As taxas exigidas mantêm-se altas, mas o Ministério das Finanças está a aproveitar os elevados níveis de procura nos mercados internacionais para realizar um volume poucas vezes visto de emissões de obrigações e bilhetes do tesouro.
Com isso, tenta assegurar que as necessidades de financiamento do Estado português são satisfeitas sem ter de recorrer a empréstimos directos à banca, como ocorreu em larga escala no passado mês de Maio.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), as emissões de obrigações e bilhetes do tesouro liquidadas durante o passado mês de Agosto atingiram os 5272 mil milhões de euros. Este é o resultado mensal mais elevado de todo o ano de 2010, superando os 4414 milhões de euros obtidos em Março.
Em Agosto, foram realizadas quatro emissões de obrigações do tesouro e quatro emissões de bilhetes do tesouro, tendo sido colocados em quase todos os casos montantes ligeiramente superiores aos valores inicialmente previstos.
O Estado português parece estar a querer beneficiar de um cenário no mercado de dívida europeu em que, apesar das taxas de juro praticadas estarem ainda a níveis historicamente altos, a procura revela ser suficientemente forte para satisfazer as necessidades de financiamento dos vários países.
Ver mais em Público 03.09.2010
Dizer que "apesar das taxas de juro praticadas estarem ainda a níveis historicamente altos, a procura revela ser suficientemente forte" é um contrasenso.
A procura é forte precisamente porque as taxas são altas e portanto quem empresta pode impor-nos uma agiotagem que compromete o nosso futuro.
Como é que é possível congratularmo-nos com o facto de ainda haver alguém disposto a explorar os nossos vícios?
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1 comentário:
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http://theportugueseeconomy.blogspot.com/2010/09/monster-fights-back.html
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