quinta-feira, setembro 30, 2010
Dívida soberana
A enxurrada de retórica orçamental trouxe de volta a famigerada "dívida soberana". Uma contradição nos termos.
A dívida nunca é soberana mas sim vassala. A não ser que possamos votar o credor a um soberano desprezo, e não pagar. Não é o caso.
Usa-se e abusa-se da "dívida soberana", em pleno parlamento, para ocultar que é precisamente aqui, e agora, que a soberania está a ser posta em causa.
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Grande aperto e grande capa.
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Manietados e à mercê
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quarta-feira, setembro 29, 2010
Causa fracturante 1919
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terça-feira, setembro 28, 2010
Mistificação
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Palavras para quê?
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Segundo a edição de ontem do Correio da Manhã, actualmente há 5.581 pessoas com pensões acima dos 4 mil euros. Com os novos aposentados entre os meses de Janeiro a Outubro deste ano, contam-se 4.763 na Caixa Geral de Aposentações (Função Pública) e 818 na Segurança Social.
O recorde de crescimento nas reformas milionárias deu-se entre os funcionários públicos. No período analisado, aposentaram-se 230 pessoas com reformas acima dos 4 mil euros. Já os dados da Segurança Social, apontam para 67 novos aposentados neste período, com reformas superiores a 5.030 euros.
Este cenário contrasta com a realidade vivida pela maioria dos portugueses em situação de reforma, uma vez que recebem, em média apenas 397 euros.
Diário Digital, 27.09.2010
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segunda-feira, setembro 27, 2010
Nem tanto ao mar nem tanto à terra
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Profecia
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O estranho caso dos submarinos
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domingo, setembro 26, 2010
Sócrates, eSCUTa, o povo está em luta...
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Ontem tive que ir a Braga e, por razões que não interessam ao caso, a partir de Estarreja circulei pela A29 em vez de continuar pela A1 até ao Porto.
Tive assim oportunidade de experimentar, de borla, esta auto-estrada que foi construída ao lado da que já existia aparentemente para dispensar quem a use de pagar portagens. Não faz qualquer sentido.
A este propósito não me dispenso de citar João Duque que, no Expresso, ralativamente ao complicado esquema de isenções que o governo concebeu baseado no grau de desenvolvimento dos "concelhos limitrofes", escreveu mais ou menos o seguinte: "os utentes pobres dos concelhos ricos vão subsidiar os utentes ricos dos concelhos pobres".
É caso para gritar:
Sócrates, eSCUTa, o povo está em luta...
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sábado, setembro 25, 2010
Potências emergentes
A população de Nova Deli diz que os Jogos da Commonwealth podem ser como um casamento indiano: nada está pronto até ao último minuto e todos se divertem na mesma.
Mas, com pontes a cair, as instalações desportivas num estado lastimável, por cima de uma epidemia de dengue e da ameaça terrorista, esta festa parece ter tudo para correr mal.
É "um choque profundo para a auto-estima indiana", comenta ao PÚBLICO Constantino Xavier, investigador da Johns Hopkins University, classificando esta crise como "um desastre".
Em Agosto, o primeiro-ministro, Manmohan Singh, tinha afirmado num discurso que "o sucesso da organização dos Jogos da Commonwealth seria mais um sinal enviado ao mundo de que a Índia avança rapidamente e com confiança".
Os Jogos, com estreia marcada para 3 de Outubro, têm sido apresentados como uma forma de mostrar ao mundo a "Índia brilhante", um slogan usado para falar do acelerado desenvolvimento económico do país. Ontem, Singh foi obrigado a convocar uma reunião de emergência com os principais ministros envolvidos no evento. É impossível fugir às evidências.
Nada reluz nas fotografias que vários media têm difundido na Internet para mostrar como estão inabitáveis as instalações criadas para acolher o evento. Nem nas notícias que dão conta do colapso do telhado de um estádio e de uma ponte.
Alguns responsáveis que visitaram as instalações da aldeia desportiva descrevem-nas como estando "inapropriadas para serem habitadas por humanos". Equipas do Canadá e Nova Zelândia adiaram a sua partida devido às condições "imundas", e o Reino Unido está ainda a avaliar o que fazer. A epidemia de dengue, greves e absentismo dificultaram a limpeza da aldeia desportiva, justificam-se as autoridades indianas.
