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sábado, fevereiro 01, 2020

Fora de brincadeiras


Fora de brincadeiras
Será que a Joacine alguma vez visitou o Museu Etnográfico do seu país de origem? Será que tem noção das limitações com que vive? Será que faz ideia da extensão e riqueza insubstituível da "colecção guineense" depositada no MNE, em Lisboa, para não mencionar outros? Será que Joacine percebe que esse património, se os colonialistas não o tivessem trazido, teria já sido destruído numa das várias confrontações politico-militares que infelizmente têm ocorrido no seu país (o que aliás aconteceu com muito do que lá ficou)? A um deputado da nação temos que exigir mais conhecimento de causa e ponderação nas propostas.

(a propósito de uma proposta de devolução de património às ex-colónias feita no parlamento)

segunda-feira, julho 22, 2019

COLISÃO



COLISÃO (CRASH)
Um filme que é um tratado sobre os estereótipos sociais, 
os medos e as expectativas erróneas. 
Recomendado a quem tenha visões simplistas 
do racismo, da xenofobia e de outras falências da comunicação humana.
Ano 2004, realizador Paul Haggis

quinta-feira, julho 18, 2019

Nem racismo nem o seu aproveitamento partidário


O meu filho mais novo, no seu quarto de dormir, há mais de 40 anos.
Quando hoje vejo os garotos brancos e os garotos negros do infantário, ou do básico, de mão dada, não consigo deixar de me emocionar.
Acho que esse convívio infantil, sem preconceitos, faz mais contra o racismo do que mil discursos retóricos de eleitoralismo partidário.

sábado, março 30, 2013

O LOBO E O CORDEIRO


O LOBO E O CORDEIRO
- Não sei quem lhe terá contado tal coisa, senhor lobo, mas olhe que é falso, acredite. A prova é que no ano passado eu ainda não tinha nascido.
- Pois se não foste tu, foi o teu pai! - rosnou o lobo, saltando em cima dopobre cordeiro inocente.

Sempre que oiço invocar Hitler para chantagear a Alemanha lembro-me de La Fontaine. 
É muito feio, é mesmo ao estilo nazi, culpar os alemães actuais por crimes que aconteceram antes de eles terem nascido com o simples intuito de os pôr a pagar os nossos défices.
Ainda por cima, para tornar a coisa mais obtusa, esquecem que a Alemanha também produziu Bach e toda uma série de grandes génios da cultura universal.

sexta-feira, janeiro 25, 2013

DJANGO, overdose de justiça

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Não há injustiça mais injusta do que aquela que recai sobre quem nasceu negro, ou mulher, ou outra coisa qualquer.
Django é uma overdose de justiça, não no sentido jurídico do termo mas porque os justos vencem em toda a linha contra todas as probabilidades.
Recupera descaradamente o velho aforismo, tão fora de moda, que diz que ser bom acaba sempre por compensar.
Os diálogos são do melhor e o Dr. Schulz, dentista reconvertido em caçador de cabeças, é uma figura inesquecível.
O filme, quebrando regras, assumindo exageros, recusa-se a ser uma história de racismo para se dar ao luxo de ser um libelo contra todos os racismos.


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terça-feira, fevereiro 02, 2010

Invictus

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Uma grande lição do mestre Clint Eastwood. Desta vez não foi preciso inventar um grande homem pois ele já existia e chama-se Mandela (maravilhosamente replicado por Morgan Freeman).
Quem não se comover várias vezes durante este filme deverá estar socialmente morto.

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quinta-feira, março 12, 2009

O "Portugal Novo" de Clint Eastwood

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O último filme de Clint Eastwood, "Gran Torino", remete-nos para os ambientes da urbanização "Portugal Novo" e para as falhas da sociedade actual quando se trata de lidar com a delinquência.

Um velho operário, bastante doente e viúvo de curta data, vê-se perante a agressividade dos gangs que proliferam naquilo que foi o pacato bairro de vivendas do seu passado.Como se não bastassem os efeitos do tempo que, tal como a todos nós, o remetem para um território onde tem cada vez mais dificuldade em reconhecer as suas referências.

