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Quando alguém diz, como ontem dizia na sua coluna neste jornal Maria José Nogueira Pinto, que "não se pode tratar da mesma forma o que é diferente", falando de "usurpação" a propósito do desejo dos homossexuais de aceder ao instituto do casamento e ao que ele simboliza - a assunção e dignificação social de uma relação -, está a falar a língua da exclusão.
Fernanda Câncio, no Jugular
Ambos os meus filhos vivem, felizes, em união de facto.
Acabo de descobrir, estupefacto, que para a FC se trata de uma relação a que falta "dignificação social".
Nunca pensei ouvir pessoas de esquerda, com pretensões progressistas, defender o casamento como acto dignificador. O Maio de 68, que tantos oportunistas incensaram recentemente, está aparentemente morto e enterrado.
De exagero em exagero os defensores do "casamento gay" (por mandato de quem ?) estão a provocar, eles sim, um autêntico retrocesso na justa luta pela dignidade dos homossexuais.
A radicalização da linguagem, os anátemas sobre quem discorda e o empolamento de um capricho que nada de substancial resolve estão a provocar uma clivagem absolutamente indesejável na sociedade portuguesa.
Uma clivagem no ponto errado, pelos motivos errados e no momento errado.
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Dilemas dos EUA, Rússia e China
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*O prof. **Michael Brenner**, no texto, anteriormente apresentado **(1)**, **referindo-se
à verborreia belicista n**a UE/NATO**,** sem potencial político,...
Há 23 minutos
3 comentários:
É que não concordo nada consigo! Sou amancebada militante, i.e. a ideia de submeter as minha relação amorosa (já longa) a contracto social e público causa-me asco e só em situações extremas que tenham a ver com questões monetárias ou legais me farão enverdar por esse caminho. Dito isto, no entanto acho que, enquanto a instituição casamento existir, com as suas vantagens económicas e legais, ela tem que ser acessível a todos, por mais retrógada de me pareça. A minha luta em última instância pode ser pela sua abolição, mas visto esta se encontrar a anos-luz de distância, sobra-me apenas clamar pelos mesmos direitos para TODOS.
Acho que é uma interpretação muito "esticada" daquilo que a Fernanda Câncio escreveu. Ou será que era necessário esticar a corda precisamente por se tratar de quem se trata?
Por acaso até sou fan da FC, mas já não tenho idade nem pachorra para ser fan incondicional seja de quem for.
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