segunda-feira, junho 22, 2009

A loucura dos 'OUTDOORS'

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Numa rua perto de si, em Lisboa tal como por todo o país, mais e mais 'outdoors' erguem-se sobre as suas patas para nos convencer.
Quando ainda está bem acesa a polémica sobre a data das eleições, e se ouve falar tanto sobre a necessidade de as campanhas serem esclarecedoras, a proliferação dos 'outdoors' é um tema inescapável. Será que para além de poluirem cada vez mais o nosso espaço público eles contribuem realmente para o nosso esclarecimento? Duvido.
As mensagens comerciais ou políticas que veículam, se é que a diferença ainda existe, não passam de slogans simplistas, toleráveis quando se aplicam aos sabonetes mas inadequados para nos revelar planos sérios de governação.
Os 'outdoors' acabam por funcionar como instrumentos de ostentação, e diferenciação, dos partidos que têm mais dinheiro. Aparecer, aparecer mais do que os adversários pelas ruas do país parece ser, à falta de melhores argumentos, a panaceia da democracia.
Ninguém está preocupado com esta poluição visual (e espiritual) para a qual a política, convenhamos, só contribui de vez em quando ao sabor dos calendários eleitorais.
Mas por este pecado alguém, algum político, devia ser castigado.
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