quarta-feira, setembro 12, 2018

Os mitos dos eucaliptos


Os mitos dos eucaliptos
Hoje estive no interior do país, na zona dos Passadiços do Paiva. Ao longo do caminho vi constantemente cabeços, colinas e serras cobertas de eucaliptos de alto a baixo.
Apesar de toda a retórica da "limpeza das matas" do Cabrita, um cretino alçado a ministro, há eucaliptos e outras árvores ao longo das estradas. Em certos sítios os eucaliptos jovens, nas bermas, só faltava entrarem pela janela do carro.
Só alguém que vive num ministério em Lisboa pode falar do "ordenamento da floresta" como uma coisa económicamente viável. Milhares de hectares ocupados pelos eucaliptos, em encostas íngremes e pedregosas, dificilmente terão a sua ocupação modificada, até porque o eucalipto é uma árvore que depois de cortada, ou ardida, renasce a breve trecho de forma ainda mais caótica. Vêem-se vastas zonas ardidas há um ou dois anos em que os eucaliptos já crescem de novo sem qualquer intervenção humana.
O eucalitpto veio tornar produtivos muitos territórios que nada rendiam e, ainda por cima, reconstitui-se depois das catástrofes sem onerar os proprietários.
Para o bem e para o mal o eucalipto está para ficar, e todo o planeamento estratégico terá de partir desta realidade.

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