Uma comissão criada pelo Governo para supervisionar a construção das instalações relatou em Julho que certos certificados de garantia dos equipamentos construídos eram falsos.
À lista de calamidades junta-se a terrível burocracia indiana. "Devíamos criar um organismo responsável por todas as decisões ligadas aos Jogos", comentou à AFP Bimal Jalan, antigo governador do Banco Central. "Este género de coisas cria sempre problemas na Índia, onde nada pode ser feito sem que envolva nove ministérios". Jalan adianta que "não se trata da incapacidade da Índia em construir infra-estruturas. Trata-se da incapacidade do Governo indiano".
Na terça-feira, a Federação dos Jogos da Commonwealth (CGF) declarou publicamente que a aldeia desportiva estava "seriamente comprometida", pedindo ao Governo que interviesse urgentemente.
Os Jogos deverão juntar sete mil atletas, de 71 países. Realizam-se a cada quatro anos em países membros do antigo império britânico. Este ano, pela primeira vez no seu reinado, a rainha Isabel II não estará presente.
O exemplo chinês
Foi o presidente do comité organizador indiano, Sursh Kalmandi, quem colocou bem alta a fasquia, dizendo que este acontecimento estaria não apenas à altura dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, como dos "melhores alguma vez organizados".
A comparação com o vizinho chinês é demolidora para o lado indiano. Corrupção, atrasos, burocracias, são características atribuídas à Índia e marcaram o processo dos Jogos, lê-se na "Newsweek" desta semana. Se, no caso chinês, muitas construções estavam prontas bem antes do prazo, na Índia os atrasos saltam à vista (as batalhas legais pela aquisição de terra, um problema que todas as empresas enfrentam, não ajudaram a cumprir prazos).
Ao contrário de Pequim, que construiu vários edifícios exuberantes - como o Estádio Nacional, conhecido por Ninho de Pássaro, ou o Cubo de Gelo -, Nova Deli terá pouco para mostrar aos visitantes para além do complexo desportivo Thyagaraj, considerado o estádio mais ecológico do mundo.
Qualquer pessoa que conheça os dois países apercebe-se de notórias diferenças na capacidade de realização. É por isso que certas análises de prospectiva económica, que metem tudo no mesmo saco, não me parecem muito convincentes.
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sexta-feira, setembro 24, 2010
ADSE sim, mas para todos os portugueses
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Os novos funcionários públicos já estão integrados na Segurança Social e não na Caixa Geral de Aposentações, mas tal não impede que se inscrevam na ADSE, para a assistência à saúde. E mesmo os que se desvincularam do Estado podem beneficiar das convenções deste sistema.
DN 23.09.2010
Para quem possa ainda não saber a ADSE é um fabuloso seguro de saúde custeado pelos impostos de todos os portugueses (que pagam ao fisco). E até faz uma coisa que tanto preocupa o nosso governo: compra cuidados de saúde ao sector privado em larga escala, fugindo dessa forma às delícias do SNS.
O esquema é tão contrário à igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde que até o insuspeito Vital Moreira explica no Causa Nossa por que defende a extinção da ADSE. Vital Moreira junta-se portanto aos malandros que querem destruir o "Estado Social".
Faça-se já uma manifestação para salvar a ADSE mas estendendo as suas mordomias a toda a população.
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quinta-feira, setembro 23, 2010
Terra Prometida
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Encontros da Imagem
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quarta-feira, setembro 22, 2010
China tira fabricantes automóveis alemãs da crise
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A Alemanha exportou 128.000 automóveis para a China no primeiro semestre de 2010, mais 6.000 que em todo o ano anterior, segundo o Instituto Federal de Estatística, em Wiesbaden.
O valor total das exportações de veículos para a China entre Janeiro e Junho atingiu 4,4 mil milhões de euros, o que representou 6,1% do total das referidas exportações neste período.
A China assumiu assim o quinto lugar nas exportações de carros alemães no primeiro semestre, a seguir ao Reino Unido (339.000 unidades), aos EUA (257.000), Itália (204.000) e França (180.000).
