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segunda-feira, agosto 12, 2024

Deixemos a baixa como sala de visitas


Deixemos a baixa como sala de visitas,
onde recebemos e confraternizamos com os estrangeiros que nos procuram. Ninguém leva as visitas para o quarto de dormir.
Lisboetas a viver na Baixa seriam sempre uma ínfima minoria de endinheirados.
Passei ontem a tarde na Baixa. Fui visitar o MUDE. Os estrangeiros dão à Baixa um ar de festa, não me incomodam nada.
Vivo na freguesia da Portela e Moscavide. Tenho jardins, estacionamento e calma. Quando me quero divertir vou à Baixa onde não gostaria de viver (mesmo antes de haver lá muitos turistas)

terça-feira, agosto 06, 2024

O centro de Lisboa como “mito urbano”


O centro de Lisboa como “mito urbano”


Partidos jovens, ou influenciados por jovens, falam constantemente de um mítico “centro de Lisboa” e propõe-se voltar a um tempo bucólico que não existiu.
Culpam os turistas e o “alojamento local” da “gentrificação”, como se a Baixa tivesse sido alguma vez um bairro popular onde as vizinhas pediam salsa umas às outras pela janela.
Por acaso trabalhei numa loja da Rua Augusta nos anos cinquenta e nunca vi tal coisa. Em Alfama, Mouraria e quejandos esse mundo existiu mas até há pouco tempo não passava pela cabeça a ninguém ir morar para aquelas casas decrépitas, sem comodidades.
Na baixa os bancos tomaram conta de quarteirões inteiros e ninguém tinha dinheiro para comprar lá uma casa, mesmo que quisesse viver no meio do frenesim.
As pessoas da classe média, do funcionalismo, procuravam casas modernas em ruas desafogadas nas avenidas novas, na Avenida de Roma ou em Alvalade.
Os menos endinheirados, os pequenos lojistas, os pequenos empregados e caixeiros, iam para mais longe.
Os meus pais foram para a Alameda das Linhas de Torres para viverem numa casa moderna.
Eu próprio, nos anos setenta, com dois bons ordenados da IBM, fui viver para a Urb da Portela, entre Moscavide e Sacavém.
Se alguém me tivesse então sugerido o “centro de Lisboa” teria soltado umas boas gargalhadas.
Haja pachorra

terça-feira, janeiro 12, 2016

domingo, maio 11, 2014

Lisboa é tão linda




domingo, janeiro 19, 2014

Mistério

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A dois passos da Estação do Oriente continua a existir esta ruína de uma "fábrica".
Não faço a mais pequena ideia das razões de tal sobrevivência.






segunda-feira, novembro 12, 2012

Recordações de Riga









Arquitectura em Riga, Letónia.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Amo Lisboa

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Novembro 2005

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sexta-feira, maio 27, 2011

Há mais vida para além da bancarrota

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Há mais vida para além da bancarrota

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domingo, fevereiro 27, 2011

Hoje é dia do Senhor

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Hoje é dia do Senhor.
Recomendo a belíssima Matriz de Loures.

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quinta-feira, abril 08, 2010

Hábitos de rico em país de pobres

(fotografado com o telemóvel)


Percorro este passadiço sobre as àguas, em frente ao Pavilhão de Portugal na Expo, quase todos os dias desde há vários anos. Regularmente regressa uma equipa de manutenção que se dedica a substituir as ripas de madeira do pavimento que entretanto apodreceram ou se partiram.

Que o arquitecto não se tenha lembrado de que a madeira, naquelas condições ambientais, iria ter um elevado custo de manutenção é lamentável. Que os gestores da Parque Expo ainda não tenham resolvido substituir as ripas por outras mais resistentes e duráveis (PVC ?) é ainda mais inaceitável.

Por todo o país este tipo de desleixo é multiplicado por milhares de casos. As obras querem-se lindas, para encher o olho, mas ninguém se preocupa muito com aquilo que se vai gastar na sua manutenção. Quem vier atrás que feche a porta.

Por isso já nem ficamos admirados quando nos dizem que foi comprada uma frota de helicópteros sem cuidar de negociar, à partida, um contrato de manutenção. A gravidade é maior mas o desleixo subjacente é o mesmo.

Hábitos de rico em país de pobres.
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terça-feira, março 23, 2010

Boas notícias sobre as cidades



O Fórum Urbano Mundial foi estabelecido pelas Nações Unidas para analisar um dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta hoje: a rápida urbanização e seu impacto nas comunidades, cidades, economias, mudanças climáticas e políticas.

O tema do FUM5 é “O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido” e decorre entre 22 e 26 de Março de 2010, nos armazéns da zona portuária do Rio de Janeiro.
Na abertura que ocorreu ontem o UN-HABITAT, United Nations Human Settlements Programme, divulgou um relatório com dados interessantes sobre as cidades que os brasileiros, como anfitriões, têm estado a comentar intensamente.