O desenvolvimento da história mostra que o problema não são as diferenças étnicas, num país onde quase todos arrastam consigo uma tradição cultural remota. Essas diferenças culturais são, aliás, motivo de dichotes entre amigos sem quebra de afeição.
O problema advém, isso sim, da confusão entre os direitos das minorias étnicas e a tolerância para com o mais puro banditismo.

Um tema da maior actualidade como os jornais mostram todos os dias.
Uma enorme tragédia que talvez seja uma enorme e pungente despedida de Clint Eastwood.
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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

ONU dá à China "certificado verde"


O cepticismo não levou a melhor e a China conseguiu mesmo melhorar o ambiente durante os Jogos Olímpicos em Pequim, no Verão de 2008, após um esforço de 17 mil milhões de dólares (13.400 milhões de euros), constata um novo relatório das Nações Unidas.
"A atenção pública mundial concentrou-se nos Jogos e em saber se as autoridades chinesas iriam, ou não, conseguir imprimir uma marca ambiental. Pois estas cumpriram as suas promessas", comentou o director-executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), Achim Steiner.
Mas a proeza deste país, um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa, vai mais longe. Segundo o PNUA, as metas foram ultrapassadas em alguns casos. Isso aconteceu nas emissões dos automóveis, na criação de 720 espaços verdes na cidade e no número de dias de "céu limpo", graças ao investimento nos transportes públicos e nas energias renováveis. Este indicador da qualidade do ar revela que de 180 dias, em 2000, Pequim passou a ter 274 dias de céu limpo em 2008.
Além disso, as metas para a reciclagem foram excedidas em cinco por cento. O PNUA salienta que foram renovadas e aumentadas as unidades para o tratamento do lixo industrial perigoso e resíduos hospitalares.
Não obstante, Pequim podia ter feito mais no envolvimento das organizações não governamentais e na redução da "pegada de carbono" dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.
Mas a "boa nota" não significa o fim do esforço. Segundo o PNUA, o maior desafio que Pequim enfrenta agora é consolidar as melhorias.
PÚBLICO, 22.02.2009
Isto contraria quase toda a informação publicada antes e durante os Jogos Olímpicos.
Tenho que publicar isto para contrabalaçar as constantes notícias negativas sobre a China, que só aparece nos noticiários a pretexto de catástrofes, de actos censórios ou dos discursos bispais do Dalai Lama.
Mais um desgosto para aqueles que odeiam o Império do Meio, que para eles é definitivamente o Império do Mal.
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quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ideias perigosas e bolos de creme

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Anda pela Europa uma estranha vaga de pensamentos que faz lembrar um sujeito mal-afamado, de bigode curto e ambições largas. Um inquérito recente, realizado em sete países europeus e noticiado anteontem em diversos jornais, revela que 31 por cento dos inquiridos considera os judeus culpados pela crise económica global. Não só: também acham que falam demasiado do que lhes aconteceu no Holocausto; que são mais leais a Israel do que ao seu próprio país; que têm demasiado poder nas finanças internacionais; e que têm demasiado poder no mundo dos negócios, velho estereótipo que conduziu o mundo ao que se sabe.
Surpresa: a Espanha é um dos países onde tais preconceitos anti-semitas revelam maior adesão, 64 por cento quanto à "lealdade", 74 por cento quanto ao excessivo poder financeiro.Estas percentagens correspondem a um universo de 3500 adultos que, entre 1 de Dezembro e 13 de Janeiro, puderam expressar a sua opinião em países como a Áustria, França, Hungria, Polónia, Alemanha, Espanha e Reino Unido.
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E Portugal, onde não perguntaram nada sobre o assunto? Vai bem, obrigado. Voltaram os temas fracturantes, gozo de uns e irritação de outros. Os casamentos gay para depois das eleições, primeiro há-de vir o voto, que já puseram a Igreja em alvoroço. Ou a eutanásia, que um grupo de bravos socialistas vai levar ao congresso do PS. Caíram ambos com estrondo em cima do Freeport, como saudavelmente convinha.
Mas, acima de tudo, foi ontem revogada em Diário da República a Lei 4/90, que estabelecia "as características gerais a que devem obedecer os bolos e cremes de pastelaria". Já não é necessária. Há uma lei europeia sobre "critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios" onde os bolos de creme cabem muito bem.
"Ideias perigosas e bolos de creme", Nuno Pacheco, Público 12.02.2009 (excertos)