Face à estagnação dos principais mercados europeus neste domínio a grande procura na China foi a principal alavanca para retirar as marcas automóveis alemãs da crise que atravessaram em 2009, e a aposta no mercado chinês assume dimensões cada vez maiores para a Daimler, Volkswagen e BMW.
Segundo um estudo do Deutsche Bank o número de automóveis matriculados na China deverá subir de 80 milhões para 130 milhões até 2014.
O mesmo estudo prevê ainda que nos próximos anos haverá cerca de 400 milhões de chineses a ganhar dinheiro suficiente para comprar um carro.
Devido às elevadas taxas alfandegárias sobre carros de luxo, e às perspectivas deste mercado, as principais marcas automóveis alemãs começaram a abrir mais fábricas na China.
Diário Digital 21.09.2010
Os alemães conseguem fazer crescer o seu PIB porque têm produtos para vender no exterior que interessam a quem tem dinheiro para comprar.
Até parece uma equação simples.
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terça-feira, setembro 21, 2010
Meu querido mês de Setembro
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A China vai liderar nas energias limpas?
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O local pertence à Novozymes, empresa dinamarquesa inserida no cada vez mais numeroso grupo de companhias estrangeiras que se beneficiam dos investimentos da China nas tecnologias verdes.
"A situação nunca foi tão boa", declarou à AFP o presidente da Novozymes China, Michael Christiansen.
O governo chinês anunciou uma verba de 750 bilhões de dólares para desenvolver energias limpas durante a próxima década. A meta é cobrir 15% das necessidades de consumo com fontes energéticas renováveis até 2020.
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"Aparentemente, a China possui no momento os estímulos mais eficazes para a produção de energias renováveis", destacou o analista Michal Meidan, do Eurasia Group, consultoria especializada em análises de risco político.
A demanda de financiamento para o desenvolvimento de energias limpas na China pode alcançar 450 bilhões de dólares até 2020, segundo o jornal China Daily.
Ler o artigo completo AQUI
A propósito: em Setembro de 2009 visitei a Universidade de Tianjin, cidade costeira a 120km de Pequim e a ela ligada por combóio de alta velocidade, onde tive oportunidade de conviver com os portugueses que lá estudam mandarim e com os chineses que lá estudam português.
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segunda-feira, setembro 20, 2010
Um discurso à procura de um gato fedorento
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domingo, setembro 19, 2010
O "Estado Social" sueco também está na berlinda
Não há forma de os resultados hoje na Suécia não serem históricos, sobretudo se o primeiro-ministro conservador for reconduzido no cargo. Mas há sinais de alerta da extrema-direita.A Suécia é conhecida por ser um país moderado. E quando os suecos forem hoje às urnas, é possível que o cenário político pouco se altere. Para já, a economia parece estar a falar mais alto do que o Estado-providência, dizem alguns analistas.
O primeiro-ministro conservador, Fredrik Reinfeldt, tem para apresentar aos eleitores um crescimento económico de 4,5 por cento, o menor défice da União Europeia (um por cento) e uma taxa de desemprego em queda (embora ainda ronde os oito por cento, atingindo sobretudo jovens). Não é pouco, numa altura em que os seus parceiros da UE estão ainda a tentar encontrar as saídas para a crise.
Esta será a principal explicação para as previsões feitas pelos institutos de sondagens: os Moderados, do novamente candidato Reinfeldt, e os seus três parceiros de coligação, ficarão com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento do seu principal rival, o bloco de centro-esquerda liderado pelos sociais-democratas de Mona Sahlin.
Se isso acontecer, será a primeira vez que os conservadores são reeleitos depois de terem cumprido um mandato completo.
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Os sociais-democratas, que passaram 63 dos últimos 80 anos no poder, estão a procurar a todo o custo contrariar as expectativas e continuar a ser o "partido natural" de Governo. São considerados os criadores e guardiães do famoso "modelo sueco" - que alia uma pesada carga de impostos para financiar o Estado social a uma economia fortemente liberal. Uma derrota "obrigará a repensá-lo", salienta à AFP o politólogo Peter Santesson-Wilson, do instituto de investigação sueco Ratio.
