quarta-feira, outubro 06, 2010

Complementaridade estratégica

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Em fins de 2009, o valor acumulado de investimentos chineses no Brasil foi de 400 milhões de dólares americanos. A partir de 2010, essa soma ultrapassou 20 biliões de dólares americanos e a China tornou-se o principal investidor estrangeiro no País. Empresas chinesas compraram quatro minas de minério de ferro, e tentam adquirir centenas de milhares de hectares de terra para o plantio de soja, além de investirem cada vez mais no sector do petróleo e do gás.
A CNOOC (China National Offshore Oil Company) está em negociações com o grupo EBX, do bilionário brasileiro Eike Batista. A Sinopec já investiu cerca de 1 biliões de dólares americanos na construção de gasodutos para a Petrobrás, compra de blocos para exploração offshore e agora adquiriu a Repsol Brasil. A Petro China está também de olho em activos brasileiros no petróleo e gás. As empresas de equipamentos e serviços da China também visam o mercado brasileiro do sector.
O Brasil necessita de capital para fazer crescer a sua economia e gerar empregos, enquanto a China necessita dos recursos estratégicos que são abundantes no país. A procura chinesa fez com que o Brasil pudesse pagar a quase a totalidade da divida externa e acumular 273 triliões de dólares americanos de reservas. Essas reservas ajudaram o Brasil a ser um dos últimos a entrar na recente crise económica e a ser um dos primeiros a sair da crise.
Ler o artigo completo em HojeMacau, 05.10.2010

Pessoas e capital, de um lado, recursos naturais do outro. A complementaridade destes dois gigantes tem potencial para determinar a economia mundial nas próximas décadas. É o que eu acho.
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