Ao recusar o compromisso se "salvação nacional" Seguro perdeu em dois tabuleiros.
- Teve a oportunidade de meter os seus inimigos internos na ordem depois de eles terem tido a ousadia de condicionar, em público, a decisão que ele ainda não tinha anunciado.
- Teve a oportunidade de se colocar no centro da acção política partidária, constituindo-se como parceiro do governo nas negociações "contra" a Troika.
Qualquer ganho que nesse plano se obtivesse poderia então ser reclamado por ele.
É que estar por dentro era mesmo a única forma de o PS realmente condicionar as opções no governo.
Recusando essa responsabilidade, em vez bloquear o governo abriu caminho à coligação, que surge cada vez mais como a única alternativa, até 2015.