quinta-feira, janeiro 30, 2014

Imagens fugazes

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A natureza do homem está dotada com um instrumento maravilhoso.
O olho humano, e o cérebro que interpreta as suas imagens, estão na origem da aventura humana e, de certa forma, continuam a estar no centro de tudo o que somos no mundo e na sociedade.
Mas têm uma limitação grave; as imagens são sempre fugazes.
Por isso, enquanto não formos capazes de registar e guardar os sinais do cérebro, usamos as máquinas fotográficas.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Um país de burocratas




Um país de burocratas
Toda a gente que ir para "o quadro", ser funcionário é uma vida de sonho.
Neste país de burocratas, desde os artistas até aos cientistas toda a gente ambiciona por um lugarzinho "no quadro" ou, no mínimo, uma "bolsa".
É um país de mangas de alpaca, de dótores, de fardas e de estatutos.


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sábado, janeiro 25, 2014

Divórcios

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segunda-feira, janeiro 20, 2014

Reflexo

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domingo, janeiro 19, 2014

Mistério

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A dois passos da Estação do Oriente continua a existir esta ruína de uma "fábrica".
Não faço a mais pequena ideia das razões de tal sobrevivência.






sábado, janeiro 18, 2014

Dificuldades de comunicação

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sexta-feira, janeiro 17, 2014

A irrespirável gravidade

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Pacheco Pereira na Quadratura do Círculo

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quinta-feira, janeiro 16, 2014

O Lobo de Wall Street

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O Lobo de Wall Street 
Scorsese fez um loonguiiissiiiimo filme onde a floresta barroca dos desmandos comportamentais esconde a essência do jogo (tão magistralmente sintetizada nas últimas imagens do filme com a frase "venda-me esta caneta").
Qualquer pessoa atenta e informada não aprenderá grande coisa sobre os fenómenos da "financeirização" e da especulação bolsista.
Di Caprio é, como quase sempre, magistral.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

A minha pensão e a do meu pai.

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A minha pensão e a do meu pai.

Resolvi comparar o efeito da crise 2010-2013 na minha pensão e o efeito da crise 1982-1985, praticamente há 30 anos, sobre os arrendamentos imobiliários do meu pai, que então desempenhavam para ele o papel de pensão de reforma. Ele, tal como eu, com cerca de 70 anos.

1. Tomei o valor (líquido) das reformas recebidas cá em casa em 2010 como referência (100) e calculei os valores recebidos em 2011, 2012 e 2013 em percentagem de 2010.
2. Abati-lhes a inflação.
3. Comparei o valor potencial dos quatro anos se tivesse recebido durante esse período sempre o valor líquido de 2010 (400) com aquilo que realmente recebi (353).
4. Perdi portanto 11.75% do valor potencial

O mesmo tipo de raciocínio aplicado às rendas, fixas, recebidas pelo meu pai entre 1982 e 1985 leva à conclusão de que ele perdeu 23.38% do seu valor potencial, ou seja o dobro.

Acresce que eu já estou a falar de pensões depois do IRS e ao rendimento das rendas ainda haveria que aplicar impostos vigentes à época, que não sei precisar.
Acresce ainda que os preços nunca mais baixaram e portanto o rendimento perdido pelo meu pai continuou pelos anos fora. Eu ainda posso ter a ilusão de um dia deixar de haver a taxa de solidariedade, ou uma baixa de IRS.

A geração do meu pai, que em muitos casos se dedicava ao pequeno comércio ou serviços, e que fazia do arrendamento imobiliário uma espécie de pensão de reforma, viu os seus rendimentos fortemente amputados. O mesmo aconteceu aliás aos trabalhadores no activo que não conseguiram aumentar os seus salários e com todos os rendimentos fixos.

Na altura ninguém se ralou com isso.