terça-feira, dezembro 23, 2008

To Kill a Mocking Bird

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Morreu Robert Mulligan. Tenho que lhe pagar uma dívida fazendo este post.
O seu filme de 1964 "Na Sombra e no Silêncio" (To Kill a Mocking Bird, no original), que vi quando era jovem, marcou-me definitivamente contra o racismo. Ainda hoje as perseguições contra quem apenas é "culpado" da cor da pele são das raras coisas capazes de me provocar lágrimas durante uma sessão de cinema.
Baseado num livro de Harper Lee (Pulitzer Prize em 1960) conta a história de um advogado, Atticus Finch/Gregory Peck, que defende em tribunal um negro injustamente acusado de violação. Constitui uma obra prima na caracterização do mundo mágico das crianças.
Um dos filmes da minha vida.
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quinta-feira, setembro 18, 2008

Assaltantes apanham táxi para fugir da polícia







"Um casal de nacionalidade estrangeira é suspeito de ter assaltado ontem uma residência, em Leiria, de onde terá furtado um cofre e vários objectos em ouro. Para a concretizar a fuga da polícia tentou um método inédito: chamou um táxi junto a uma bomba de gasolina. Os dois, estando ela grávida, foram logo detidos".
DN 18.09.2008

A espontaneidade destes casos não deixa de me espantar. O mesmo jornal, mais abaixo, num acesso de tímida xenofobia, acrescenta dados que contrariam as teses piedosas daqueles que tentam sempre desdramatizar o impacto da imigração :

"Cerca de 20% dos reclusos que cumprem penas nas prisões portuguesas são estrangeiros, o que corresponde a 2197 indivíduos, dos quais 208 são mulheres. Os 510 de origem europeia correspondem, no total de estrangeiros, a cerca de 23%,apresentando-se à cabeça os espanhóis, com 124 indivíduos, seguidos dos romenos com 111. No entanto, os reclusos de origem africana surgem em maioria. O total é de 1255, destacando-se entre estes os naturais de Cabo Verde com 730 indivíduos."

segunda-feira, agosto 18, 2008

Serviço Policial Obrigatório



Na última página do Público de hoje Rui Tavares volta, como muitos outros, ao tema das mortes resultantes de intervenções policiais. Fá-lo de forma demagógica pois a polícia não "baleou um rapaz de 13 anos", a polícia baleou um carro que se recusou a obedecer à ordem de parar o que é muito diferente. Rui Tavares também podia ter escrito que a polícia "baleou um cadastrado foragido", na lógica dele esta afirmação também é verdadeira.
Qualquer pessoa compreende que a polícia tem que ser obedecida, a qualquer custo, sob pena de passar a ter um papel meramente decorativo. A partir do momento em que se estabeleça que a polícia não pode forçar, por qualquer meio, a obediência às suas ordens veremos todo o tipo de criminosos fugir impunemente. Nessa altura deixámos de viver num Estado de Direito.
O que está portanto em causa não é o tipo de crime que se suspeitava estar a perseguir mas sim a absoluta necessidade de a polícia se fazer obedecer, se queremos ter polícia.



Quando lemos este trecho do artigo em referência podemos pensar que na base dos seus equívocos se encontra um "excesso de humanismo" mas essa apreciação cai pela base quando constatamos que a vida dos vários polícias baleados nos últimos anos não parece motivar o Rui Tavares.
É caso para pensar que se trata de um atitude classista; há uns tipos que por razões económicas se vão empregar na polícia e, em troca de um mísero salário, devem estar disponíveis para levar uns balázios na defesa dos nossos bólides, das nossas vivendas e dos nossos corpinhos. E, ainda por cima, pede-se-lhes para o fazerem sem incomodar, como quem diz à mulher a dias "Oh Francisca há-de aspirar a sala amanhã de manhã mas não me acorde".
Nunca deve ter ocorrido ao Rui Tavares que é desumano pedir a alguém, em troca de um salário, que passe a vida a lidar com a "escória da sociedade", a correr sérios riscos para depois ouvir os "bem pensantes" pedir que não lhes estraguem a visão romântica em que as "etnias" pertencem aos festivais de música e não aos tiroteios. É chato.



