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quinta-feira, julho 18, 2019

Nem racismo nem o seu aproveitamento partidário


O meu filho mais novo, no seu quarto de dormir, há mais de 40 anos.
Quando hoje vejo os garotos brancos e os garotos negros do infantário, ou do básico, de mão dada, não consigo deixar de me emocionar.
Acho que esse convívio infantil, sem preconceitos, faz mais contra o racismo do que mil discursos retóricos de eleitoralismo partidário.

segunda-feira, agosto 27, 2018

Feira de Grândola



Uma tradição familiar

sexta-feira, março 30, 2018

O primeiro troféu



Rafaela Redondo com o 
troféu de "Melhor Jogadora"(sub 11) 
no torneio de Almeirim (30.03.2018)

sábado, junho 20, 2015

GENESIS



GENESIS
Levei lá a minha neta Rafaela que tem sete anos.
No caminho ela receava "ir levar uma ganda seca".
Mas acabou por ver a exposição muito divertida e eu deixei-me conduzir por ela, seguindo o percurso das fotografias que mais a interessavam.
Recomendo vivamente que levem os filhos e netos para lhes falar sobre as maravilhas do planeta e a grande diversidade dos humanos e das suas vidas.
Depois não se esqueçam de lhes falar da enorme aventura que foi a vida do fotógrafo, o grande homem Sebastião Salgado.

quarta-feira, junho 03, 2015

A mãe




Uma foto da minha mãe, há muitos anos, de que gosto bastante
eu apareço reflectido do vidro da janela

quinta-feira, setembro 04, 2014

126 anos de Kodak


Neste dia, há 126 anos, foi registada a patente da primeira Kodak

"The first successful roll film hand camera, the Kodak, was publicly launched in the summer of 1888. Inventor George Eastman received a patent (number 388,850) for the camera’s shutter and the trademark (number 15,825) for the Kodak name on September 4, 1888. The immediate triumph of the camera prompted Eastman to change the name of his company from Eastman Dry Plate and Film Company to Eastman Kodak Company in 1892."
http://eastmanhouse.org/

sexta-feira, julho 11, 2014

Quem tem unhas...



Sentei-me lá fora no quintal, apreciando a brisa.
Lembrei-me de cortar as unhas, tarefa necessária e por demais introspectiva.
De repente reparei que uma formiga tinha pegado num minusculo pedaço da minha unha e corria com ele, como se fosse a bandeira de uma preciosidade qualquer.
Senti-me importante.

segunda-feira, junho 30, 2014

Oito anos

Fez ontem oito anos que a minha mãe morreu

segunda-feira, junho 09, 2014

10 anos



Quando soarem as 12 badaladas o meu querido diário, perdão, blog fará dez anos de vida. Parece que foi ontem.

terça-feira, abril 29, 2014

Eu vou nos 16790



Fiz ontem as contas e foram mais de trinta mil os dias em que adormecemos e acordámos juntos, na cama onde agora te escrevo e de onde espero sair para ir de novo até ti. Trinta mil dias a olhar-te dormir, a saber o frio ou o calor do teu corpo, a perceber o que te doía por dentro, a amar cada ruga a mais que ia aparecendo. Trinta mil dias de eu e tu, desta casa que um dia dissemos que seria a nossa (que será de uma casa que nos conhece tão bem quando já aqui não estivermos para a ocupar?), das dificuldades e dos anseios, dos nossos meninos a correr pelo corredor, da saudade de nos sabermos sempre a caminho de sermos só nós. Trinta mil dias em que tudo mudou e nada nos mudou, das tuas lágrimas tão bonitas e tão tristes, das poucas vezes em que a vida nos obrigou a separar (e bastava uma tarde longe de ti para nem a casa nem a vida continuarem iguais). Trinta mil dias, minha velha resmungona e adorável. Eu e tu e o mundo, e todos os velhos que um dia conhecemos já se foram com a velhice. Nós ainda aqui estamos, trinta mil dias depois, juntos como sempre. Juntos para sempre. Trinta mil dias em que desaprendi tanta coisa, meu amor. Menos a amar-te.