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Mas o quadro apresentado acima pode ser mais correcto se o rendimento de cada ano aparecer afectado pela inflacçao dos anos anteriores, de forma a poder ter realmente o ano de 2010 como referência da comparação. Os rendimentos 100 de 1983, por exemplo, não são iguais aos 100 de 1982, e assim sucessivamente.


Uma solução que se vai tornar inevitável

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quarta-feira, janeiro 08, 2014

domingo, janeiro 05, 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty



A Vida Secreta de Walter Mitty

este filme de Ben Stiller foi a minha tarde de Domingo. Em boa hora.
Tinha sido recomendado por uns amigos que sabem do meu fascínio pela fotografia.
A história, magnífica, e mostra-nos a fotografia como ela é; uma permanente aventura e a "quintessência" da memória dos afectos.
O herói da fita, Walter Mitty ((Ben Stiller), nasceu nas páginas do The New Yorker, em 1939, como personagem de um conto de James Thurber's. Converteu-se num arquétipo americano para aquilo que eles chamam "day dreamers", ou seja, zés-ninguém sonhadores.
Neste filme de 2013 (há outro com Danny Kaye rodado em 1947), Walter Mitty é apanhado nas engrenagens do avanço tecnológico e da transformação da grande revista ilustrada LIFE numa versão mais "magra" e "online".
O gigantesco acervo de imagens em película, que é o departamento em que Walter trabalha, é uma espécie de biblioteca preciosa que os baldões da rentabilidade ameaçam incendiar, numa lógica insensível à invisível montanha de aventuras e de afectos que lá se escondem.

sexta-feira, janeiro 03, 2014

Instantâneo na Guiné




Instantâneo na Guiné 
Ao fim de 45 anos estas duas fotografias reencontraram-se ontem.
O meu amigo, e camarada fuzileiro, José Carlos Alves Almeida foi desencantar a de cima, em que eu apareço a fotografar com a minha Pentax Spotmatic, acabadinha de comprar em Bissau (1968).
A outra, é a que resultou do meu disparo. Pelo ângulo eu suponho que devo ter dado alguns passos para a minha esquerda e devo ter-me baixado um pouco antes de disparar.
Tanto quanto me lembro os jovens fotografados eram lutadores itinerantes.

quarta-feira, janeiro 01, 2014

A decadência actual do Ocidente e a queda do Império Romano



A decadência actual do Ocidente e a queda do Império Romano

Este paralelo podia ensinar-nos muito sobre as causas profundas das nossas crises, que são muito mais complexas do que as versões simplistas da luta de classes. O Império, na sua decadência, não sofria de hiperexploração esclavagista mas sim da falta de escravos.

Durante o seu auge nos séculos I e II, o sistema económico do Império Romano era o mais avançado que já havia existido e que viria a existir até a Revolução Industrial. Mas o seu gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império.
A massiva inflação promovida pelos imperadores durante a crise do terceiro século destruiu a moeda corrente, anulando a prática do cálculo económico a longo prazo e consequentemente a acumulação de capital, que somada ao controle estatal da maioria dos preços teve efeitos desastrosos.
A falta de condições financeiras e a falta de escravos para uso de mão-de-obra em todo o império geraram tais quedas.
Com quase todos preços artificialmente baixos, a lucratividade de qualquer empreendimento comercial foi anulada, resultando num colapso completo da produção e do comércio em larga escala e da relativa e complexa divisão do trabalho que existia durante a Pax Romana.
A população das cidades caiu por todo império devido ao colapso comercial e industrial.
Os trabalhadores desempregados fixaram-se no campo e tentaram produzir eles mesmos os bens que queriam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão do trabalho, ocorrendo uma drástica redução da produtividade da economia.
Esses fenómenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na auto-suficiência de pequenos territórios economicamente independentes.
Com seu sistema económico destruído, a produção de armas e a manutenção de uma força militar defensiva se tornaram infinanciáveis, o que facilitou enormemente as invasões dos bárbaros. 
(Extraído da Wikipédia)