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"Os nosso amigos vieram de longe, tão felizes que nós estamos." A frase de Confúcio deu o mote para uma noite em que a China apelou a uma união dos povos, possível durante quatro horas. É certo que as duas Coreias não chegaram a acordo para desfilarem juntas, como aconteceu em 2000 e 2004, mas encontraram-se no mesmo espaço Palestina e Israel, Grã-Bretanha e Zimbabwe, Índia e Paquistão, Iraque e Kuwait, Cuba e Estados Unidos... Ao todo, 204 comités olímpicos (mais do que os 192 países da ONU) mostraram a sua bandeira numa cerimónia em que, dentro do estádio, quase ninguém se lembrou de questões políticas.
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"Espero que o resto do mundo nos passe a ver de outra forma", disse ao PÚBLICO Li Na, uma chinesa de 35 anos que na bancada do Ninho de Pássaro era o exemplo da alegria orgulhosa dos chineses, agitando a bandeira do país e gritando "força China". "Entendo as críticas e acredito que há muitas áreas em que o nosso Governo tem de melhorar, mas o mundo ocidental tem preconceitos contra a China." Para esta empregada de uma multinacional americana, o país evoluiu muito nos últimos 20 anos. "Vivo muito melhor do que os meus avós ou os meus pais", explicava Lin, apresentando como exemplo ter podido pagar 3000 yuans (284 euros) pelo bilhete para a cerimónia de abertura.
Público 09.08.2008
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