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quarta-feira, setembro 10, 2014

Magic in Moonlight



Magic in Moonlight
O filme deste ano de Woody Allen constitui uma interessante dissertação acerca do eterno jogo entre realidade (seja isso o que for) e fantasia.
Tal jogo disputa-se nos mais variados tabuleiros incluindo o já famoso "viveracima das suas possibilidades".
O filme insinua, como é usual, que o cepticismo e a recusa do ilusório geram infelicidade. No entanto haverá muito quem argumente que o despojar das expectativas é a único caminho para a verdadeira paz de espírito.

segunda-feira, abril 07, 2014

"Palácio das Necessidades"



"Palácio das Necessidades"
Fui ver o filme de Bertrand Tavernier que se inspirou numa banda desenhada, ao que dizem.
Embora seja demasiado extenso, e repise algumas poucas ideias interessantes, constitui uma excelente ilustração da precariedade e falta de substância do poder nas democracias actuais.
Os actores políticos com altos cargos, que aparecem todos os dias nos noticiários televisivos, podiam dizer, como disse Sócrates recentemente, "eu não vinha preparado para isto".
A volatilidade e imprevisibilidade das lotarias eleitorais podem ser comparadas com outras formas de seleccionar os detentores de cargos de responsabilidade. Num país como a China, por exemplo, há uma longa decantação por vários níveis de filtragem que obriga os dirigentes a um processo de formação que é garantia da coerência do sistema e dos seus pressupostos.
Dito isto, tiro o meu chapéu a Thierry Lhermitte que nos dá um ministro frenético mas que nunca descai para o inverosímil.

domingo, março 30, 2014



O Sonho de WADJDA
fui ver o encantador filme de Haifaa Al-Mansour.
Ao que consta a primeira longa-metragem inteiramente levada a cabo na Arábia Saudita.
Confirmei que, a seguir ao racismo, é o fanatismo religioso a aberração que mais repulsa desperta em mim.
A opressão e exploração económica vem só em terceiro lugar.
Eu concordo que é absurdo fazer estas tabelas ordenadas mas eu é que sei como é que se me revolta o estômago.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

O Lobo de Wall Street

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O Lobo de Wall Street 
Scorsese fez um loonguiiissiiiimo filme onde a floresta barroca dos desmandos comportamentais esconde a essência do jogo (tão magistralmente sintetizada nas últimas imagens do filme com a frase "venda-me esta caneta").
Qualquer pessoa atenta e informada não aprenderá grande coisa sobre os fenómenos da "financeirização" e da especulação bolsista.
Di Caprio é, como quase sempre, magistral.

domingo, janeiro 05, 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty



A Vida Secreta de Walter Mitty

este filme de Ben Stiller foi a minha tarde de Domingo. Em boa hora.
Tinha sido recomendado por uns amigos que sabem do meu fascínio pela fotografia.
A história, magnífica, e mostra-nos a fotografia como ela é; uma permanente aventura e a "quintessência" da memória dos afectos.
O herói da fita, Walter Mitty ((Ben Stiller), nasceu nas páginas do The New Yorker, em 1939, como personagem de um conto de James Thurber's. Converteu-se num arquétipo americano para aquilo que eles chamam "day dreamers", ou seja, zés-ninguém sonhadores.
Neste filme de 2013 (há outro com Danny Kaye rodado em 1947), Walter Mitty é apanhado nas engrenagens do avanço tecnológico e da transformação da grande revista ilustrada LIFE numa versão mais "magra" e "online".
O gigantesco acervo de imagens em película, que é o departamento em que Walter trabalha, é uma espécie de biblioteca preciosa que os baldões da rentabilidade ameaçam incendiar, numa lógica insensível à invisível montanha de aventuras e de afectos que lá se escondem.