Por razões que me escapam o Rui Tavares pensa que isto é ser de esquerda, que ser de esquerda é isto.
Se assim é então eu vou ser ainda mais de esquerda: como a polícia é constituída por tarados que só lá estão para poder fazer tiro à borla eu proponho uma polícia popular, um "Serviço Policial Obrigatório", na linha do extinto serviço militar obrigatório.
Dissolve-se a PSP, enquanto corpo profissionalizado, e todos os anos se recruta uns milhares de portugueses para desempenhar, de forma humanizada, o serviço policial. O povo é que vai policiar o povo e, espero eu, aprender dessa forma quanto custa fazê-lo.

Só espero que o Rui Tavares esteja na primeira incorporação para podermos ver se ele afinal dispara ou não dispara sobre os carros em fuga.

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sábado, agosto 02, 2008

O "perigo amarelo"

Suponho que foi por acaso que a RTP Memória passou ontem, a uma semana dos Jogos Olímpicos, os "55 dias em Pequim" de Nicholas Ray.
Numa curva do zapping lá estavam o Charlton Heston e a Ava Gardner para me colonizar durante o resto do serão com o mesmo charme com que colonizavam a China no dealbar do século XX.
Quando vemos a naturalidade com que, já em 1962 quando o filme foi feito, era mostrada a ocupação, pilhagem e humilhação desse gigantesco país percebemos quão perto estamos de um passado que tantos fingem esquecer.
Certas "lições de moral" e "recomendações" sobre os direitos humanos com que hoje tentam desesperadamente embaciar o sucesso dos Jogos Olímpicos tresandam à soberba com que os ocidentais tratavam, enquanto podiam, uma civilização milenar em que ainda hoje não conseguem ver senão o "perigo amarelo".

quinta-feira, julho 17, 2008

O silêncio dos blogoesféricos





(texto de Rosa Redondo enviado para publicação pela autora)

O filme "Tropa de Elite" de José Padilha é um murro no estômago. Como era de esperar já disseram sobre ele os lugares comuns do costume e já lhe colaram os rótulos habituais. Curiosamente, em Portugal, em especial na blogoesfera, tem-se falado pouco sobre ele; talvez porque temos receio de ser confrontados com alguns cantos mais “obscuros” do nosso íntimo e de ter de pôr em causa alguns dos princípios “bonitos” em que nos apraz fundamentarmo-nos.

Uma excepção é a inteligente crítica que Jorge Leitão Ramos publicou no Expresso de 12 de Julho (“Tiro e Queda”) e que perfilho quase sem reticências.

Acrescentarei só que uma das coisas que o filme nos mostra é que o “sistema” cujos indícios vemos na corrupção “hard” da policia, na corrupção “soft” das ONG, no poder brutal dos bandos da droga, não pode ser desmantelado de dentro, porque se auto-regenera. E o conceito de “de dentro” é muito amplo; inclui o modelo produtivo, social e governativo, o corpo legislativo e judicial, a organização policial...

Há uma frase do capitão Nascimento que não pára de me ressoar na cabeça: “Só rico com consciência social é que não sabe que guerra é guerra.”

Outra grande questão “quente” é a da legalização da venda e consumo de droga. É preciso ter a coragem de a abordar sem moralismos. É já um lugar comum, mas nem por isso é menos verdade, que a “Lei Seca” foi a fortuna dos gangsters.

A ver. Absolutamente.

