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quinta-feira, abril 17, 2014

A instrumentalização dos Capitães de Abril



A instrumentalização dos Capitães de Abril
Desde o primeiro dia, desde o próprio 25 de Abril e da acção revolucionária dos "capitães", começaram as tentativas de instrumentalizar os militares para os pôr ao serviço de várias ideologias. Tanto durante o PREC como no 25 de Novembro, e depois já na fase de "normalização" democrática.
A forma mais comum que essas tentativas apresentam é a do elogio desmesurado e da absolutização.
Como a apropriação da "pureza" do 25 de Abril continua nos nossos dias, podemos assistir a coisas repugnantes como o último escrito de Mário Soares na Visão, publicado hoje.
Na linha do que se está a tornar lugar comum, Mário Soares atreve-se a atribuir, em exclusivo, aos "capitães de Abril" a autoria da nossa libertação.
Como se, por absurdo, tudo se resumisse a um acto insurrecional dos miltares, sem passado e sem antecedentes.
Mas a verdade é que antes dos "capitães" houve gerações de militantes comunistas, e não só, que dedicaram as suas vidas a combater o fascismo. Com sacrifícios enormes, por vezes dando a sua vida ou comprometendo o direito a uma vida normal.
Sem esses abnegados lutadores não teria havido 25 de Abril nenhum.
Primeiro porque o regime não teria atingido a decadência em que se encontrava e segundo porque os militares de Abril não teriam dentro das suas cabeças as ideias que lhes permitiram fazê-lo (uma boa parte moveu-se aliás por razões corporativas e profissionais).
Mas o mais importante é perceber que o simples acto militar não teria assustado o regime se, desde o primeiro minuto, o povo não tivesse saído para a rua demonstrando a sua adesão e desencorajando qualquer tentativa de resposta contrária.
Essa onda popular contra o fascismo não surgiu de geração espontânea, custou muitas vidas ao longo de décadas.
Os "capitães de Abril", que eu também respeito e admiro, foram apenas a ponta fulminante de um enorme iceberg. E isso não os diminui, pelo contrário.

domingo, março 31, 2013

Combóio Nucturno para Lisboa



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COMBOIO NOCTURNO PARA LISBOA
Creio que uma boa parte da desilusão com este filme resulta, como em todas as desilusões, do excesso das expectativas. Toda a gente gostava que ele fosse "o grande" filme da resistência anti-fascista que ainda não existe.
Mas é apenas uma história interessante, com um texto acima da média e com actores de alto nível num regime intimista.
O tédio surge aqui e ali, é verdade, mas o próprio tédio existe. Há que admiti-lo.
Talvez António Costa já não precise de convidar o Woody Allen para mostrar Lisboa aos incautos. Ela está neste combóio e nem sempre "para inglês ver"

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quarta-feira, abril 25, 2012

Abril e os arrependidos de Novembro

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Sargento Lima Coelho (presidente da Associação Nacional de Sargentos) adverte que o “poder político não está acima dos valores da Constituição”, nem acima “do compromisso que assumiu com o povo português”.
RR.SAPO.PT
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Entendemos ser oportuno tomar uma posição clara contra a iniquidade, o medo e o conformismo que se estão a instalar na nossa sociedade e proclamar bem alto, perante os Portugueses, que:
- A linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa;
- O poder político que actualmente governa Portugal, configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores;
Manifesto da Associação 25 de Abril – «Abril não Desarma»

O 25 de Abril não é propriedade de ninguém mas, se tivesse que ser de alguém, pertenceria principlamente às centenas de militantes que durante décadas lutaram e sofreram para que tal madrugada fosse possível, para que a Revolução pudesse aparecer como um passe de mágica tirado da cartola. 
Para que existisse um Otelo foi preciso que muitos gastassem as suas vidas em tipografias clandestinas, para que surgisse um Salgueiro Maia foi preciso que muitos penassem décadas nas cadeias, para que houvesse Capitães de Abril foi preciso que morressem de armas na mão milhares de patriotas africanos. 
Por isso fizeram muito bem, os valentes revolucionários de Abril, ao devolver rápidamente a palavra ao Povo que os tinha produzido.

Passados todos estes anos, sem que os direitos fundamentais tenham sido postergados e tendo nós um governo democráticamente eleito, considero verdadeiramente deplorável que haja hoje militares a tomar posições públicas sobre o curso da política portuguesa que roçam o paternalismo e o desprezo pela vontade popular. 
Que estatuto, que "superioridade moral" os impede de frequentar uma Assembleia da República onde se sentam todos os partidos eleitos pelos portugueses e, entre eles, o Partido Comunista Português cujo contributo para o derrube do fascismo é incomensurável?  
O que podemos esperar quando qualquer sargento se sente competente para substituir o Tribunal Constitucional?

