terça-feira, agosto 17, 2010

Virtualidades privadas dos públicos vícios

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O Governo aumentou em 546 milhões de euros a despesa pública em relação ao tecto imposto no Orçamento de Estado, recorrendo às poupanças obtidas no ano passado para cobrir mais gastos pelos ministérios, institutos públicos e Assembleia da República.
De acordo com o Jornal de Negócios, as alterações ao Orçamento de Estado (OE) foram publicadas ontem em Diário da República. Por lei, o aumento da despesa tem de ser autorizado pela Assembleia da República (AR), mas tal não é necessário quando os gastos são cobertos por poupanças obtidas no exercício orçamental do ano anterior.
Segundo o mesmo diário, 94,5 milhões de euros são para despesas dos próprios ministérios, com destaque para o da Defesa (49,5 milhões) e para o dos Negócios Estrangeiros (13,8).
A grande maioria do aumento da despesa está relacionado com serviços e fundos autónomos dos ministérios, vulgo institutos públicos: 451,5 milhões. O da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai absorver mais 205,2 milhões, segundo o Jornal de Negócios, enquanto 102,4 estão em grande parte destinados a encargos gerais do Estado, nomeadamente a AR (90 milhões).
De destacar que, de acordo com o mesmo jornal, destes 546 milhões a despesa com serviços de apoio, estudos, consultoria e cooperação e relações externas vai absorver 25 milhões de euros.
Público 17.08.2010

Os vícios teimam em perpetuar-se. Quando uma certa casta se instala nos corredores do poder, com total impunidade, começa a olhar o país como sua propriedade privada.
São as virtualidades privadas dos públicos vícios.

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