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A sua campanha tem sido feita com a garantia de não cortar os impostos e até aumentar alguns no futuro, para que se possa gastar mais na segurança social. Já Reinfeldt quer ver a economia crescer mais e a dívida pública a descer para que os gastos públicos possam aumentar e os impostos sobre os rendimentos ser reduzidos.
Com a vitória do centro-direita, em 2006, muitos previram o princípio do fim do "modelo sueco". Mas "não houve alterações espectaculares ou sistemáticas, nem golpes radicais no Estado-providência. Simplesmente deu-se uma reorientação marginal", realça à AFP Stefan Svallfors, professor da Universidade de Umeaa.
Ainda assim, a Economist fala numa "insatisfação crescente com o "modelo sueco". Os suecos não estão prestes a tornar-se thatcheristas ou anti-impostos do Tea Party", e mesmo à direita defendem-se os serviços públicos, lê-se. "Mas o centro-direita tornou as regalias sociais menos generosas, baixou impostos para os salários mais baixos e diminuiu o número de subsídios por doença".
Seja ou não por isso, o primeiro-ministro Reinfeldt deu sinais de estabilidade quando todos os países à volta estavam em queda. A que se devem os bons resultados?
Ver completo no DN 19.09.2010
Apesar das importantes diferenças entre Portugal e a Suécia o debate político de fundo parece ser o mesmo.
Com imaginação, e uma grande dose de optimismo, podemos imaginar-nos numa situação semelhante após um primeiro mandato de Pedro Passos Coelho como primeiro ministro.
O mais grave é que o nosso cepticismo colectivo já nem esse tipo de ilusões permite.
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sábado, setembro 18, 2010
Safa !!
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Em louvor das velhas tecnologias
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sexta-feira, setembro 17, 2010
Livros de Verão
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quinta-feira, setembro 16, 2010
Lições tailandesas para a China
Sejam quais forem os efeitos da turbulência política na Tailândia, estes não irão contribuir para a causa da democracia na China. As imagens de protestantes pró-democracia e da consequente repressão militar no centro de Banguecoque foram transmitidas pelos meios de comunicação chineses sem nenhuma parcialidade aparente. De facto, a China não precisava de embelezar a mensagem política que chegava da Tailândia.
Se um país religioso, relativamente próspero e conhecido como a "terra dos sorrisos" pode tão rapidamente degenerar numa sangrenta guerra de classes, o que ocorreria se o Partido Comunista Chinês perdesse o seu monopólio no poder? Não é difícil imaginar uma rebelião de "camisolas vermelhas" ao estilo chinês, com dirigentes populistas que exploram o ressentimento e jovens exaltados a incendiar símbolos do poder e do privilégio de Pequim.
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Poderá a China tornar-se num país mais aberto sem seguir a via do multipartidarismo? De facto, o grande pensador político britânico do século XIX, John Stuart Mill, defendia um governo liberal sem multipartidarismo. No seu clássico "Considerations on Representative Government", argumenta que numa democracia é mais provável que o partido da maioria seja constituído por aqueles que "se agarram com maior tenacidade ao exclusivo interesse da classe".
Em vez de diversos partidos políticos, Mill defendia eleições democráticas submetidas a um mecanismo como votos extra para pessoas com estudos e mecanismos institucionais para proteger os direitos das minorias. Na opinião de Mill, uma sociedade aberta governada, principalmente, por elites educadas é a forma de governo mais conveniente.
Da mesma forma, a tradição confuciana destaca, há muito tempo, o valor da meritocracia política. O próprio Confúcio sublinhou que todos devem ter igualdade de oportunidades no acesso à educação. Mas nem todos acabarão por ter a mesma capacidade para formular juízos morais e políticos bem fundamentados.
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O Partido Comunista chinês está a tornar-se mais meritocrático. Desde os anos 80, uma percentagem cada vez maior dos dirigentes tem grau universitário e as promoções têm em conta os exames realizados. Mas escolher elites educadas é apenas uma parte da história.
É suposto as elites governarem em prol do interesse de todos e permitir que as suas vozes sejam ouvidas. Na prática, significa um sistema político mais aberto e representativo, mas não necessariamente multipartidário.
Excertos do texto de Daniel A. Bell que pode ser lido AQUI
Hoje já ninguém tem dúvidas sobre as perversões que afectam a democracia multipartidária. Eu sou levado a pensar que se trata de uma criação notável do espírito humano que os homens, pelo menos nos dias que correm, não sabem usar e de certa forma não merecem.