Alguns que hoje mostram repugnância pelo actual estado de coisas parecem ter descoberto, tarde demais, que esta era uma das possibilidades abertas pelo 25 de Novembro de que foram os executantes. 
É bom não esquecer que nessa data foi posto um ponto final nos sonhos vanguardistas para uma democracia popular. É quase ridículo ver agora os mesmos que pegaram em armas para o impedir fazerem tábua rasa das instituições do regime para se arvorarem, sem  mandato popular, em fiscais da sua pureza.

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quarta-feira, março 16, 2011

Não há palavras

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(AP Photo/Kyodo News)
(AP Photo/Kyodo News)
(AP Photo/Kyodo News)
(AP Photo/Kyodo News)

A meia centena de homens e mulheres que permanecem em trabalhos no interior da central nuclear de Fukushima, a combater as consequências do desastre, já foram apelidados de heróis. São engenheiros, técnicos, bombeiros e operários conscientes do perigo que representa o nível de radiações a que estão sujeitos. (Expresso)


Não sei que palavras usar perante esta enorme coragem com que os japoneses enfrentam a imensa tragédia.


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sábado, maio 15, 2010

Lucidez até ao fim

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Fala-se muito, nos últimos tempos, em medidas para reduzir o défice. Medidas fiscais, diz-se até, de justiça fiscal. O aumento do IVA é compreensível e mais justificado do que a redução populista nas cadeiras dos bebés ou nos ginásios, que os consumidores nunca sentiram no bolso. Há pouco tempo foi a aprovação da tributação das mais-valias em IRS para acções detidas há mais de doze meses — medida justa, pois a não tributação era uma singularidade portuguesa. Para as acções alienadas antes da entrada em vigor da lei, a tributação é claramente retroactiva. Mas há na Constituição mais princípios do que o princípio muito tropical da não retroactividade da lei fiscal — ea possibilidade financeira de manter o Estado Social é apenas um deles.
Em qualquer caso, a justiça fiscal é uma questão que não se coloca só do lado da receita pública. Receita e despesa são o verso e o anverso do problema da justiça fiscal. É também muito provável que o esforço financeiro venha a atingir a segurança social, as pensões, as reformas.
Ora, de nada serve aumentar o IVA, ou tributar mais-valias, se o Estado continua a esbanjar recursos.
No esbanjadouro são muito claros dois tipos de papa-reformas: as obras públicas desnecessárias e os papa-reformas em sentido próprio.
O Estado (o Governo, o primeiro-ministro) vive agrilhoado a um conjunto de compromissos políticos, arranjinhos, promessas, vassalagens, dívidas que paga periodicamente em quilómetros de auto-estradas, túneis e, agora, em TGV com paragens em todas as estações e apeadeiros do poder local (desenhado em cima do mapa da volta a Portugal em bicicleta). Já todos sabemos que Portugal tem mais quilómetros de auto-estrada do que muitos países mais desenvolvidos, que não fazem sentido muitas dessas estradas e que é um absurdo havê-las sem custos.
O que é uma verdadeira esquizofrenia é que nada se faça neste momento de verdadeiro aperto das finanças públicas. E o discurso da oposição, que defende a suspensão das grandes obras públicas, mais parece um salivar em vésperas de poder, um repto para que se guarde o melhor vinho para depois de eleições — e não uma verdadeira preocupação com as finanças, ou seja, com os contribuintes.
Além das vassalagens, não podemos esquecer os outros papa-reformas, profissionais da acumulação de reformas públicas, semipúblicas e semiprivadas. Basta ver o caso do Banco de Portugal, ou outros menos imorais, que permitem que uma série de cidadãos — gente séria, acima de qualquer suspeita — se alimente vorazmente, em acumulações de pensões, reformas e complementos, que começam a receber em tenra idade. Muitas vezes até com carreiras contributivas virtuais, sem trabalho e com promoções (dizem que para isto são muito boas a Emissora Nacional / RTP e a Carris).
Tudo isto, como sempre, é feito ao abrigo da lei. É que isso dos crimes contra a lei é para os sucateiros. O problema é que a lei que dá é refém dos beneficiários

"Os papa-reformas", texto de Saldanha Sanches publicado já depois da sua morte, no Expresso de hoje.
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quinta-feira, novembro 13, 2008

1º Colóquio sobre Pavel

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(clique para abrir)


O resistente antifascista e o homem de cultura - uma homenagem no centenário do seu nascimento. 22 de Novembro às 16 horas, Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Cidade Universitária.

