O entusiasmo mediático com as dívidas do Passos Coelho, e o prolongamento artificial do tema no espaço público, têm tudo a ver com uma bomba-relógio chamada Sócrates.
A dramatização das dívidas é a última chance dos que querem desesperadamente antecipar as eleições para que elas aconteçam antes da bomba Sócrates rebentar.
É muito difícil defender com seriedade que as eleições legislativas de 2015 se façam sem que os portugueses saibam se o maior partido da oposição criou, manteve e apoiou até ao fim um governo onde a corrupção se praticava ao mais alto nível.
Por isso tenta-se criar artificialmente um clima de gravidade excepcional que justifique a antecipação das eleições e bombardeia-se Cavaco com sugestões e reprimendas.
Adicionalmente o caso das dívidas, e a ideia subjacente de que são todos iguais, ajuda a relativizar as culpas do próprio PS mesmo antes de elas virem a tornar-se o tema das próximas eleições.
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