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O mundo mediático está suspenso do número de medalhas que Phelps vai obter em Pequim.
O norte-americano Michael Phelps juntou-se, esta terça-feira, aos grandes nomes do desporto olímpico ao conquistar a sua nona medalha olímpica da carreira, após o triunfo conquistado nos 200 metros livres.
Phelps, que participa em mais duas finais olímpicas na quarta-feira, igualou o número de medalhas olímpicas conquistadas pelos atletas Carl Lewis e Paarvo Nuurmi, pela ginasta Larysa Latynina e pelo nadador Mark Spitz. Mas Phelps e Spitz, ao contrário dos outros, não tiveram que se esfalfar durante uma longa carreira olímpica para atingir esses resultados.
Não ponho em causa a qualidade do atleta mas sim o tratamento dado à natação em termos do número medalhas olímpicas atribuídas contemplando os vários estilos de natação. É como se no atletismo houvesse, para além dos 100 metros "normais", os 100 metros "às arrecuas", os 100 metros "ao pé cochinho" e os 100 metros "com as mãos nos bolsos".
Nas Olimpíadas de Atenas em 2004, Phelps conquistou seis medalhas de ouro (100m e 200m borboleta, 200m e 400m estilos, 4x100 estilos e 4x200 livres) e outras duas de bronze (200m livres e 4x100m livres). Agora diz-se que pode ganhar 8 medalhas de ouro o que é impensável em qualquer outra modalidade.
Nos tempos da guerra fria e da disputa da medalhas entre EUA e URSS eu tive sempre a sensação de que tinham combinado entre eles que os states ficavam com a natação e os soviéticos com a ginástica (que também é pródiga em medalhados).
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