Pedro Chagas Freitas,
in "Prometo Falhar"


Encomenda de exemplares autografados exclusivamente através do e-mail
pedrochagasfreitas1@gmail.com

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Hoje a Louise amanheceu espapaçada


quarta-feira, julho 03, 2013

Requiem por um pássaro

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Requiem por um pássaro
Hoje assisti à morte de um pássaro.
A morte de qualquer animal impressiona sempre mas os pássaros é como se fossem mais vivos do que os outros.
Ele estava pousado e imóvel, este pássaro de palmo, e abria o bico como se quizesse gritar. 
A minha aproximação causou-lhe terror apesar do estado em que se encontrava. Como eu não sabia o que fazer afastei-me.
Quando tornei a olhar ele tinha caído de borco.
Aproximei-me de novo e assisti consternado ao estrebuchar que terminou num longo estiramento das patas.
Depois foi a imobilidade e um olho aberto e muito fixo que marcou o meu dia.

terça-feira, maio 28, 2013

Alentejo maravilhoso


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Alentejo maravilhoso

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quinta-feira, março 28, 2013

A Força da Fotografia

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A Força da Fotografia 

Uma história tocante contada por Nancy Martha West, autora do livro 
"Kodak and the Lens of Nostalgia"

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quarta-feira, dezembro 26, 2012

A minha prenda do Natal

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A Louise, a minha prenda do Natal. Todos os dias.

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segunda-feira, abril 30, 2012

As nuvens de Lisboa

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Um fim de tarde glorioso, hoje, em Lisboa.

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sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Telma & Louise

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Recentemente experimentei um regresso ao formato 6X6 analógico, passados mais de 40 anos, com uma réplica da máquina que tive no fim dos anos 60. YASHICA 124G. Apresento-vos a Louise, uma das minhas duas gatas (a outra é a Telma que figura mais abaixo)








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segunda-feira, novembro 09, 2009

O meu próprio muro

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Nesta época de comemoração da Queda do Muro, em Berlim, resolvi fazer também a minha "reflexão". Dá-me muito gozo ver a forma como certas pessoas comemoram a queda do muro pois sei que, se algum dia houvessem tido o engenho de tomar o poder, teriam construído um ainda mais alto e mais grosso.

Em geral creio que a queda do muro não ensinou tanto quanto seria de esperar. Continuamos a ver o vanguardismo florescerer e o espírito crítico e auto-crítico constitui uma raridade. O doseamento e a moderação nas convicções por parte de quem, como nós, tantas vezes errou é muito mal compreendido. O voluntarismo e o queimar das etapas, o desprezo pelos processos de fundo em favor das modas e do efémero, marcam aliás a nossa época. Novas élites auto-nomeadas mostram-se prontas para qualquer engenharia de ocasião.

Quando o muro físico caíu já eu levava vinte e três anos de militância sincera no PCP com base em ideais que, na sua essência, continuo a perfilhar: a construção colectiva de um novo patamar social em moldes mais justos e não o sindicalismo assistencial que hoje parece estar na moda, à mistura com umas provocações de índole sexual para épater le bourgeois.

Quando visitei Berlim pela primeira vez já não era um neófito do "socialismo real" nem da RDA. A minha estreia ocorrera em 1979 na Hungria e depois em 1980, quando as nuvens ainda não toldavam o horizonte, em Moscovo, no Cazaquistão e na Sibéria. Meses depois da ascensão de Gorbatchev, em 1985, percorri de automóvel durante um mês, e em campismo com os meus filhos, o Sul da RDA, a Checoslováquia e a Hungria (uma viagem cujas peripécias ainda um dia contarei).

Em Fevereiro de 1986, aproveitando uma viagem profissional a Berlim, usei a estação de metro em Friedrichstrasse como porta de passagem para Berlim Leste e percorri essa parte da cidade, a pé, debaixo de uns inclementes dez graus negativos durante o fim de semana.


No sábado almocei com um grupo de polacos e polacas no restaurante giratório do alto da torre da TV na Alexander Platz. Um almoço grastronómicamente sem história mas muito interessante nas conversas. Depois fui descobrir o fantástico museu Pergamon, assim nomeado por conter o Templo de Zeus roubado na cidade do mesmo nome (onde estive em 1995) na costa turca do mar Egeu.

No domingo tornei a passar para Berlim Leste e depois das demoradas formalidades da fronteira era já hora de almoçar. Entrei num restaurante que funcionava num primeiro andar e o empregado, como as mesas estavam todas cheias, não hesitou em sentar-me na companhia de três belas jovens.


