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quinta-feira, setembro 11, 2014

O segundo debate

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Os debates Costa-Seguro (parece o nome de um barco de cruzeiros) fazem lembrar aquela história de escapar da panela e cair na frigideira.
Costa desembainhou finalmente um bom argumento; as badaladas "80 medidas" propostas por Seguro não passam de um plágio do programa eleitoral do PS de 2009. Seguro ficou atordoado como aqueles boxeurs que são atingidos no maxilar.
O problema é que tal argumento, que faz de seguro um "socratista que não sabe que o é", torna credíveis os que acusam o PS de se preparar para reinstalar o despesismo socrático assim que voltar ao poder.

sábado, julho 05, 2014

RENOVAÇÃO RADICAL


Se o novo líder do BES teve que vir de fora do banco por que não aplicar o mesmo critério ao PS ?
Há uma lista enorme de figuras que têm feito uma oposição muito mais aguerrida do que o Seguro e o Costa.
Aqui ficam algumas sugestões




domingo, outubro 06, 2013

O infantário da política

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É simplesmente vergonhoso que num país como Portugal, mergulhado numa crise gravíssima, os políticos e os comentadores passem a vida em jogos florais que, para o povo, são totalmente irrelevantes.
Durante meses e anos sucedem-se os escândalos semânticos, primeiro com o Relvas, depois, com o fulano dos swaps, em seguida com a Maria Luís e agora está na berlinda o Machete, por causa de uma entrevista.
Grande barulheira de manhã à noite, demite não demite, e depois em qualquer caso passa-se ao alvo seguinte.
Isto, visto de fora, soa a inconsciência ou doideira. Como se alguém que precisasse de subir uma ladeira se entretivesse a atirar cascas de banana.
Visto de dentro, dá uma vontade do caraças às pessoas de se absterem como ainda recentemente fizerem quase 50% dos portugueses.


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sexta-feira, agosto 09, 2013

Imperativo Nacional



Depois das pulhices que se desenrolaram perante os nossos olhos, em todo este caso dos swaps, de onde se conclui que os denunciantes do secretário de estado afinal aprovavam as suas propostas, eu cheguei a uma conclusão.
Constitui um imperativo nacional manter o PS fora das cadeiras do poder durante uns largos anos.
Sócrates, o ideólogo do PS, e os seus acólitos, são sinónimo de mistificação e de golpada.
- Converteram o BPN de problema dos accionistas num problema de todos os portugueses, mas agora atiram as culpas para o governo
- Contrataram swaps e PPPs em barda, até levar o país à bancarrota, e agora são paladinos anti-austeridade como se nada tivessem a ver com o assunto
Nunca fui, nem serei, de qualquer dos partidos do "arco da governação" mas, por respeito por mim próprio, farei tudo o que estiver ao meu alcance para que o PS seja derrotado nas próximas eleições.

domingo, julho 21, 2013

A oportunidade perdida de A J Seguro




Ao recusar o compromisso se "salvação nacional" Seguro perdeu em dois tabuleiros.
- Teve a oportunidade de meter os seus inimigos internos na ordem depois de eles terem tido a ousadia de condicionar, em público, a decisão que ele ainda não tinha anunciado.
- Teve a oportunidade de se colocar no centro da acção política partidária, constituindo-se como parceiro do governo nas negociações "contra" a Troika. 
Qualquer ganho que nesse plano se obtivesse poderia então ser reclamado por ele.
É que estar por dentro era mesmo a única forma de o PS realmente condicionar as opções no governo. 
Recusando essa responsabilidade, em vez bloquear o governo abriu caminho à coligação, que surge cada vez mais como a única alternativa, até 2015.