Em todo o mundo, o relatório estima que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em assentamentos precários entre 2001 e 2010.
A redução na proporção de moradores de assentamentos precários no Brasil é atribuída a políticas que "aumentaram a renda dos pobres urbanos", à redução do crescimento populacional e a programas de urbanização, entre outros.

Segundo o relatório, a desigualdade nas cidades brasileiras é "muito alta", no mesmo patamar de centros urbanos de países como Colômbia, Argentina, Etiópia e Zimbábue.
Pequim surge no Relatório como a cidade com menor desigualdade segundo o coeficiente de Gini.




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Desigualdade nas Cidades
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Cidade..........Coeficiente de Gini


Pequim
..........0,22
Hanói ..........0,39
Amã ..........0,39
Caracas ..........0,39
Washington ..........0,537
Brasília ..........0,6
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quarta-feira, novembro 25, 2009

A Casa das Histórias

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Belíssimo edifício. Pirâmides que se transformam em chaminés por obra e graça do génio de Paula Rego, que arde lá dentro. É a "Casa das Histórias" em Cascais, de visita obrigatória.


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segunda-feira, junho 22, 2009

A loucura dos 'OUTDOORS'

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Numa rua perto de si, em Lisboa tal como por todo o país, mais e mais 'outdoors' erguem-se sobre as suas patas para nos convencer.
Quando ainda está bem acesa a polémica sobre a data das eleições, e se ouve falar tanto sobre a necessidade de as campanhas serem esclarecedoras, a proliferação dos 'outdoors' é um tema inescapável. Será que para além de poluirem cada vez mais o nosso espaço público eles contribuem realmente para o nosso esclarecimento? Duvido.
As mensagens comerciais ou políticas que veículam, se é que a diferença ainda existe, não passam de slogans simplistas, toleráveis quando se aplicam aos sabonetes mas inadequados para nos revelar planos sérios de governação.
Os 'outdoors' acabam por funcionar como instrumentos de ostentação, e diferenciação, dos partidos que têm mais dinheiro. Aparecer, aparecer mais do que os adversários pelas ruas do país parece ser, à falta de melhores argumentos, a panaceia da democracia.
Ninguém está preocupado com esta poluição visual (e espiritual) para a qual a política, convenhamos, só contribui de vez em quando ao sabor dos calendários eleitorais.
Mas por este pecado alguém, algum político, devia ser castigado.
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quarta-feira, junho 17, 2009

Uma espécie de conceito de cidade

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Referindo ao presidente do ACP, o autarca de Lisboa acusou Carlos Barbosa de ser o presidente do 'partido dos automóveis', enquanto 'nós estamos aqui para representar pessoas'.
(afirmações de António Costa a propósito do diferendo com o ACP relativamente às obras no Terreiro do Paço) CM, 16.06.2009
Mesmo admitindo que possam ser fruto de um acesso de irritação estas afirmações são extremamente preocupantes pelo que revelam sobre a atitude do Presidente da Câmara de Lisboa relativamente aos cidadãos que se deslocam em automóvel. Para ele parece que os ocupantes dos veículos não chegam sequer a ser pessoas.
Se ele contrapõe o "partido dos automóveis", que presumo devem ter usurpado o poder dos seus proprietários e condutores, à "representação das pessoas", pode concluir-se que as verdadeiras pessoas são as que estão fora dos automóveis.
Este tipo de slogans, de um primarismo indigente, é mais próprio de fanáticos e catastrofistas que de responsáveis políticos. Mas no melhor pano cai a nódoa.
A Baixa de Lisboa, entretanto, está realmente um caos. Ontem calhei passar por lá e estava a ver que não conseguia sair. Só depois de consultar um polícia de trânsito consegui perceber como sair na direcção de Santa Apolónia, mas isso só foi possível desrespeitando uma proibição de virar à direita.
Estamos entregues a "teóricos" cuja principal especialização é odiar os automobilistas.
O seu ideal de cidade é "uma espécie de campo" mas, inconscientes da contradição, no campo constroem urbanizações para o campo ser "uma espécie de cidade".
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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Biografia de ponta

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"A Vida Privada de Salazar", a minissérie apresentada recentemente na SIC e que levantou tanta polémica, já teve consequências.
Parece que os promotores do abaixo-assinado para repor o nome "Ponte Salazar" estão a ponderar a substituição por "Ponta Salazar".

domingo, novembro 16, 2008

Um Império embalsamado, ou seja, virtual

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O GOOGLE já nos permitia viajar no espaço sem fazer log off.
Agora vai ainda mais longe e permite-nos também viajar no tempo. Nada mais nada menos do que à Roma imperial (veja o vídeo).

Aproveite para ver o antigo Império antes que o Império actual, e estas maravilhas tecnológicas, se afundem no caos.

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quinta-feira, julho 17, 2008

Juntar o útil ao agradável

Salvador

Portugal vai ter um plano para recuperar o património histórico português espalhado pelo mundo. A resolução, aprovada ontem em Conselho de Ministros, pretende ser simbólica e assinala o facto de ser o País que tem, fora das suas fronteiras, o maior número de património edificado classificado pela UNESCO. São 21 monumentos espalhados pelo mundo contra os 13 existentes no território nacional. (DN, 17.07.2008)

Aqui está, finalmente, uma notícia moralizante.
Ao fim de vários séculos a espalhar boa arquitectura pelo mundo não seria altura de começarmos a exportar os "patos bravos" que construiram a "cintura de Lisboa" ?