A democracia tal como a praticamos hoje em Portugal maximiza, sem dúvida, a liberdade de acção política; mas cada vez se mostra mais impotente para assegurar que somos governados pelos melhores e que a governação se faz para atender ao interesse geral.
Se a isto juntarmos as dúvidas sobre a validade da sua aplicação mecânica a todas as circunstâncias e a todas as culturas, fácilmente saudamos qualquer discussão que se proponha equacionar alternativas ao modelo rígido que vem sendo usado no "Ocidente" e exportado, nem sempre de forma pacífica, para o resto mundo.
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quarta-feira, setembro 15, 2010
Quem dá o pão, dá a educação
Cuidado com inoculações
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O acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, e o papel do SNS na obtenção desse objectivo, são questões da maior importância, que merecem a mais atenta e séria das discussões (o tema já tinha sido abordado por nós aqui).
Infelizmente o tema foi capturado pela guerra de arremesso que se desenvolve entre o PS e o PSD em torno da revisão constitucional e da próxima eleição presidencial. A demagogia sobre o "Estado Social" anda à solta e os cidadãos correm o risco de se deixar inocular por alguma das falsidades em circulação.
As citações que se seguem ajudam a perceber que, ao contrário do que nos querem fazer crer, as prestações de cuidados de saúde actuais estão longe da "pureza" pública e que a "igualdade dos portugueses" no acesso à saúde não passa de uma ficção. Os funcionários do Estado beneficiam da ADSE (um seguro de saúde estatal pago pelo erário público).
Mais de dois milhões de portugueses, aqueles que têm recursos para isso, através dos seguros privados de saúde, já hoje pagam boa parte das suas despesas de saúde à margem do SNS e aliviando o Orçamento do Estado. Em vez de serem premiados por isso, se as propostas do PSD forem aprovadas, passarão a pagar mais também nas raras vezes em que recorrerem ao Serviço Nacional de Saúde.
Metade das consultas médicas em Portugal são feitas por privados, que asseguram um quarto dos internamentos, cinco por cento das urgências e dispõem de 15 por cento das camas, segundo dados da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Segundo esta organização, questionada a propósito do Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que se assinala na quarta feira, os privados oferecem já 40% por cento dos cuidados de saúde assegurados em Portugal.
Os maiores grupos privados de saúde em Portugal são a Espírito Santo Saúde (220 milhões de euros em 2009), HPP Saúde (150 milhões de euros) e a Mello Saúde (265 milhões de euros), que detêm 70% da quota de mercado. A Trofa Saúde e a AMI – Assistência Médica Integral lideram uma segunda linha de unidades independentes da órbita bancária.
Em conjunto, e segundo a APHP, os cinco grupos detêm 64 unidades, entre as quais hospitais, clínicas, casas de repouso e laboratórios. As unidades de saúde privadas representam, na sua globalidade (estes cinco e os restantes), 5000 camas e 25%o da capacidade cirúrgica nacional.
Ler o resto AQUI
Há uns anos, José Sócrates e o então seu ministro da Saúde, Correia de Campos, declararam o fim dos subsistemas de saúde. Vou até ser mais exacto: em 15 de Novembro de 2006, o Governo determinou o fecho, por exemplo, da Caixa de Previdência dos Jornalistas, um dos tais subsistemas. O funeral foi marcado para 1 de Janeiro de 2007.
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Também me apercebi de que afinal o Governo resolveu permitir a inscrição de novos beneficiários na ADSE. As despesas do Estado com este serviço chegaram já, o ano passado, aos mil milhões de euros. Em 2004 rondavam os 861 milhões
Na minha cabeça ignorante não consigo desligar a mudança silenciosa da estratégia governamental sobre os subsistemas de saúde, e em particular na ADSE (onde estão os verdadeiros milhões), da construção dos hospitais privados, como o da Luz, do grupo Espírito Santo, e o Lusíadas, da Caixa Geral de Depósitos. É que já tive de lá ir, a acompanhar outras pessoas, e não consegui deixar de reparar na alegria dos funcionários sempre que o doente afirma ser beneficiário da ADSE. Aquilo dá quase direito a festa de champanhe e garante uma bateria de fantásticos exames capazes até de, sem precisar de tirar sapatos, diagnosticar uma unha encravada no pé.
