O Governo anuncia catadupas de investimentos como se um génio fosse sair das chaminés e satisfazer os nossos três maiores desejos.
Já se percebeu que ninguém cuidou de verificar se os tais investimentos teriam consequências nefastas, os famosos impactos, antes do foguetório dos anúncios.
Em alguns casos verificou-se que o volume de emissões perniciosas, no quadro do tratado de Quioto, implicaria a compra de “licenças de poluição” cujo custo tornaria os projectos incomportáveis.
O que parece estranho é que se discuta a preservação ambiental como um freio ao nosso desenvolvimento em vez de considerar os malefícios reais da poluição para o futuro da nossa sociedade. Continua a apostar-se nos investimentos em indústrias do passado, apresentando como oportunidades os riscos que os outros já não querem correr.
Não será contraditório, por exemplo, querer aumentar a celulose em Setúbal e carregar ainda mais o parque de Sines, com químicas e refinarias, quando ao mesmo tempo se diz que o litoral alentejano entre essas duas cidades pretende constituir um novo polo de desenvolvimento baseado em turismo de qualidade ?
Então o “choque tecnológico” não devia levar-nos pelo caminho digital para a sociedade do conhecimento, para elevados padrões de incorporação e valorização dos nossos produtos e serviços ?
Ou agora já vale tudo ?
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Há 1 hora
1 comentário:
estou indignada!!!
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