quarta-feira, julho 22, 2015

Fazer política com os copos



Fazer política com os copos
passamos a vida em discussões para decidir se o copo está meio cheio ou se está meio vazio.
De um lado os que acham que o país está muito melhor do que estava, embora não esteja bem, e do outro aqueles que acham que o país não está melhor embora tenha melhorias aqui ou ali.
Claro que esta discussão obedece aos ditames da luta partidária e sobe de tom à medida que as eleições se aproximam.
Pode argumentar-se que, digam o que disserem, a realidade não deixa de ser o que é mas tal não é inteiramente verdade.
As apreciações positivas reforçam a confiança e as avaliações negativas criam desânimo e passividade. Todos sabemos que no plano económico, nomeadamente para o investimento, a confiança é meio caminho andado.
Às vezes interrogo-me sobre o impacto económico das previsões pessimistas feitas, por razões partidárias, ao longo dos últimos quatro anos.
Felizmente, ao contrário do que muitas vezes acontece, não se converteram em profecias auto-realizadas. Mas cabe perguntar: quão diferente seria a nossa situação actual se não se tivessem sucedido profecias catastróficas de segundos resgates, de espirais recessivas e de impossibilidade de aceder os mercados de capitais?

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