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domingo, outubro 26, 2008

terça-feira, outubro 21, 2008

Música contra o atraso de vida

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No próximo dia 14 de Novembro, 6ª feira, pelas 21:30, realiza-se na Livraria Trama, Rua S. Filipe Nery, nº25 B, ao Rato (Lisboa), a apresentação do livro: Canto de Intervenção 1960-1974, 3ª edição, Público, Lisboa, 2007, de Eduardo M. Raposo. A apresentação estará a cargo do jornalista Nuno Pacheco.
Segue-se um recital de música, sobre a obra em destaque, com o cantor Francisco Naia, acompanhado à guitarra clássica por José Carita e Ricardo Fonseca em que serão interpretados temasde José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luís Cília, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Manuel Freire, Francisco Fanhais e José Jorge Letria.

"Canto de Intervenção 1960-1974" é uma viagem pela memória colectiva recente, que nos fala de Utopia, de Liberdade, de Poesia. Poesia que é a essência do Canto de Intervenção. Dos poetas - Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Manuel Alegre, José Afonso - se chegou à intervenção; porque intervenção sem Poesia é apenas um panfleto, com o seu tempo próprio e histórico, mas que cai no esquecimento. Ao contrário de “Trova do Vento que Passa”, “Canção com Lágrimas”, “Menina dos Olhos Tristes”, “Menino do Bairro Negro”, “Vampiros”, “Redondo Vocábulo”, “Pedra Filosofal”, “Que Força é Essa”, “Vemos Ouvimos e Lemos”, ou “Cantigas do Maio”. “Canto de Intervenção 1960-1974”, constitui-se assim “numa singular contribuição para uma história ainda por fazer: a da evolução da música popular portuguesa no século XX”. (Nuno Pacheco, director-adjunto do Público)
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terça-feira, setembro 30, 2008

Não tenho a mania das cruzadas

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Desenho de Álvaro Cunhal

Seguindo o exemplo do José Simões no DER TERRORIST resolvi deixar clara, através deste post a minha posição sobre um esboço de campanha contra a construção de uma Pousada "no Forte de Peniche".

Reproduzo os comentários que escrevi no Caminhos da Memória sobre um post de Irene Pimentel:

"Antes que se crie um novo caso Maria Keil talvez fosse bom perceber qual é o conteúdo da proposta que, em abstracto, é realmente chocante.
Eu não conheço o edifício mas admito a hipótese de haver partes dele que não tenham que integrar um projecto museológico.Até admito que a existência de uma pousada adjacente, desde que bem pensada, tivesse efeitos positivos sobre esse espaço museológico.
Ninguém melhor do que a “Não Apaguem a Memória” para seguir o assunto e, de forma documentada, se for caso disso lançar uma campanha de protesto."
...

"Acho que o assunto é demasiado sério para se lançar na praça pública numa base puramente emocional.
O que eu pretendo é que seja explicado o que é que o projecto pretende fazer exactamente (dimensão, arquitectura, etc), que partes do edifício seriam usadas para “pousada” e qual a sua relevância quantitativa e histórica, que contrapartidas seriam dadas, etc, etc.
Depois de saber isso posso liminarmente recusar tal projecto. Antes de saber isso não posso dar um cheque em branco a ninguém. "

Já depois de ter escrito isto verifiquei, através de simples buscas no Google, que o assunto se arrasta há anos e até encontrei uma curiosa referência a Ferro Rodrigues em Fevereiro de 2004:

"O secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, considerou que “o país está parado”, após verificar que os projectos da pousada na Fortaleza de Peniche e das novas instalações da Escola Superior do Mar não estão assegurados pelo Governo. “Nesta zona, o turismo e o ensino de alta qualidade são alternativas fundamentais e, infelizmente, o que se verifica é que Peniche e o país estão parados. O que o PS está a fazer é a chamar a atenção do país para a gravidade do que se está a passar”, afirmou Ferro Rodrigues, após uma visita à Fortaleza e à escola do Mar, realizada no passado dia 13."

Por piada até se poderia dizer que a direita de então estava a travar a Pousada no Forte e a esquerda a fazer força para a concretizar. Agora temos um projecto, de contornos desconhecidos, que recebe o apoio dos autarcas de Peniche que pertencem à CDU e de dirigentes locais do PCP.

Em suma, embora os aspectos emocionais sejam muito relevantes neste caso, covém percebermos muito bem do que se está a falar antes de desembestar com uma cruzada. Estou farto de cruzadas equívocas contra os infiéis.

Se houver motivos para protestar podem contar comigo.

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quarta-feira, maio 21, 2008

Quem é Ricardo?




Curta-metragem de José Barahona, com argumento e diálogos de Mário de Carvalho, sobre um interrogatório na PIDE

terça-feira, maio 20, 2008

50º Aniversário da Candidatura de Humberto Delgado a Presidente da República


Sei que estes posts também se fazem de memórias e que nem sempre sou obrigado a escrever prosa “séria”, mal de que muitas vezes padeço.

