Mário Centeno comprometeu-se a retirar Domingues do estatuto de gestor público para ele, entre outras coisas, não ter que declarar o património. Tinham plena consciência de estar a fazer uma coisa reprovada pela generalidade das pessoas, tanto assim que manipularam a data de publicação da lei, feita à medida, para coincidir com o início das férias parlamentares.
Na altura do compromisso eles pensavam que a manobra era suficiente para obter o efeito pretendido. Quando perceberam que afinal esse efeito não era viável, por causa de outra lei pré-existente, Centeno deixou de poder cumprir o resultado prometido embora tivesse cumprido a démarche.
Não só tinha feito negociatas duvidosas como, ainda por cima, fora incompetente.
A partir daí atirou o Domingues às feras e tentou passar por entre os pingos da chuva.
Mesmo que não se demita ficava-lhe bem reconhecer que errou. É que esse erro custou-nos dinheiro a nós todos; atrasou todo o processo da Caixa durante meses e degradou a reputação do banco público que tanto diz querer reabilitar.
Não se tratou de mera trica, teve consequências económicas sérias.
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