faz agora uma ano. Esta exposição é apoiada por uma ONG americana, "People in Need", vocacionada para lutar pela "liberdade" em Cuba.
Afinal descobrimos a razão de ser do CDS, um partido vocacionado para o anti-comunismo militante. Simplesmente enganou-se na data, hoje a guerra-fria já acabou e os amigos americanos querem é verdadeiro empenho anti-terrorista. Esperemos pelos próximos capítulos.

quinta-feira, março 16, 2006

A grande pedra numa paisagem intocada

A dupla de jovens arquitectos portuense Camilo Rebelo e Tiago Pimentel vai fazer o Museu do Côa a 170 metros de altitude, simulando uma "gigantesca pedra" de xisto, mas sem se demarcar demasiado da paisagem envolvente."Só quando chegamos perto é que percebemos tratar-se de um edifício. Ao longe não se distingue como tal. O problema de construção naquela paisagem obrigou-nos a fazer o museu como peça abstracta, enquanto instalação na paisagem", explicam ao DN os autores do projecto vencedor entre 42 concorrentes nacionais e estrangeiros.Quando há três anos decidiu concorrer, a dupla de arquitectos passou muito tempo a analisar a topografia do local, propositadamente ainda em atelier, chegando mesmo a executar várias versões do projecto.Mas quando os dois viram pela primeira vez com a paisagem esmagadora - que conjuga três vales, a foz do rio Côa e os dois "Douros", o vinhateiro e o internacional -, deparou-se-lhes a "evidência"."O sítio disse que o museu só poderia ser ali. Foi o sítio que decidiu, impunha-se no cimo do monte", recordam os autores, que na terça-feira explicaram o projecto à população de Vila Nova de Foz Côa, durante a visita da ministra da Cultura ao local.No futuro museu, o acesso será feito pelo topo do edifício, onde haverá um miradouro. "A primeira coisa que se verá é aquela vista panorâmica esmagadora e só depois desceremos para visitar o museu. A construção será como um palco." O edifício, de nove metros de altura, que tem a forma de um triângulo deitado, será construído em betão com a textura e a cor do xisto, que abunda na região. Para isso vão imitar a técnica usada pelos especialistas do parque arqueológico para a reprodução da textura do xisto, recorrendo a moldes de silicone.Com acessos rodoviário, pedonal, ou pelo rio, onde haverá um cais, o edifício será também utilizado como local de convívio (com destaque para restauração de qualidade), terá auditório e um espaço para o Parque Arqueológico do Vale do Côa. No museu haverá espaço para exposições permanentes e temporárias. A área total é de seis mil metros quadrados. "É um museu único e singular, uma pedra feita à medida do território e do conteúdo, que falará das gravuras classificadas como património da Humanidade." A Câmara Municipal de Foz Côa comprou um barco para visitar as gravuras do rio e pensa-se no aluguer de burros para aceder aos locais emblemáticos. Há investidores turísticos que só apostarão quando o museu estiver em construção. Porque as promessas foram muitas, o que tem deixado, dizem, ao longo dos anos "a população deprimida".

(DN 16/03/2006)

segunda-feira, março 13, 2006

Mistério Juvenil



O "Mistério Juvenil" é um projecto curioso que tem como objectivo divertir-nos com a publicidade e as modas musicais das últimas décadas.
(clique qualquer das imagens para aceder ao "Mistério Juvenil")


quinta-feira, março 09, 2006

Depois da tomada de posse...



... ao tomar conhecimento da verdadeira situação do país...

...

quarta-feira, março 08, 2006

Good night, good luck



O filme de Clooney conseguiu emocionar-me o que não é pouca coisa já que trata de um tema que o visado conhece há muito e já viu tratado de muitas maneiras.

O lado “histórico” do filme, a experiência “macartista” nos states, não adicionou muito à informação que eu já tinha mas estou convencido de que será uma fecunda revelação para milhões de jovens em todo o mundo.

A razão pela qual me emocionei foi por ver no ecran alguém a bater-se por uma causa, correndo riscos, sem esperar nada em troca e sem necessidade da retórica.

Podem dizer-me que “isso” não é novo mas eu respondo que “isso” tem andado um bocado esquecido pois não incluo nessa categoria muitos dos folclores hoje em voga entre os profissionais da defesa dos “desgraçadinhos”.

A grande força deste filme está em recriar dentro de nós a adrenalina dos combates sérios num tempo em que proliferam as “guerras de alecrim e manjerona”, os cálculos e os pactos.

“Boa noite, boa sorte” não se esgota nisso e mostra-nos também que o espírito do senador-inquisidor continua bem vivo mesmo entre aqueles que dizem odiá-lo.

Sempre que reagimos a uma discordância lançando lama sobre as intenções de quem de nós discorda, em vez de rebater a sua opinião, estamos a ressuscitar Joseph McCarthy.

segunda-feira, março 06, 2006

O novo franchising



"O primeiro-ministro inicia hoje uma visita de 24 horas à Finlândia, com o principal objectivo aperfeiçoar o Plano Tecnológico nacional, partindo da experiência deste país nórdico ao nível das políticas de inovação e de educação."Jornal de Notícias

sexta-feira, março 03, 2006

O Governo discorda do 3-0



O Governo "lamenta e discorda" da goleada aplicada pela selecção portuguesa aos seus colegas sauditas que no, seu entender, "ofende as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos".
Esta posição oficial, manifestada hoje através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), sublinha ainda que esta vitória exagerada não se integra no espírito da proposta avançada anteriormente para que se realizassem campeonatos de futebol inter-religiões.

A nota assinada pelo chefe da diplomacia portuguesa, Diogo Freitas do Amaral, sublinha ainda que "a goleada sem limites não é superioridade, mas achincalhamento".
"Todos os que jogam futebol têm direito a que a sua nabice seja respeitada. A actuação de Cristiano Ronaldo, que não se contentou com um golo apenas, é lamentável porque incita a uma inaceitável ‘guerra de religiões’ – ainda por cima sabendo-se que as duas equipas monoteístas (Portugal e Arábia Saudita) são ambas treinadas por brasileiros que descendem do mesmo profeta, Pelé".