terça-feira, dezembro 31, 2013
segunda-feira, dezembro 30, 2013
Que se lixo
Sou só eu que acho que esta greve é totalmente desproporcionada, ou seja, os males que causa à sociedade não são proporcionais à gravidade das ameaças que impendem sobre os direitos dos trabalhadores? Tanto quanto se sabe o que está em causa é a passagem da lavagem das ruas para a alçada das freguesias. Ninguém perde o emprego ou vê o salário reduzido.
domingo, dezembro 29, 2013
O prémio
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Os Ricos da Cultura
Os “ricos da cultura” são fácilmente reconhecíveis pois arrotam erudição e citações a propósito e a despropósito.
Ser culto é obviamente desejável. A cultura deveria sempre significar uma maior abertura e um aperfeiçoamento de quem a ela acede mas, em vez disso, é usada pelos “ricos da cultura” como instrumento de discriminação e mesmo de depreciação dos outros. Em vez de abrir pontes e horizontes justifica preconceitos e fanatismos.
Tal como os ricos do dinheiro os “ricos da cultura” não tiveram, na maior parte dos casos, qualquer mérito na obtenção do seu estatuto. Nasceram em famílias dadas à cultura, ou de intelectuais, e beneficiaram de outras oportunidades que não estão à disposição da generalidade dos cidadãos. A sua condição de pessoas cultas era praticamente inevitavel, independentemente das suas qualidades pessoais.
Os “ricos da cultura” têm, como os outros ricos, os seus clubes privados com reserva de admissão e os seus próprio códigos e etiquetas.
Os “ricos da cultura”, na sua infinita auto-estima, esquecem-se de que o saber humano é uma herança indivisa recebida dos milénios. Que só faz sentido quando é posta ao serviço da comunidade.
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sexta-feira, dezembro 27, 2013
Hoje a Louise amanheceu espapaçada
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quinta-feira, dezembro 26, 2013
Depois do Futuro por Rui Ramos
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quarta-feira, dezembro 25, 2013
O Século do meu Pai
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terça-feira, dezembro 24, 2013
Operários do Natal
Quando os meus filhos eram crianças, durante o PREC e durante mais algum tempo, este disco tornou-se culto no nosso Natal. Preservei o LP durante muitos anos e depois foi também preciso arranjar a versão em CD. Ainda hoje o lembramos, e tocamos, todos os anos.
Agora a minha neta também já sabe estas belas canções tão impregnadas por esse tempo inesquecível que ela não percebe ainda.
Textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa.
Músicas de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho.
A narradora é a Maria Helena D’Eça Leal.
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segunda-feira, dezembro 23, 2013
O suplemento do sino
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sexta-feira, dezembro 20, 2013
terça-feira, dezembro 17, 2013
Ler também as letras pequeninas
Quando o desemprego começou a baixar nasceu a tese da sazonalidade.
Quando a sazonalidade se tornou inverosímil nasceu a tese da emigração como explicação para a redução do desemprego.
Agora que houve aumento no emprego, e a tese da emigração já não funciona, publica-se a notícia em letras pequeninas.
Para ver se passa despercebida.
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domingo, dezembro 15, 2013
Portugal vs Irlanda
Portugal vs Irlanda
fala-se muito das diferenças e das semelhanças entre os dois países.
O que raramente se refere é que, desde o princípio de 2011, o governo da Irlanda é uma coligação dos dois maiores partidos. O Fine Gael (36%, de direita) e o Labor (19%, de esquerda).
A estabilidade do sistema político pode ter sido a principal vantagem da Irlanda durante o processo de recuperação.
http://en.wikipedia.org/wiki/Irish_general_election,_2011
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quinta-feira, dezembro 12, 2013
Soneto
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segunda-feira, dezembro 09, 2013
É um equívoco propor o derrube imediato do governo
- É !
- Porquê ?
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domingo, dezembro 08, 2013
A China é um planeta
Fui ver o novo filme de Jia Zhang-Ke.
Quatro histórias de violência, interessantes, mas sem o fulgor de "24 City".
As situações são extremas neste filme mas os depoimentos intimistas de "24 City" eram bem mais tocantes e não tinham este leve sabor a "filme de acção".
Não é difícil supor que existem violências na China, dada a sua dimensão (quatro vezes a população dos Estados Unidos) e a brutalidade das transformações em curso.
Por isso a violência explícita não revela grande coisa.
quinta-feira, dezembro 05, 2013
Vendo as coisas em perspectiva
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segunda-feira, dezembro 02, 2013
sexta-feira, novembro 29, 2013
Equívocos
Há dois tipos de equívocos que atrasam o avanço da humanidade para um novo patamar nas relações sociais e no desenvolvimento:
1. Não conseguir imaginar a produção em sociedade sem ser na base do trabalho assalariado; sentir-se perdido quando falta um patrão a quem entregar o esforço e a inteligência.
2. Pensar que tudo se resolve substituindo as empresas por um super-patrão universal chamado Estado, de quem todos os cidadãos seriam empregados em troca de um salário
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segunda-feira, novembro 25, 2013
25 de Novembro
há 38 anos eu era um jovem oficial dos fuzileiros, desmobilizado da guerra na Guiné em 1970, e com um emprego bem pago numa grande empresa internacional.
Nesse 25 de Novembro estive uma noite inteira à espera da espingarda G3 com que tentaria defender a Revolução dos Cravos das perversões da democracia burguesa.
Alta madrugada vieram dizer-nos qualquer coisa que me soou a "a Revolução falhou" ou "o 25 de Abril acabou", o que para nós era quase a mesma coisa.
