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sexta-feira, novembro 25, 2016

Documento delicioso

Documento delicioso
Trata-se de um relatório, feito por "agentes fiscais", que descreve o famoso "Primeiro Encontro da Canção Portuguesa" que teve lugar no Coliseu a 29 de Março de 1974. A preocupação parecia ser a de verificar se os artistas cantavam algo que não tivesse sido aprovado pela censura.
Eu, como milhares de outros portugueses, estive no Coliseu nesta noite fantástica que, sem dúvida, prenunciava a Revolução de Abril.







segunda-feira, junho 06, 2016

Cinderela no São Carlos



Cinderela
Música e libreto: Pauline Viardot {1821-1910}
Ópera cómica de salão em 3 atos, baseada no conto Cendrillon,
de Charles Perrault
Versão portuguesa Luís Rodrigues

Piano e direção musical João Paulo Santos
Encenação Mário Redondo
Direção circo Chapitô
Cenografia e figurinos Miguel Costa Cabral
Desenho de luz Paulo Sabino

Barão de Pic'torcido João Oliveira
Maria (Cinderela) Ana Franco
Magalona Sónia Alcobaça
Armelinda Ana Ferro
A Fada Bárbara Barradas
O Príncipe Encantado João Cipriano Martins
O Conde Miscarudo Marco Alves dos Santos
Interpretação circense Alunos do 1.º ano do Curso de Interpretação
e Animação Circenses da Escola Profissional de Artes e Ofícios do
Espetáculo do Chapitô

Nova Produção
Co-produção TNSC/Chapitô

Num animado salão juntam-se artistas, intelectuais, boémios.
Em que época? É difícil dizer. Vai contar-se, ou viver-se, ou "brincar-se", uma história: Cinderela. Um clássico.

Todos contam, todos observam. Aqui três Cinderelas, ali dois Príncipes. Uma Irmã Má agora, que mais adiante é uma Fada Madrinha. Cada um mostra a sua particular visão de cada momento, de cada emoção, de cada peripécia. Uns cantam, outros falam, outros ainda exprimem-se com o corpo. As personagens desdobram-se, as cenas sobrepõem-se, os objectos transformam-se. Todo o palco é cenário e também plateia. No fim, mais que o enredo — já tão conhecido — ficará o prazer do jogo.

domingo, agosto 04, 2013

SEIS ORGÃOS




hoje à tarde os seis orgãos da basílica do convento de Mafra tocaram todos, em conjunto e à vez.
Um concerto esplendoroso, uma cascata de sons despenhando-se, do alto, sobre as nossas cabeças.
Este evento, raro em todo o mundo, acontece todos os primeiros domingos de cada mês.

domingo, julho 14, 2013

CANDIDE

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Ontem, no âmbito do Festival ao Largo, do S. Carlos, teve lugar uma excelente exibição da famosa ópera Candide de Bernstein.
Um elenco português, sob a direcção do maestro João Paulo Santos, divertiu uma imensa plateia que enchia completamente a praça adjacente ao S. Carlos.
Música encantadora e um tema que faz pensar. Que melhor forma de passar uma noite de verão (menos quente do que seria de esperar). 

segunda-feira, junho 11, 2012

Finalmente alguém


domingo, abril 15, 2012

TERRAS SEM SOMBRA - Almodôvar

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No sábado, dia 14, teve lugar um excelente concerto na Matriz de Almodovar.
Requiem em Sol menor de Cimarosa e um Te Deum de Marcos Portugal.
Intérpretes: Orquestra Filarmonia das Beiras dirigida pelo maestro Vassalo Lourenço e Coro da Universidade de Aveiro.
Uma notável descentralização cultural que o Festival Terras Sem Sombra prossegue ano após ano.

domingo, março 04, 2012

Quatro óperas

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"Inês morre", "Fado olisiponense", "Manucure"  e "A vida inteira" são as quatro óperas encomendadas pelo Teatro Nacional  de São Carlos (TNSC) a compositores portugueses. Amor, traição e morte constituem o tema central destas quatro óperas - cada  uma com cerca de 10 minutos. 


"Inês morre", com libreto de Miguel Jesus, tem composição de Sofia Sousa  Rocha, com interpretação a solo da soprano Sara Braga Simões (Inês), da  meio-soprano Maria Luísa Freitas (Teresa) e do barítono João Merino (Pedro).
"Fado olisiponense" tem libreto de Rui Zink e composição de Luís  Soldado e as interpretações estão a cargo de Sara Braga Simões (Criada/Circe),  João Merino (Ulisses), Maria Luísa de Freitas (Penélope) e do tenor Marco  Alves dos Santos (gerente). 
"Manucure" tem composição de Edward Luiz Ayres dAbreu a partir de  um "delírio futurista" de Mário de Sá-Carneiro. As interpretações são de  Maria Luísa de Freitas, Marco Alves dos Santos e do barítono Mário Redondo,  que interpretará o poeta. 
"A vida inteira", com composição de Tiago Cabrita e libreto de António  Carlos Cortez, a partir de um poema de Ruy Belo, conta também com interpretações  dos solistas Marco Alves dos Santos e Mário Redondo, que cantará o poeta.