sexta-feira, julho 19, 2013

O impossível compromisso a quatro


 
Já se sabia que a "salvação nacional" seria difícil mas ela tornou-se quase impossível quando passou a ter que conciliar o PS-a (de TóZé Seguro) e o PS-b (de Sócrates/Soares).
Seguro queria o compromisso por duas razões:
- Evitar ser transformado no bode expiatório de um segundo resgate
- Fugir da cama que lhe está a ser preparada pelo PS-b antecipando as eleições
Claro que o PS-b está-se nas tintas para a culpabilização que cairá sobre o TóZé, que é carne para canhão, e não vê com bons olhos a antecipação das eleições pois precisa de tempo para encenar a substituição do líder. Por isso não quer qualquer compromisso, e prepara-se para impedir Seguro de o assinar.
Da maneira como as coisas estão a evoluir o TóZé, se não assinar o compromisso, está cercado por todos os lados:
- torna-se um líder a prazo pois toda a gente percebe que não manda nem no seu próprio partido
- vai assistir impotente à posse da remodelação governamental proposta por Passos Coelho
- Vê a sua grande bandeira das "eleições já" totalmente esvaziada até 2015
Cavaco dir-lhe-á para ter paciência pois a AR votou "confiança" ao governo e a esquerda mostrou, quando o PS abortou as conversações com o BE, que não tem uma alternativa de governo.

quarta-feira, julho 17, 2013

O homem certo no lugar certo



O homem certo no lugar certo
Alberto Martins foi ministro da Reforma Administrativa no governo de Guterres e ministro da Justiça no governo de Sócrates.
Os resultados extraordinários que obteve nesses dois domínios, comprovados na brilhante situação actual, fazem dele o homem ideal para chefiar a delegação do PS às negociações da salvação nacional.

quinta-feira, abril 05, 2012

BRILHANTE

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António José Seguro referiu depois que «2015 é anos de eleições» legislativas «e os portugueses têm isto bem presente». «O primeiro-ministro não só quer retirar mais rendimentos aos funcionários públicos e aos pensionistas, como quer começar a devolver-lhes às pinguinhas no ano e em véspera de eleições». 
(declarações à imprensa)


Tzé-Tzé Seguro não só confirma implicitamente que PPC ainda será primeiro ministro em 2015 como começa desde já a combater o argumentário dele, com três anos de antecedência. É difícil fazer manobra mais canhestra.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Maçonaria e "barrigas de aluguer"







Maçonaria e "barrigas de aluguer" são dois temas que têm estado na actualidade dos últimos dias e que acabam por ter a ver um com o outro.
De certa forma a Maçonaria é um partido, que não se revela nem sujeita aos votos, mas que realiza os seus fins através de outros partidos que funcionam como "barrigas de aluguer".
A questão não é portanto de saber se os maçons, enquanto cidadãos, têm o direito de intervir políticamente mas sim se respeitam o princípio da não filiação simultânea em mais do que um partido.
Uma organização como a Maçonaria, detentora de uma ideologia, de uma concepção do mundo (que se propõe transformar por meios políticos), de uma militância e de uma liturgia, em que é que se distingue de um partido?
Por que é que esse "partido" não enuncia públicamente os seus fins e objectivos e não pede ao povo que vote neles em vez de parasitar outras organizações para o efeito?

sábado, fevereiro 12, 2011

Em suma, estamos lixados


A moção de censura do BE, se for rejeitada como tudo leva a crer, constituirá um brinde magnífico para José Sócrates.

Com a sua inegável prosápia, na sequência de uma censura abortada ao governo, voltará a maravilhar os portugueses com a habitual panóplia de sucessos imaginários para perpetuar a colonização do Estado pelos incontáveis boys.
Se os alemães se resignarem a abrir os cordões à bolsa lá virá de novo o fascínio saloio pelas tecnologias, mais uma girândola de renováveis e mesmo novas miragens de obras faraónicas. O Estado Social a crédito pode até vir a render, como sempre tem rendido, um resultado eleitoral geitoso.

À esquerda, o PCP e o BE, incapazes de se reinventar, continuarão a remoer os sonhos inconfessados do capitalismo de estado, disfarçado com o activismo sindical, num caso, e com as propostas fracturantes, no outro.

À direita, o PSD e o CDS, reféns dos velhos poderes económicos, tergiversarão sobre o liberalismo económico. Uma aventura que a população, anestesiada com o biberom dos subsídios e do paternalismo estatal, hesita em aceitar. Mesmo com a expectativa de uma maioria absoluta no parlamento a direita sabe que soçobrará na rua qualquer veleidade de transformação.  

Em suma, estamos lixados.

