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" Após a sua participação na Conferência Internacional de Energias Renováveis de Washington (WIREC 2008) o ministro Manuel Pinho afirmou que existe «muito investimento e que o segredo é criar os incentivos certos e um quadro regulatório estável». Manuel Pinho declarou, mesmo, que Portugal tem uma «história de sucesso» nas energias renováveis e que esta aposta é para manter.
Segundo ele, Portugal tem para 2020 o quinto objectivo mais ambicioso a nível europeu e talvez mundial em matéria de energias renováveis."
Depois do brilharete da redução do défice orçamental o governo apresenta agora o "computador português" em todas as escolas e as energias renováveis.
Estou morto por saber se, nas eleições de 2009, são mesmo renováveis as energias deste governo...
Carta aberta de profissionais da saúde
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Exmo. Sr. Presidente da República Portuguesa, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de
Sousa,
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, Dr. José Aguiar-Branc...
Há 1 hora
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O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o investimento português até 2010 em energias renováveis, no valor de três mil milhões de euros, contribuirá para o equilíbrio do quadro macroeconómico e para uma redução da dependência do petróleo.
"Com a economia estagnada há quatro anos, Portugal enfrenta problemas sérios. O caminho é fazermos bons investimentos na direcção certa", declarou José Sócrates na sessão de lançamento do Novo Concurso Eólico, na Culturgest, em Lisboa.
Discursando perante uma plateia de empresários, onde também se encontrava o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, o chefe do Governo assegurou que, até 2010, na sequência dos investimentos em energias renováveis - realizados em parcerias entre o sector público e as empresas privadas -, Portugal irá assumir-se como "um dos países de vanguarda em matéria de "modernização energética e respeito ambiental".
As preocupações com o aumento dos preços do petróleo e alterações climáticas estão na base do aumento de 60 por cento registado no ano passado no investimento mundial em energias renováveis, em comparação com 2006, segundo um estudo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua).
No ano passado foram investidos no sector da energia “sustentável” 148 mil milhões de dólares (93,8 mil milhões de euros) segundo o relatório “Global Trends in Sustainable Energy Investment 2008”, elaborado pela New Energy Finance, com sede no Reino Unido.
Foi a energia eólica que atraiu mais investimentos, com 50,2 mil milhões (31,8 mil milhões de euros). Mas a solar registou um crescimento muito rápido, atraindo mais 28,6 mil milhões de dólares (18,1 mil milhões de euros). Desde 2004 tem aumentado a uma média anual de 254 por cento.
“Assim como no século XIX centenas de pessoas responderam ao apelo da ‘febre do ouro’ e afluíram à Califórnia, hoje a energia verde está a atrair legiões de prospectores modernos em todas as regiões do globo”, comentou Achim Steiner, director-executivo do Pnua.
“A transição para uma sociedade com baixas emissões de carbono é tanto um imperativo global como uma inevitabilidade”, acrescentou Steiner, referindo-se à transformação da infra-estrutura energética mundial.
A maior parte do investimento foi aplicada na Europa e depois nos Estados Unidos. Mas a China, Índia e Brasil estão a captar cada vez mais o interesse dos investidores.
No ano passado, o volume de transacções na área da energia sustentável foi de 204,9 mil milhões de dólares (129,9 mil milhões de euros), 98,2 mil milhões (62,2 mil milhões de euros) dos quais foram para a geração de energia renovável (especialmente eólica nos Estados Unidos, China e Espanha), 50,1 mil milhões de dólares (31,7 mil milhões de euros) para o desenvolvimento de tecnologias e fabrico.
Com 31 Gigawatts de capacidade instalada, a energia sustentável representou 23 por cento da capacidade adicionada globalmente em 2007, ou seja, dez vezes maior do que a energia nuclear.
Segundo o relatório, “o investimento até 2030 deve atingir os 450 mil milhões (285 mil milhões de euros) por ano em 2012, aumentando para mais de 600 mil milhões (380 mil milhões de euros) por ano em 2020. Se for mantido o ritmo actual, essas metas serão atingidas”.
Michael Liebreich, director da New Energy Finance, co-autor do relatório, considera o ano de 2007 como um marco na indústria energética limpa. “A eólica continuou a progredir e a solar está a amadurecer rapidamente. Além disso, já existem muitas outras tecnologias que se perfilam para serem as próximas a possibilitar a produção de energia a larga escala da biomassa e geotermal”.
Público, 2 Julho 2007
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