Foi mais uma oportunidade para perceber o que pensavam os alemães do "outro lado". As jovens estavam de visita a Berlim por pertencerem a um grupo folclórico de uma região que não fixei.

Passámos o almoço a discutir acerca da diferença entre não viajar por estar impedido legalmente e não viajar por não ter dinheiro para o fazer. Tornou-se claro para mim que, fosse qual fosse o sucesso económico e social do regime comunista, o simples facto de não se poderem deslocar livremente constituía para os alemães do leste um problema obsessivo.


Só voltei a Berlim dez anos mais tarde, em 1996, quando já me tinha afastado da militância no PCP. Neste momento estou a planear ir de novo a Berlim para ver a nova arquitectura na Alexander Platz e voltar à extraordinária ilha dos museus.


terça-feira, junho 09, 2009

Por pau de canela e Marzagão

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Porta do Mar, em Marzagão. Fotografada por mim em 1983

Considero excepcional o conjunto de construções e de palavras que os portugueses deixaram pelo mundo desde o Século XV.

Não me parece que o concurso para escolher as "sete maiores maravilhas" tenha grande interesse a não ser como forma de trazer este património para primeiro plano. Também acho deplorável, se não mesmo ridícula, uma petição que tenta misturar com o dito concurso uma espécie de "disclaimer" de arrependimento colectivo, sem perceber que esse tipo de questões se situa num nível diferente.

Quando vejo um forte construído a milhares de quilómetros da costa brasileira em plena amazónia, ou uma velha angolana numa igreja barroca de Luanda, ou um senhor Silva em Baçaim que já nem fala português, ou as ruínas de S. Paulo resistindo aos casinos de Macau, ou umas telhas portuguesas no Uruguai, ou a rua da Carreira em Marzagão, ou os dois fortes empoleirados em Mascate, sinto uma grande emoção. E podem crer que não sou dado ao patrioteirismo.

É preciso ser tosco para não entrever uma gigantesca epopeia em tudo isto, para não ouvir os gritos de alegria e de dor que ecoram por todos os continentes como os grandes poetas (e músicos como Fausto e Vitorino) tão bem explicaram, para não perceber o elevadíssimo sentido humano e humanista dessa enorme aventura de cuja memória nunca cuidámos suficientemente e de que, alguns, parecem preferir envergonhar-se.

A esta escala não há, tanto quanto sei, nada que se compare. .

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segunda-feira, maio 25, 2009

A mentira das imagens (2)

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Eu cresci numa casa onde os livros eram um objecto raro. Teria eu uns cinco ou seis anos (nasci em 1945) a Editorial Século, ligada ao jornal que então ostentava esse nome, publicou dois grandes e grossos volumes intitulados "50 Anos da História do Mundo, 1900-1950".

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Por razões que desconheço o meu pai, que fazia comércio com artigos de segunda-mão, adquiriu estes enormes livros, que eu tinha dificuldade em mover, e resolveu levá-los para casa. Foram aquelas 1400 páginas pejadas de fotografias que fizeram as vezes da televisão que então não existia.
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O primeiro volume era integralmente dedicado à política internacional enquanto que o segundo continha vários capítulos dedicados às artes e terminava com a parte relativa ao meio século português.
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Vem tudo isto a propósito de algumas reflexões que tenho feito acerca da minha atracção pelas imagens e da importância que lhes atribuo no processo da comunicação em competição ou complemento com os textos. Tenho-me interrogado sobre as razões de tal sortilégio.
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Creio que o meu contacto com este enorme livro ilustrado, numa fase do meu desenvolvimento em que não conseguia compreender o alcance dos textos e não tinha ninguém que me ajudasse a descodificá-los, deve ter estado na origem do meu interesse pela imagem e, em particular, pela fotografia.
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Passei a vida a reencontrar as imagens que descobrira nas longas horas que passava a folhear o livro e, ainda hoje, algumas dessas imagens são referenciais para mim. Quadros de Picasso ou Klee, rostos de compositores ou poses de bailarinos, ficaram impressas na minha memória com enorme força, numa época em que as imagens ainda não proliferavam por todo o lado.
Quando perante uma imagem sou atacado pelo "déjà vu" suspeito sempre de que seja apenas mais um afloramento do calhamaço.
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Em Abril iniciei estas deambulações sobre as imagens e o seu significado (ver aqui).
Dentro em breve voltarei a este tema que me interessa bastante.
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