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segunda-feira, dezembro 27, 2010

Multas subsidiadas

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Com as novas regras da lei do financiamento partidário, os partidos vão passar a acrescentar as multas, ao partido ou a dirigentes, às despesas, uma parcela que é subsidiada pelo Estado.
Assim, o dinheiro que os partidos pagam de coimas regressa aos seus cofres mais tarde, sob a forma de subvenção, avança a edição do Público.
O jornal ouviu também Luís de Sousa, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa para a área da corrupção, considerando que esta medida funciona como «alçapão» para escapar à lei. «Assim deixa de ser coima, deixa de ter efeito punitivo. As multas têm que ser sentidas na pele, têm que ser subtraídas à subvenção», explica.

Este caso, só por si, é suficiente para explicar a razão do nosso atraso e da nossa precária situação actual. Neste ambiente, e com esta gente, não é possível qualquer esperança no futuro.

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segunda-feira, agosto 23, 2010

O Estado a que isto chegou

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Em Mangualde, no afã das demolidoras críticas ao projecto de revisão constitucional do PSD, José Sócrates acusou Passos Coelho de querer eliminar o artigo 104.º da Constituição, relativo aos impostos, que prevê a progressividade do IRS. No anteprojecto de revisão social-democrata, esse artigo é, de facto, suprimido. Mas todo o seu articulado é integrado e mantido intacto no artigo 103.º, relativo ao sistema fiscal.
DN 23.08.2010

Os portugueses estão a voltar a investir em força nos offshores. Durante o primeiro semestre de 2010, os investidores nacionais colocaram 1,2 mil milhões de euros naquelas praças financeiras, um valor que contrasta com a retirada de 467 milhões de euros em igual período do ano passado, de acordo com os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal (BdP).
DN 23.08.2010


Ao "demolir" a proposta de revisão constitucional laranja, Sócrates conseguiu a maior ovação dos militantes quando acusou o PSD de querer acabar com o Serviço Nacional de Saúde para todos. E até se serviu de um exemplo internacional para demonstrar a bizarria da proposta laranja de eliminar o "tendencialmente gratuito" na saúde. Precisamente, os EUA: "É extraordinário que Obama faça uma reforma para criar um serviço nacional de saúde, e haja aqui uma força política com uma proposta do passado." Independentemente das críticas à proposta do PSD, o facto é que para já a reforma da saúde de Barack Obama não passa propriamente pela criação de um serviço público de saúde. O Presidente americano alargou o acesso dos seus conterrâneos aos cuidados médicos revendo as regras dos seguros privados. O estado passou a apoiar mais as camadas desfavorecidas, subsidiando os seguros, e obrigou as empresas a fazerem o mesmo para os seus trabalhadores.
DN 23.08.2010


Há médicos que pedem licença sem vencimento do hospital onde trabalham para irem para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde são mais bem pagos. Uma opção que lhes permite manter o vínculo à função pública, e que é possível com autorização especial da tutela.
No entanto, em alguns casos os médicos ficam a trabalhar no mesmo hospital mas com um contrato individual de trabalho - uma situação que os sindicatos garantem ser ilegal e para a qual o Tribunal de Contas já chamou a atenção.
No caso do Hospital de Faro, por exemplo, há 12 médicos a gozar licença sem vencimento: nove continuam a trabalhar no hospital e estão "em situação de transição para contrato individual de trabalho", segundo a instituição. Os outros estão a exercer no privado e o último noutro hospital público.
DN 23.08.2010

Num único dia e num único jornal basta cruzar, sem clubismos, algumas notícias para perceber o ponto crítico a que este país chegou.

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segunda-feira, abril 12, 2010

Entrou com o pé direito

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Passos Coelho fez, no encerramento do Congresso do PSD, um discurso surpreendentemente hábil. Colocou a revisão constitucional no centro do debate o que vem ao encontro do sentimento generalizado de que o regime se encontra num impasse.
Bem poderá Sócrates minimizar a proposta e tentar recusar-lhe o indispensável apoio parlamentar. Quanto mais a revisão fôr contestada e adiada mais ela aparecerá aos olhos dos portugueses como a panaceia que talvez nem seja.
Ao posicionar-se desta forma o novo presidente do PSD transmite também a ideia de que é algo de fundamental que tem que ser mudado e não uma cosmética de conveniência. É daquelas propostas que não precisam de ser aceites pelos adversários e que talvez até sejam mais frutuosas quando os adversários as recusam.
Se juntarmos a isto as referências à necessidade de controle democrático das nomeações para altos cargos na Administração e nas Empresas Públicas, feitas por Passos Coelho, então podemos ter a certeza de que à partida escolheu o terreno mais favorável para a batalha que pretende travar.