Ver o artigo completo AQUI
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terça-feira, setembro 14, 2010
Não vamos bem
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La Central de Trabajadores de Cuba (CTC) emitió un comunicado público en el que anuncia el despido de 500 mil trabajadores estatales durante un período comprendido entre los meses de octubre del este año y el primer trimestre del 2011.
Como contrapartida se informa que se ofrecerán plazas en sectores deficitarios de la economía y que se abrirán nuevas posibilidades para el trabajo por cuenta propia, aumentando el número de permisos y otras prestaciones.
La CTC afirma que el "Estado no puede ni debe continuar manteniendo empresas (…) con plantillas infladas y pérdidas que lastran la economía, (…) generan malos hábitos y deforman la conducta de los trabajadores".
BBC Mundo logró conocer los detalles de ese plan gubernamental que dará mucho más peso a la iniciativa privada en la economía.
El número de trabajadores por cuenta propia se dispara, además de que se les autoriza a crear pequeñas empresas.
Ver mais AQUI
Esta notícia, carregada de simbolismo, é o canto do cisne da concepção do Socialismo como monopólio do Estado em todas as esferas da vida social e nomeadamente no plano económico.
Como a China tinha mostrado, e agora Cuba se vê forçada a reconhecer, a alternativa às limitações e aos desmandos da empresa assalariadora capitalista não é a subordinação de todo o emprego à tutela do Estado. A alternativa ao mecanismo capitalista, que continua por definir, terá que ser uma organização de produção de novo tipo em que os cidadãos, enquanto tal, colaborem e cooperem na produção e distribuição justa da riqueza.
Infelizmente, mesmo que de forma envergonhada, muita gente séria de esquerda continua a apostar nesta via insustentável do "socialismo real" em vez de procurar superá-la.
Os resultados estão à vista.
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Excedentes necessários
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Do ponto de vista ecológico, a diminuição da população devia ser vista como um dado positivo, sendo negativos apenas os desequilíbrios na sua distribuição. Mas um sistema baseado no crescimento imparável, como é o sistema capitalista, não é compatível com o emagrecimento demográfico.
Se a vida de todos nós se alimenta de um endividamento que vai sendo transportado para o futuro (de modo que cada vez é maior a fatia de futuro hipotecado), se não houver no futuro mais gente para pagar a dívida, o sistema colapsa. Marx, que desprezava abertamente Malthus, mostrou como a questão da sobrepo-pulação emergiu "de um modo que não encontramos em nenhum outro período anterior da humanidade", isto é, de um modo coerente com "o grande papel histórico do capital". A que papel histórico se refere Marx? Digamos, em síntese: o de criar trabalho excedente.
Trabalho excedente e população excedente estão numa relação de dependência e ambos são um produto necessário da acumulação capitalista. Mais do que isso: são a sua própria condição de existência. Atualmente, esta condição entrou numa fase que engendrou o metatrabalho, bem conhecido de muitos "precários" (o precariado, esse novo sujeito da História...). Trata-se do trabalho não remunerado a que muitos se sujeitam, na esperança de arranjar trabalho, as formas de trabalho para arranjar trabalho. É, em suma, uma forma de contrair uma dívida cuja única garantia de pagamento é o próprio tempo de vida do indivíduo.
Este interessantíssimo texto, publicado por António Guerreiro no Expresso desta semana, refere justamente o sistema económico actual como dependente de uma contínua expansão do mercado. Isso pressupõe a existência de um "exército de reserva" que se possa ir incorporando na produção, sob a forma de novos trabalhadores e de novos consumidores.
É por essa razão que a China tem podido manter há tanto tempo uma expansão "capitalista", a taxas muito elevadas, há já várias décadas. Explica também o impasse europeu onde, à falta de crescimento demográfico, a poupança se reduziu perigosamente e o crédito teve que atingir níveis incomportáveis.
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Hora da publicação: 12:38 0 comentários
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A bater no fundo
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O país está a saque. Hoje à noite, três dos principais canais de televisão transmitiram, durante horas, debates inqualificáveis sobre futebol, apesar da situação económica e social, ou talvez mesmo por causa dela.
