sexta-feira, setembro 29, 2017

O caso Marquês



O que é mais espantoso no caso Marquês são os silêncios que o rodeiam.
Há indícios e investigações que incidem sobre um primeiro ministro que terá sido corrompido em exercício de funções mas tudo decorre como se o governo de então fosse unipessoal, constituído apenas pelo "engenheiro" Sócrates.
O governo não era de Sócrates mas sim de um partido. Havia ministros e secretários de Estado, realizavam-se reuniões do conselho de ministros, havia certamente actas das decisões etc, etc.
Nenhum dos colegas do governo de então, que participaram ou assistiram às tomadas de decisão, sente necessidade de fazer depoimento para abonar o colega sob investigação? O Ministério Público não interroga os ministros e Secretários que tutelavam as áreas em que se suspeita ter havido decisões minadas por corrupção?
António Costa, Vieira da Silva, Augusto Santos Silva, Silva Pereira, Teixeira dos Santos, Manuel Pinho, Mário Lino, etc, etc, não têm nada a dizer com interesse para o processo?

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