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sábado, março 20, 2010

Campanha ambiciosa

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O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho apresentou hoje a moção global de estratégia, cujas «preocupações essenciais estão voltadas para o país», considerando que Portugal tem pela frente «uma tarefa fazível, mas gigantesca».
TSF, 20.03.2010
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quinta-feira, setembro 24, 2009

Avante ou avançar ?

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Acabo de me cruzar com uma uma arruada (ou avenidada pois foi na Av. da Igreja) da JS, comandada para meu espanto pelo bisonho Vitalino "apanha as" Canas.
O homem, em pessoa, parece um daqueles tipos que ficaram até muito tarde nos escuteiros mas que, neste caso, usa fato com colete mesmo sob 29º de temperatura.
Um simpático jovem ofereceu-me a simpática raquette que figura neste post um adereço que, suponho eu, a JS recomenda ao povo para enxotar os problemas que o afligem.
Ao receber a oferta eu gritei: "Avante Portugal !", para testar o jovem. Ele, prevenido e bem formado, percebeu a provocação e respondeu: "Avante não, avançar !".
Talvez avante e avançar não sejam assim tão diferentes. Quando me meti no carro ouvi, no noticiário, que uma aliança pós-eleitoral entre o PS e o PCP começa a estar em cima da mesa.
Creio perceber que o Eng. Sócrates quer ver se arranja forma de evitar o Dr. Louçã, que ele considera, sabe-se lá porquê, um chato.
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segunda-feira, agosto 31, 2009

A carreira indecente do "Compromisso de Verdade"

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"Suspenderemos, porém, o actual modelo de avaliação dos professores, substituindo-o por outro que, tendo em conta os estudos já efectuados por organizações internacionais, garanta que os avaliadores sejam reconhecidos pelas suas capacidades científicas e pedagógicas, com classificações diferenciadas tendo por critério o mérito, e dispensando burocracias e formalismos inúteis no processo de avaliação. Reveremos o Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente no respeitante ao regime de progressão na carreira, corrigindo as injustiças do modelo vigente e abolindo a divisão, nos termos actuais, na carreira docente."
"Compromisso de Verdade", programa do PSD para as legislativas 2009

Para além do oportunismo repugnante este ponto do Programa Eleitoral do PSD é um tratado para se perceber como, eleição após eleição, as corporações têm esmifrado à oposição as mordomias que levaram o Estado português ao estado actual, à beira da falência.
Estou a lembrar-me, a este propósito, do "Novo Sistema Retributivo da Função Pública" adoptado durante os mandatos de Cavaco Silva.
O processo é muito simples, o PSD enquanto oposição promete tudo o que o PS recusou como governo, e o PS na oposição concede tudo o que o PSD negou estando no poder. Alternadamente.
A verdade deste "Compromisso de Verdade" é que o PSD se propõe comprar votos com o dinheiro dos próprios eleitores, com o nosso dinheiro.
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sábado, agosto 15, 2009

PS mete o avô e a criança no mesmo saco


Público
14.08.2009

O PS lançou ontem o primeiro de quatro números do jornal de campanha eleitoral às legislativas, que pretende de "fácil leitura", para "o avô e a criança", e que será distribuído nas cidades e praias.
Em conferência de imprensa na sede do PS, o director do jornal, Ascenso Simões, secretário de Estado das Florestas, disse que o jornal foi pensado para ser "simples e de fácil leitura", e que "serve para o avô e serve para a criança".
No primeiro número do jornal Avançar Portugal, que teve uma tiragem de 200 mil exemplares, a "manchete" é uma entrevista ao coordenador do programa eleitoral do PS, António Vitorino. Para além de enumerar os objectivos do programa socialista, António Vitorino confessa que leva para férias um livro para aprender como se deve "adaptar à meia-idade". A imagem do primeiro-ministro e secretário-geral socialista, José Sócrates, aparece apenas na secção "descubra as diferenças". "Não é um jornal de risco ao meio, é tão inventivo que conseguimos transmitir a mensagem sem a leitura tradicional", afirmou Ascenso Simões.