Foram apresentadas nos dias 2 e 3 naquela sala no Chiado, com encenação de Luís Miguel Cintra e com direção musical de João Paulo  Santos.


Foi um espectáculo muito interessante quer pela engenhosa encenação, que envolve a própria orquestra, quer pela música, quer pelas interpretações (que nem sempre são de fácil execução).

Uma iniciativa louvável, que deve ser repetida.

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sábado, dezembro 31, 2011

Vermelho Rumor




Nos últimos dias do ano tive oportunidade de assistir a dois espectáculos teatrais. Primeiro "Rumor", de Mário de Carvalho, na Barraca e depois "Vermelho", de John Logan, no Teatro Aberto.

Embora não seja óbvia existe uma coincidência no que respeita ao tema; a dificuldade em lidar coerentemente com o establishment (político num caso e artístico no outro).

Os textos são ambos excelentes mas a concepção geral dos espectáculos serve muito melhor o texto de Logan do que o de Carvalho. Fica-se a pensar que talvez o texto de "Rumor" nos desse mais prazer se fosse lido.

Em "Vermelho", porque se trata da história de um artista plástico, a experiência física das cores, e do cozinhar das cores, desempenha um papel determinante.
Uma actuação notável dos actores, que deixam a pele em palco, conduz-nos pelos meandros e perplexidades da criação artística e do seu papel na sociedade humana.

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quarta-feira, novembro 30, 2011

Zelenka e Bach

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Hoje assisti na Gulbenkian a um concerto excelente pelo Balthasar Neumann Choir and Ensemble, dirigido pelo Thomas Hengelbrock. Não só tocaram obras que muito estimo (Missa Dei Filii de Zelenka e Magnificat de Bach) como o fizeram de forma irrepreensível.

A junção de Zelenka e Bach no mesmo concerto é uma bela ideia se considerarmos os dados biográficos dos dois compositores. No princípio do século XVIII eles cruzam-se na corte de Augusto o Forte. Augusto acumulava as funções de Eleitor da Saxónia  e Rei da Polónia e, por isso, decidiu fazer coexistir na sua corte as duas religiões, católica e luterana.
Jan Dismas Zelenka e Bach encontravam-se, em termos musicais, em barricadas religiosas distintas.

Há muito que aprecio Zelenka pela frescura e surpresa da sua música. Nós conhecemos demasiado bem os cânones de Bach, Vivaldi ou Handel ao ponto de podermos adivinhar o caminho que a música vai seguir mesmo quando nunca antes ouvimos a obra em causa.
Zelenka, um compositor cuja linguagem não tem paralelo que eu conheça, faz-nos tremer na sua imprevisibilidade de "cânone" que se manteve demasiado tempo na penumbra.

Veja mais sobre Zelenka- AQUI

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domingo, maio 01, 2011

Uma coisa em forma de assim

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Para assinalar o Dia Mundial da Dança, a 29 de Abril de 2011, a Companhia Nacional de Bailado estreou uma obra criada conjuntamente por alguns dos mais importantes coreógrafos portugueses: Clara Andermatt, Francisco Camacho, Benvindo Fonseca, Rui Lopes Graça, Rui Horta, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Madalena Victorino e Vasco Wellenkamp.
"Uma coisa em forma de assim", o título desta obra, foi descaradamente roubado a Alexandre O’Neil, e assenta sobre  a belíssima música de Bernardo Sassetti.
Trata-se de um espectáculo muito original em que o piano e o pianista partilham o palco, e interagem, com os bailarinos.
Uma das obras mais estimulantes que me foi dado ver nos últimos tempos.

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quarta-feira, março 09, 2011

Carnavais

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Se quer ver imagens do desfile do Domingo de Carnaval em Sines clique AQUI.

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sábado, fevereiro 05, 2011

Belas Vésperas

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O Coro da Rádio da Letónia apresentou, no Pequeno Auditório do CCB, uma magnífica execução das Vésperas de Rachmaninov.
A sala estava completamente cheia. Tal não é de estranhar dada a beleza tocante da obra.
O Coro da Rádio da Letónia fará ainda outros concertos durante a sua estadia.
Aqui fica o registo.

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terça-feira, janeiro 04, 2011

Cerimónia de encerramento da Expo de Xangai

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Cerimónia de encerramento da Expo de Xangai.
Dedicado a todos aqueles que ainda pensam que os chineses são uns bárbaros.

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domingo, outubro 24, 2010

Matti e o novo Puntilla

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O Teatro Aberto mostra a inesquecível peça de Brecht, com excelentes actores e excelente encenação.
É a história de um patrão umas vezes generoso, quando está bêbado, e outras tirânico, quando está sóbrio. É difícil perceber em que modo se torna mais insuportável.
Esta fábula, que marcou o século XX, tornou-se anacrónica num tempo em que os trabalhadores cada vez mais se confrontam com as grandes empresas e com o próprio Estado.
Precisávamos de um novo Brecht que tratasse destes novos patrões sem rosto, que não se metem nos copos. Talvez assim a retórica da esquerda acabasse por reconquistar um sentido actual.

