Têm alguns defensores do “não” defendido que, devido à cada vez menor taxa de natalidade, não tem sentido, neste momento, vir, segundo eles, facilitar a IVG, pois estaríamos a contribuir para a diminuição daquela taxa e em último caso a agravar o défice da Segurança Social, pois quantos menos novos trabalhadores entrarem no mercado de trabalho, menores recursos haverá para pagar aos que se irão reformar. Este argumento é mesmo apresentado até à exaustão, com outros exemplos de igual jaez.
Matilde de Sousa Franco, no debate que se realizou no dia 30 na SIC Notícias, chegou mesmo a afirmar que o aparecimento da legislação liberalizadora da IVG que foi aprovada no pós-guerra na grande maioria dos países da Europa Ocidental (empregou mesmo o termo”moda”) teve a ver com a crença dos economistas de que haveria, dado o “baby-boom” que se verificou a seguir àquele conflito, um acréscimo de população e que por isso era necessário fomentar a diminuição de partos. Hoje, como isso não se verifica, seria uma prova de grande civilização (termos da autora) fomentar novamente novos nascimentos. É evidente que esta afirmação não é verdadeira, porque a maioria das legislações europeias sobre a IVG vêm dos anos 70 e 80, quando a situação de taxa de natalidade elevada já não se verificava.
Mas, o que é mais espantoso nas afirmações dos defensores do “não”, é que sem se aperceberem estão a introduzir nas suas ditas reflexões humanistas a problemática aterradora do Estado forçar, pela penalização das mulheres que abortam, o aumento do número de nascituros. No fundo, consideram, tal como os nazis que incitavam as mulheres alemãs a terem mais filhos para lutarem pela Nação, que a função da mulher é ser poedeira para garantir aos mais velhos uma reforma tranquila.
Penso que o “sim”, ao não desmontar esta armadilha e ao não acusar de nazis os defensores de tais ideias, se tem colocado, quanto mim, numa posição defensiva.
Seria importante, com a divulgação das medidas nazis para implementar a natalidade das alemãs de raça pura, confrontar estas “senhoras”, que tão pressurosamente nos vêm recordar que as nossas reformas estão em causa se votarmos “sim”, com os ideais do nacional-socialismo.
Em defesa dos chulos
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