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Trata-se do regresso à antiga máxima "a velhice é uma segunda infância" ?

O PS está desactualizado. Hoje, grande parte dos avós é gente activa e interveniente, capaz de ler um jornal para adultos. Um jornal normal.

Eu, orgulhosamente avô, sinto-me ofendido por ser posto intelectualmente ao nível das crianças. Por isso acho que o PS acaba de dar um tiro no pé.

Ou será uma vingança contra o Vital Moreira, o "avô cantigas" das últimas europeias ?


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sábado, agosto 08, 2009

Uma nova guerra do Solnado

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Há nos dias que correm uma radicalização do discurso político que é bastante artificial, que finge grandes diferenças e grandes opções onde elas não existem. Chega a ser ridículo.

À volta dos fait divers de cada dia montam-se guerras de palavras entre as praças fortes dos partidos na blogosfera. Quer se trate da "Joana bate pestana" ou do "Conselho Nacional de Ética", ou de qualquer outra irrelevância, fazem-se ofensas pessoais, invocam-se princípios sagrados e grita-se como se estivessem em causa os destinos do país.

Penso que quanto mais se grita mais se confirma o vazio e a incapacidade para confrontar verdadeiras propostas. Ou talvez as propostas não fizessem o estardalhaço mediático que se pretende.
Ganhariam todos muito em moderar o tom do discurso e em dedicar atenção aos problemas em vez dos ataques mútuos.

Adenda: só depois de ter escrito este post, com este título, é que eu soube da morte do grande actor. Uma coincidência incrível. Mantenho o título como homenagem a Raúl Solnado.

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segunda-feira, julho 06, 2009

Ninguém se demite ?

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Uma entidade idónea a "Intercampus", considerada competente, conduziu para a SEDES um inquérito onde entre outras coisas se conclui:


- só 5% dos inquiridos acham que os "governantes têm muitas vezes em conta as opiniões dos cidadãos"
- só 12% dos respondentes pensa que "as pessoas como eu têm influência sobre o que o Governo faz"
- só 9% declaram "os políticos preocupam-se com o que pensam as pessoas como eu"
- só 8% considera que "quem está no poder não busca sempre os seus interesses pessoais"

Confirmando a validade destas opiniões os visados, a chamada "classe política", assobiou para o lado como se nada tivesse acontecido.
É caso para perguntar: ninguém se demite ? ninguém tem vergonha na cara ? quando é ao povo não faz mal acenar com os corninhos ?
Esta olímpica indiferença radica na convicção de que o povo é uma espécie de receptáculo para onde se atiram doses sucessivas de "esclarecimento" até que se porte bem. O povo acabará por perceber os altos desígnios, quer queira quer não.
Ainda recentemente os partidos insistiram em prolongar as campanhas eleitorais através do desfasamento das datas das legislativas e das autárquicas. Ninguém cuidou de saber qual era a opinião dos destinatários.
Como este inquérito mostra as pessoas comuns não pretendem ser mais "esclarecidas" por quem consideram incompetente para o fazer. Estão fartas de campanhas que se parecem demasido com a venda de sabonetes e de querelas entre exaltados "magos" que têm sempre na manga a solução redentora até lhes ser dada oportunidade de a pôr em prática.
Depois da abstenção em massa viremos talvez a assistir, num futuro próximo, à proliferação de autocolantes amarelos desesperados. Talvez assim eles percebam que está na hora de refundar a nossa democracia.
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quinta-feira, junho 18, 2009

Nova esquerda

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Chama-se Nova Esquerda. Vai organizar-se e funcionar como movimento, mas legalmente ficará inscrito como partido no Tribunal Constitucional. É apresentado quarta-feira em Lisboa. Junta os alegristas que ficaram descontentes com a decisão de Manuel Alegre de não sair do PS.

Parece estar em curso o esquartejamento do PS. A derrota eleitoral para o Parlamento Europeu deixou o partido como um animal ferido, que os predadores farejam ao longe.
Corremos o risco de deslizar para uma esquerda constelação de pequenos partidos, seitas puristas que se hão-de digladiar até ao descrédito total.
É esse tipo de esquerda que explica os inexplicáveis Berlusconi.

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