Só me lembro das lágrimas a correr-me na cara enquanto conduzia pela segunda circular.
Eu estaria provávelmente a tentar uma revolução impossível, eu estaria talvez equivocado, mas aquelas lágrimas não. Nunca mais as esquecerei.
Os homens contra quem eu então lutava figuram na fotografia deste post.
O chefe da CIA em Portugal, Carlucci, orquestrou as operações com Mário Soares e com os militares como Vasco Lourenço, atrás dos quais se acantonaram todos os "reaças".
É portanto com revolta que vejo hoje estes mesmos figurões, a quem não dou qualquer crédito, afivelarem uma máscara revolucionária, patrocinando uma insurreição de opereta.
Se queriam uma "democracia popular" deviam ter aproveitado a oportunidade que lhes demos em 1975.
Nessa altura, apesar de tudo, fazia muito mais sentido.
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sábado, novembro 23, 2013
sexta-feira, novembro 22, 2013
O golpismo senil
O golpismo senil
com apelos inconstitucionais ao derrube violento do governo e da presidência, com a tentativa de manipulação dos polícias numa insurreição de "escada acima, escada abaixo", remete Portugal para os piores pesadelos da farsa sul-americana.
E vai custar caro ao país em juros da dívida.
terça-feira, novembro 19, 2013
sábado, novembro 16, 2013
Turismo
O presidente da CCP, João Vieira Lopes, considerou de positivo o crescimento da economia portuguesa em 0,2% no terceiro trimestre do ano, face ao período anterior, embora tenha dito que “era expectável” devido, sobretudo, ao bom ano turístico.
Publituris, 14 de Novembro
Não era este mesmo senhor que dizia que o IVA da restauração a 23% mataria o turismo ?
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segunda-feira, novembro 11, 2013
IMAGINE
Imagine, por instantes, que um ministro qualquer terá dito na Conchinchina uma frase inconveniente, potencialmente causadora de danos ao interesse nacional.
Agora imagine, por absurdo que pareça, que toda a gente desata a falar do assunto a toda a hora, em todas as televisões e jornais, amplificando o efeito nefasto da gaffe.
Como se pretendessem garantir que toda a população mundial toma conhecimento da bujarda.
Isto faz algum sentido ?
sábado, novembro 09, 2013
O Estado e o impasse da esquerda actual (texto 4)
A nossa imagem do Estado está bastante deformada.
O Estado, puro e duro, esconde-se sempre atrás do “Estado Social” como se tudo o que faz tivesse um carácter benfeitor.
O próprio “Estado Social”, no seu gigantismo, refugia-se sempre por trás da ideia sedutora de que só existe para acorrer aos desvalidos sem outra salvação. Mas os números mostram que as prestações sociais entregues aos muito carenciados (idosos pobres, desempregados, doentes sem meios próprios) são uma gota de água no Orçamento do Estado.
Procura-se convencer os incautos de que o “Estado Social” é pago pelos ricos, a quem "foi imposto pela justa luta das classes trabalhadoras", e beneficia de forma decisiva “os mais desfavorecidos”. Mas a verdade dos números é bem diferente: quem o paga são os próprios trabalhadores já que, no seu conjunto, entregam muito mais em impostos, e todo o tipo de contribuições, do que recebem.
O grosso do Orçamento é gasto com empresas fornecedoras de bens e serviços, com os funcionários do próprio Estado e em prestações sociais entregues a cidadãos que teriam, se necessário, rendimentos suficientes para as pagar.
E para onde vai a diferença entre aquilo que os cidadãos entregam ao Estado e o valor dos serviços dele recebidos?
Os jornais estão cheios de notícias sobre
- Entidades públicas redundantes, ou mesmo prejudiciais, que se eternizam sem produzir nada de útil. Os incontáveis institutos, comissões, observatórios, altas autoridades, etc.
- Obras públicas que custam três ou quatro vezes mais do que o valor ajustado
- Medicamentos e exames de diagnóstico redundantes ou comprados por preços leoninos (quando não em claro esquema mafioso)
- Ordenados exorbitantes de gestores de empresas públicas que os próprios se auto-atribuem (sempre acompanhados de uma miríade de complementos como cartões de crédito, seguros de vida, prémios de gestão, despesas de representação 14 meses por ano e outros)
- Pensões de reforma cujos elevados montantes não têm qualquer correspondência com os descontos efectuados pelos beneficiários
- Múltiplos ordenados dos “eleitos locais” obtidos nas empresas municipais por eles criadas
- Subvenções mensais vitalícias e subsídios de reintegração atribuídas aos políticos.
Estes exemplos, entre muitos outros, configuram aquilo que podemos designar como uma exploração de segundo nível.
Marx explicou a exploração como a apropriação pelos capitalistas da diferença entre o valor produzido e o montante dos salários mas não podia adivinhar que em pleno século XXI um segundo nível de exploração se viria sobrepor.
O salário que os trabalhadores deveriam levar para casa, já amputado da mais-valia, é ainda “assaltado” pelo IRS e pelas contribuições para a Segurança Social, quando metem gasolina ou compram tabaco, quando compram casa, quando vão ao supermercado, em suma, constantemente.
Em muitos casos este segundo nível de exploração é ainda mais intenso do que a exploração laboral convencional.
Os beneficiários desta exploração configuram uma casta, complementar das tradicionais classes possidentes, que se apoderou da nossa democracia e que, pelos seus erros e cupidez, acabará por a destruir.
É por isso que a reforma do Estado nunca passará de um guião.
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