Mazagão

quinta-feira, junho 26, 2008

Piruetas de cimento

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O Público diz-nos que o Dubai e Moscovo vão ter os primeiros edifícios "arranha-céus giratórios".
Não sei se é agradável viver num carroussel, se dá tonturas, se gasta demasiada electricidade, e por aí fora. Mas tenho a certeza de uma coisa, defende os cidadãos dos maus arquitectos. Mesmo os mamarrachos nunca serão os mesmos durante muito tempo.

Os erros dos médicos vão para debaixo do chão mas os erros dos pobres arquitectos ficam expostos durante muito tempo mesmo depois de, eles próprios, terem morrido (se a construção tiver sido boa).

Se o nosso primeiro ministro tivesse tido acesso a esta tecnologia não estaria hoje a ouvir tantas piadas acerca da qualidade dos projectos que assinou lá na terra dele, quando era jovem.

terça-feira, abril 08, 2008

A ponte é uma miragem...

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O "Prós e Contras" de ontem, em pleno contraditório de especialistas, tornou claro que alguns argumentos dos adversários da ponte Chelas-Barreiro são infantilmente inconsistentes. A saber:
- As fotomontagens com que se pretendia antever o impacto visual da nova ponte, e que a comunicação social divulgou amplamente, estão grosseiramente erradas. Correspondem a uma ponte com pilares da ordem dos 500 metros de altura (na ponte projectada têm menos de metade).
- Os 60.000 automóveis que a nova ponte viria a "despejar" em Lisboa são afinal 30.000 e desses uma parte significativa entraria na cidade de qualquer modo pelas outras pontes já existentes.
É aterradora a falta de consistência dos "especialistas" que pululam na nossa sociedade e também a falta de controle com que toda a espécie de argumentos e teses invade diáriamente o nosso mundo mediático saturado de "unsound bites" (já tinha referido a nova ponte AQUI).
Helena Roseta, com medo dos 60.000 carros invasores, e Luís Filipe Menezes com a proposta do tunel da Trafaria, atiraram-se como gato a bofe à nova ponte ainda antes de terem validado a informação em que se estavam a basear. Um espectáculo triste.
Conclusão: quer se trate do Tibete, do aquecimento global, dos acidentes de viação ou de outra "evidência" qualquer constitui um acto de cidadania recusar embarcar acriticamente na carneirada geral.
De cidadania e de saúde mental.

quinta-feira, abril 03, 2008

Os "velhos do Restelo" mudaram-se para o "mar da palha"

Muito antes da decisão do governo sobre a nova ponte já decorria o campeonato da "terceira travessia", uma espécie de "terceira via" para a outra banda.
Os especialistas esgrimiram na praça pública mas a profundidade das estocadas escapa ao cidadão comum.
A única coisa que me parece compreender é que a versão Beato-Montijo "amarra" na margem Sul quase no mesmo ponto em que "amarra" a Vasco da Gama. Assim, à vista desarmada, parece redundante.
Mas o que tem mais piada é a vertente estética. Houve logo quem saltasse contra a poluição do "sistema de vistas" e até avançasse com"antevisões" da catástrofe.
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O mais curioso é que a argumentação (por exemplo do TIS) procede como se a introdução de um elemento novo numa paisagem tivesse consequências inevitavelmente negativas.

A partir deste pressuposto, cuja validação é elegantemente dispensada, adiantam-se argumentos e até se computa em 170.000 o número de habitantes com as "vistas" afectadas, sem contar com os turistas. Tudo isto para concluir que a versão Beato-Montijo é muito melhor dado "distanciar-se ao máximo das colinas históricas".

Não consigo concordar em abstracto com tais teses já que, na prática, conheço situações em que o diálogo entre o contemporâneo e o "histórico" tem resultados excelentes; para não ir mais longe cito o caso do CCB que tendo provocado há uns anos muita celeuma aí está para mostrar que o convívio com os Jerónimos pode ser enriquecedor.

Deixem-me fazer uma pergunta: o estuário do Tejo seria mais interessante, ou mais bonito, ou mais "estético" sem a Ponte 25 de Abril ?

Quando o Salazar decidiu a "Ponte sobre o Tejo" não existiam, é certo, estas mordomias de discordar e fazer escândalo nos jornais. Era calar e comer. Mas hoje alguém tem dúvidas sobre o impacto positivo da elegância e majestade da ponte sobre todos os que visitam Lisboa ?

A ponte 25 de Abril avista-se do Terreiro do Paço, do Castelo, da Torre de Belém, de quase todos os miradouros de Lisboa. Passa pela cabeça a alguém que a ponte constitui uma degradação da paisagem que prejudica o turismo ?

Os "velhos do Restelo" mudaram-se para o "mar da palha".

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