O Queiroz, os árbitros e a invasão da política pelo futebol, ou vice-versa, foram pretexto para todo o tipo de imbecilidades transmitidas em directo.
Será possível batermos ainda mais no fundo?
P.S. Ainda estou para ver se o governo, que resistiu ao aumento dos impostos e do desemprego, ao "Freeport" e ao "Face Oculta", acaba por sucumbir às quatro derrotas do Benfica do Luis Filipe Vieira. Ao estilo da "opera buffa".
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segunda-feira, setembro 13, 2010
A Lady não é Gaga
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sábado, setembro 11, 2010
A China a meio gás
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sexta-feira, setembro 10, 2010
SCUTS - O lado negro da Democracia
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Aliens
Por razões que não interessam ao caso tive que jantar no segundo andar do Colombo, num dia de semana em Setembro.
De repente tomei consciência de como este mundo já pouco tem a ver com o meu.
À medida que vamos envelhecendo o nosso mundo vai-se esboroando e esvaindo enquanto emerge um novo. Não são os aliens que surgem de súbito, vindos não se sabe de onde, somos nós que nos convertemos paulatinamente em aliens nesse novo mundo.
O nosso fiel corpo, que sempre nos transportara, passa a ser uma carapaça que nós arrastamos por uma paisagem que temos dificuldade em reconhecer como nossa.
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quarta-feira, setembro 08, 2010
Grau zero
"Se não formos ao Euro'2012, certas pessoas têm de ser responsabilizadas. Ele [Laurentino Dias] é que inventou e traçou este caminho. Que assuma as responsabilidades", afirmou ainda Luis Filipe Vieira.
Percebi logo que este candidato à Presidência da República, que na fotografia faz campanha pelo Sim, não é apoiado pelo partido do Governo.
Parecia estar a falar do caso Pinto Monteiro, o seleccionador nacional perseguido por ter menos poderes do que a rainha de Inglaterra. Ou então talvez tratasse da "justiça governamental" que se abateu sobre os arguidos da Casa Pia entre os quais se destaca o Carlos Queiruz.
Sócrates inaugura uma escola por dia, à prova de pedófilos, e já pode dizer, como o outro, "é a primeira vez que inauguro desde a última vez que inaugurei". Passos quer rever a Constituição para proibir mais do que 3 inaugurações por semana o que prefigura a destruição do Estrado Social.
Já os submarinos ninguém os quer inaugurar, à superfície, e o os novos carros de combate "pão duro" têm vindo a sofrer com a escassez do trigo no mercado global.
Duarte Lima está ser alvo de um processo disciplinar por ter convocado uma greve da Polícia de Segurança Pública no Rio de Janeiro e entretanto Fernando Nobre inicia na próxima segunda-feira uma Volta a Portugal, sem bicicleta, durante três meses.
Seja como for a época dos fogos acaba a 9 de Setembro, data a partir da qual Cavaco deixa de poder atear dissoluções.
Valha-nos isso.
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Plano inclinado
Estado volta a pagar mais juros para se endividar
O Estado português emitiu hoje dívida no montante de 1039 milhões de euros, em duas emissões com prazos de três anos e onze anos, pagando juros bastante mais altos do que nas últimas emissões com prazos semelhantes.
O juro médio pago na emissão a onze anos, que vence em Abril de 2021, foi de 5,973 por cento, quando no final do mês passado o IGCP fez uma emissão a dez anos por que pagou um juro médio de 5,312 por cento. No final de Julho, uma emissão a 13 anos pagou um juro de 5,377 por cento. A última emissão a 11 anos foi a 10 de Março, com uma taxa média de 4,171 por cento.
Na emissão a três anos, o juro médio é de 4,086 por cento, quando foi de 3,597 por cento na emissão com o mesmo prazo feita a 9 de Junho.
ver mais no Público, 08.09.2010
Este plano inclinado (o nome do programa da SIC Notícias foi mesmo bem escolhido) em que nos encontramos é tenebroso.
Eu como cidadão estaria disposto a fazer muito mais sacrifícios para ajudar a sair o mais depressa possível deste processo de empobrecimento. Serei só eu?