Rosa Redondo, 17.07.2008

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quinta-feira, maio 22, 2008

Os monstros que vivem dentro de nós

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Que alguém mate no auge de uma fúria eu até compreendo. Que alguém mate para sobreviver eu até compreendo. Mas há uma diferença enorme entre matar de um golpe e fazer alguém arder, vivo, durante horas.
É perante coisas como as que estão a acontecer na África do Sul que a nossa esperança definha, quando temos que admitir que receamos os monstros que vivem dentro de nós.

domingo, abril 06, 2008

Por uns jogos gregos em Pequim

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Sou contra o "aproveitamento" político dos Jogos Olímpicos por uma razão muito simples: isso é contrário ao próprio ideal dos jogos tal como foram criados e recriados na Grécia. A ideia foi, e é, estabelecer um período em que mesmo os inimigos mais ferozes se encontram para celebrar a competição pura do desporto.
Se alguém acha que esta ideia não faz sentido então deve simplesmente propor que os jogos acabem e não se fala mais nisso. Continuaremos a ter os Campeonatos Mundiais e muitas outras provas do mesmo tipo; Jogos Olímpicos, não.


Perante a campanha orquestrada com pretexto no Tibete o Comité Olimpico Internacional viu-se recentemente na necessidade de lembrar que não lhe compete resolver os problemas económicos e políticos do mundo. Disse também que muitos dos que "equacionam" o boicote dos Jogos continuam cínicamente a fazer grandes negócios em Pequim. O COI foi ao ponto de classificar como completamente falsa a tese, posta entretanto a circular, de que os Jogos tinham piorado a situação dos direitos humanos na China.

Quando se vê uma figura de opereta como Sarkozy ralhar com um país como a China, que incluía o Tibete quando a Corsega e a Bretanha ainda não integravam a França, é caso para pensar que o espírito colonial, mesmo depois de manifestamente impotente, perdura sem se precaver do ridículo.

domingo, março 23, 2008

O Tibete como pretexto

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Em Outubro do ano passado escrevi um post intitulado "Arma de arremesso de Bush ? " em que me interrogava sobre a condecoração dada pelo presidente americano ao Dalai Lama.
Toda esta trapalhada dos incidentes no Tibete vem confirmar os meus piores receios.
O candidato republicano, um homem musculado, só pode ser beneficiado se aumentarem as tensões em volta do principal concorrente económico da América.
A proximidade dos jogos olímpicos, cuidadosamente escolhida, proporciona também uma excelente oportunidade para impedir a China de brilhar.
Sendo o Tibete uma parte incontestada da RPC, que a comunidade internacional aceita sem reservas, como se esperava que as autoridades reagissem às destruições e agressões (pouco budistas) desencadeadas sem qualquer razão que as justifique neste momento ?
Será que se pretende inverter uma evolução do PC chinês, que todos reconhecem, no sentido de paulatinamente aliviar os entraves à liberdade civil dos chineses ?
Alguns chineses com quem tenho falado não menosprezam de forma alguma as transformações ocorridas nos últimos anos mas entre nós até há quem o faça.
No Público de hoje Jorge Almeida Fernandes escreve um texto sintomaticamente intitulado "A obsessão chinesa do caos". Presumo que o citado autor já deve ter governado vários estados com mais de mil milhões de habitantes e que, da sua larga experiência, já concluiu que a China não tem razões para tais receios. Este tipo de irresponsáveis, a que se juntam os nossos "budistas" de trazer por casa, está sempre pronto para mais uma campanha a favor dos perseguidos, especialmente se se encontram a milhares de quilómetros e estão na moda.

terça-feira, dezembro 11, 2007

A cor dos genes

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O DN de ontem trazia uma notícia no mínimo estranha.
Dizia que "James Watson, o cientista americano que causou recentemente polémica por dizer que os negros são menos inteligentes do que os brancos, tem 16 vezes mais genes negros do que a média dos europeus. Uma análise ao genoma do Nobel da Medicina 1962 (pela descoberta da estrutura da dupla hélice do ADN humano) concluiu que 16 % dos seus genes vêm de um antepassado negro. A maioria dos Europeus só tem 1 %."

O que é isto ? o que se pretende ao deslocar a discussão para este plano ?
afinal a percentagem de "genes negros" é relevante ? qual é o argumento ?

Que Watson só fez a sua polémica declaração porque tem 16 % de "genes negros" ?
Que Watson conseguiu o prémio Nobel apesar de ter 16 % de "genes negros" ?
Que os europeus forçaram a demissão de Watson porque só têm 1 % de "genes negros" ?

Afinal há "genes negros" e "genes brancos" ou são todos genes humanos ?
Que percentagem de "genes estúpidos" terá o autor deste argumento ?