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segunda-feira, agosto 30, 2010

Chico fininho

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Pequim, 28 ago (Lusa) – As dezenas de milhar de fãs que acorreram na sexta-feira à noite ao “Concerto dos Heróis do Rock Chinês”, no monumental Estádio dos Trabalhadores, em Pequim, não foram apenas ver e ouvir os seus ídolos.
Ao longo de três horas e meia, eles cantaram com os grupos que iam desfilando pelo palco, celebrando juntos uma música que durante muitos anos esteve banida na China.
Foi um dos maiores espetáculos do género no país, que reuniu as principais figuras do rock chinês, entre as quais o chamado “Bob Dylan da China”, Cui Jian, fundador da primeira banda chinesa, em 1984.
Uma semana antes, os bilhetes mais caros – no valor de 2010 yuan (230 euros), o equivalente a mais do dobro do salário mínimo em Pequim – já estavam esgotados e o os mais baratos – 180 yuan (20 euros) – também.
A assistência, de várias gerações, parecia saber de cor a letra de todas as canções e identificava as músicas assim que soavam os primeiros acordes.
O clamor e as vozes do público só deixavam de se ouvir nos momentos mais “heavy metal”, quando a percussão e as guitarras elétricas abafavam tudo.
“O rock significa liberdade, afirmação individual, energia e persistência”, afirmou um antigo músico da banda de Cui Jian a um jornal chinês.

Também os chineses têm o seu "heróico" chico fininho, ou seja, chino fininho.

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terça-feira, fevereiro 23, 2010

O Príncipe de Homburgo

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Para ver no CCB a partir do dia 25. Mais informação AQUI

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segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Hannah e Martin

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O Teatro Aberto dá-nos a ver um belíssimo espectáculo sobre as dolorosas tensões entre os grandes princípios e o dia a dia das relações afectivas.
Hannah Arendt e Martin Heidegger conhecem-se na condição de aluna e mestre na Alemanha. A sua relação amorosa passa pela tragédia da guerra e da diferença de pontos de vista sobre a realidade que os divide.

Nada é fácil e não há receitas prontas a usar nesta peça em que Ana Padrão e Rui Mendes lidam brilhantemente com a ambiguidade inevitável das personagens.

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sexta-feira, janeiro 29, 2010

Um piano no telhado

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Há dias no Coliseu ouvi Maria João Pires tocar o Concerto para Piano nº2 de Beethoven com direcção de Eliot Gardiner.
O seu carisma matém-se intacto e o seu piano nunca é amorfo por obra e graça de um belíssimo fraseado.
Só é pena que o Coliseu proporcione uma acustica muito deficiente. Quem, como eu, se encontre nas últimas filas da plateia houve dois pianistas pelo preço de um. O verdadeiro toca no palco e o seu fantasma toca algures perto da cúpula do tecto com um pequeníssimo desfasamento.
É verdade que o Coliseu vem de uma tradição circense mas há limites para tudo.
Já tinha jurado a mim próprio nunca mais lá voltar mas a MJP, tão rara nos palcos, fez-me quebrar a jura.
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sábado, janeiro 02, 2010

A salvação está no "Família, Família"

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A RTP transmitiu uma versão para famosos do "Família, Família" pouco depois da mensagem televisiva de Cavaco. Convenci-me definitivamente de que Portugal é um país esquizofrénico.
Cavaco diz “A dívida do Estado tem vindo a crescer a ritmo acentuado e aproxima-se de um nível perigoso”; “o endividamento do País ao estrangeiro tem vindo a aumentar de forma muito rápida, atingindo já níveis preocupantes”; “o tempo das taxas de juro baixas não demorará muito a chegar ao fim”; “se o desequilíbrio das nossas contas externas continuar ao ritmo dos últimos anos, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, ficará seriamente hipotecado”; “quando gastamos mais do que produzimos, há sempre um momento em que alguém tem de pagar a factura”; “com este aumento da dívida externa e do desemprego (…) podemos caminhar para uma situação explosiva”.
Logo depois sucedem-se no televisor as lantejoulas da "gente bonita", todos muito talentosos e amigos, fogosos e esfusiantes de alegria de viver. O público presente no estúdio, e certamente também em casa, segue embevecido o playback pechisbeque dos mais recentes êxitos do pop top.

Devo ser eu que estou equivocado. Talvez o programa seja apenas uma resposta às preocupações do PR que dissera no seu discurso ser necessário “recuperar o valor da família”. “O esbatimento dos laços familiares tem sido um dos factores que mais contribuem para agravar as dificuldades que muitos atravessam.”
Realmente nesta "Família, Família" ninguém parece atravessar qualquer dificuldade.
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sábado, dezembro 12, 2009

UM, NENHUM E CEM MIL