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terça-feira, setembro 07, 2010
Escolas novas ou nova escola ?
Primeiro Ministro anunciou a inauguração de 100 novas escolas durante a comemoração dos 100 anos da República, dia 5 de Outubro. Depois do brilharete das creches segue-se a girandola das escolas. Para glória própria.
Só é pena que se fale das escolas novas como se fossem a nova escola de que o país precisa e que tarda em nascer.
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Palavras ou euros ?
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domingo, setembro 05, 2010
Sobreendividados têm em média 8,6 créditos
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O estranho caso do cão que fuma
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Um jovem chinês, de 23 anos, está acusado de maus tratos contra animais depois de ter ensinado o seu cão de estimação a fumar. Numa entrevista ao jornal 'Metro', ele afirmou que o fez por achar que seria divertido.
Zeng Ziguang explica ainda que "ao início ele odiava o cheiro" mas que agora consegue fumar "um maço por dia". Correio da Manhã 04.09.2010
Há vários anos acompanho com interesse especial as notícias sobre a China e constatei que consistem predominantemente de catástrofes naturais ou sociais. Uma percentagem enorme de notícias sobre a China trata de sismos, inundações, desabamentos, deslizamentos de terra e todos os outros extremismos naturais.
A pequena distância destes temas, mas ainda assim muito importantes, vêm as condenações à morte, os desacatos étnicos e a sua repressão, os casos relativos a produtos adulterados, a degradação ambiental, a contrafacção das marcas globais, as greves pela melhoria dos salários, os enormes engarrafamentos do trânsito, as bolhas do imobiliário e das bolsas e o colapso das minas.
A notícia que abre este post insere-se numa sub-categoria, a do exotismo perverso, a que pertencem também com destaque os hábitos alimentares e a inexistência de funerais.
Chinês que se decida a fazer uma idiotice qualquer tem garantida a repercussão mundial.
Depois disto chega a ser inverosímil que realmente vivam na China 1.300 milhões de pessoas como nós. Não há dúvida de que o "ocidente" vive em racismo latente e em estado de negação relativamente ao Império do Meio.
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sábado, setembro 04, 2010
A precisar de uma desintoxicação
As taxas exigidas mantêm-se altas, mas o Ministério das Finanças está a aproveitar os elevados níveis de procura nos mercados internacionais para realizar um volume poucas vezes visto de emissões de obrigações e bilhetes do tesouro.
Com isso, tenta assegurar que as necessidades de financiamento do Estado português são satisfeitas sem ter de recorrer a empréstimos directos à banca, como ocorreu em larga escala no passado mês de Maio.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), as emissões de obrigações e bilhetes do tesouro liquidadas durante o passado mês de Agosto atingiram os 5272 mil milhões de euros. Este é o resultado mensal mais elevado de todo o ano de 2010, superando os 4414 milhões de euros obtidos em Março.
Em Agosto, foram realizadas quatro emissões de obrigações do tesouro e quatro emissões de bilhetes do tesouro, tendo sido colocados em quase todos os casos montantes ligeiramente superiores aos valores inicialmente previstos.
O Estado português parece estar a querer beneficiar de um cenário no mercado de dívida europeu em que, apesar das taxas de juro praticadas estarem ainda a níveis historicamente altos, a procura revela ser suficientemente forte para satisfazer as necessidades de financiamento dos vários países.
Ver mais em Público 03.09.2010
Dizer que "apesar das taxas de juro praticadas estarem ainda a níveis historicamente altos, a procura revela ser suficientemente forte" é um contrasenso.
A procura é forte precisamente porque as taxas são altas e portanto quem empresta pode impor-nos uma agiotagem que compromete o nosso futuro.
Como é que é possível congratularmo-nos com o facto de ainda haver alguém disposto a explorar os nossos vícios?
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Os outdoors de D. João V
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sexta-feira, setembro 03, 2010
Os artistas e a República
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quinta-feira, setembro 02, 2010
Novas tecnologias e formas de luta.
(dos jornais)
A situação é banal.
"O custo de vida aumenta o povo não aguenta", lembram-se?
O que constitui uma novidade é a inesperada influência das novas tecnologias nesta revolta.
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