Tinha 14 anos quando Humberto Delgado se candidatou às “eleições” presidenciais de 1958. Faria 15 anos pouco depois da sua “derrota”.

O que fazia e o que sabia sobre a Oposição.

Vivia em Lisboa, sempre vivi, e estudava no Liceu Gil Vicente. Estava no 4º ano do liceu, com um atraso de um ano escolar em relação à idade. Era filho de uma família oposicionista, que me mantinha mais ou menos bem informado sobre as notícias que fervilhavam na Baixa lisboeta. Os meus pais trabalhavam no Terreiro do Paço. Estava pois a par dos mexericos, dos reboliços, dos abaixo-assinados, das cartas-abertas e de alguns comunicados da Oposição Democrática. Nunca por minha casa, que eu visse, passou o papel de bíblia dos comunicados do Partido Comunista.

Não me lembro se fui informado antecipadamente da chegada do Humberto Delgado à Estação de Santa Apolónia, regressado da sua visita triunfal ao Porto. Soube depois da repressão sobre aqueles que o tinham ido esperar. Um amigo meu contou-me mais tarde que tinha ido com a sua mãe, como quem vai esperar um familiar, à Estação ver o General.

O clima estava criado, todos os dias iríamos ouvir falar daquelas eleições e de Humberto Delgado. Nem eu, nem os meus pais, participámos em qualquer manifestação ou comício, mas todos os dias o tan-tan das notícias me chegava da Baixa.

Os meus amigos à época, que eram colegas de escola, não se interessavam por política. Eram jovens entre os 14 e 15 anos, mais virados para catrapiscar as raparigas que saíam da Escola Voz de Operário, que, na altura, era uma Escola Comercial para o sexo feminino, ou então para jogar bilhar no Largo da Graça. Eu, um pouco mais espigadote intelectualmente, já era mais dado a leituras.

Sei, no entanto, que o furacão Delgado impressionou a todos, foi motivo de conversa e de apoio. Mesmo aqueles que estavam a leste de qualquer preocupação política não deixaram de se entusiasmar com a personagem.

Não me recordo de muitas mais coisas, sei, no entanto, que alguns dos meus amigos foram ou tentaram ir ao célebre comício do Liceu Camões, aquele em que Santos Costa, pôs a tropa na rua. Tive depois a descrição de repressão e do que se passou nas imediações da praça José Fontana.

Lembro-me também que havia um grupo no meu liceu, em que participava o Mário Vieira de Carvalho, que tempos depois se tornou um bom amigo, muito desenvolto, que fazia às claras propaganda do General. Fui avisá-los, com a minha proverbial prudência, que não se expusessem demasiado.

Recordo-me igualmente de uma tia que tinha visto passar Humberto Delgado em Almada e que vinha excitadíssima com a loucura que tinha sido a sua recepção naquela localidade.

Pouco me recordo da campanha do Arlindo Vicente, outro dos candidatos da Oposição, que desistiu a favor do Delgado. Sabia que este tinha sido apoiado pelo Partido Comunista, enquanto que Delgado inicialmente não tinha sido.

Os meus pais, que me recorde, não foram votar, porque não achavam as eleições livres e tinham provavelmente medo de represálias nos seus locais de trabalho. É preciso dizer que os votos estavam separados e facilmente, dada a cor do papel, se distinguia o voto na Situação do da Oposição.

Tudo isto terminou de um modo muito triste para mim e para a Nação. Recordo que fui passar umas férias, das muitas que tínhamos, a casa de um tio, um fascista um pouco encapotado, que no dia em que a Oposição decidiu protestar contra a fraude eleitoral – devia ser Julho –, propondo que todos pusessem luto, não fossem a espectáculos e tomassem outras medidas que ilustrassem a sua indignação, me propôs irmos ao cinema para verificarmos in loco se as pessoas tinham aderido ao boicote. A minha ingenuidade e o desejo de ir ao cinema levaram-me a participar, um pouco a contra gosto, na farsa.

No ano escolar seguinte, acho que mudei de amigos, passei a reunir-me com eles ao cimo da R. Angelina Vidal, facto que já comentei num post anterior. Encontrava-me, para o Fernando Penim Redondo que os conhece, como Victor e o Osvaldo. Um dia, primeiro a medo e depois claramente, começaram-me a falar do “nosso homem”. Este não era outro senão o general Humberto Delgado. A partir daí criou-se entre nós uma amizade, a que depois se juntaram muitos outros, também adeptos do “nosso homem”, que durou para o resto da vida. Todos esses jovens aos poucos foram entrando para o Partido Comunista, alguns, como eu, já lá não estão, mas mantiveram sempre com a esquerda uma forte relação.
PS.: Este texto foi publicado igualmente em http://trix-nitrix.blogspot.com/