Mostrar mensagens com a etiqueta brasil. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta brasil. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, abril 15, 2011

Honoris Causa



Desde que desembarcou em Pequim para sua primeira visita ao gigante asiático, Dilma Rousseff tem ressaltado que deseja inaugurar uma nova etapa nas relações e dar um salto qualitativo no modelo existente que, no entanto, permitiu elevar o comércio entre os dois países de 2,3 bilhões de dólares no ano 2000 a US$ 56,4 bilhões em 2010.
Nos últimos dois anos a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras e o maior investidor no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos anos por Estados Unidos e Espanha. Os investimentos chineses estão centrados nas áreas de petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.
"Precisamos ir além da complementaridade de nossas economias para favorecer uma relação dinâmica, diversificada e equilibrada", disse a presidente do Brasil no encerramento do fórum que reuniu os 240 empresários que a acompanham na viagem e dezenas de executivos chineses.
Ver o resto deste texto da AFP 


Mas os chineses não lhe deram a Honoris Causa

.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Todos querem vender sem comprar




Quase a metade (exatamente 45%) das empresas industriais brasileiras que competem com empresas da China perdeu participação no mercado doméstico em 2010. É isso que mostra a Sondagem Especial China, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pesquisa, realizada com 1.529 empresas entre 4 e 19 de outubro, informa que em quatro setores – produtos de metal, couros, calçados e têxteis – a queda na participação das vendas no mercado interno pela concorrência com produtos chineses atingiu mais da metade das indústrias (ver o texto completo).


A indústria brasileira de papel e celulose ameaça pedir sanções contra o papel importado da China, acusando o país de adotar subsídios à produção asiática que retira mercado das empresas domésticas.
“Não queremos cercear a importação, mas é preciso interromper o processo e encontrar uma solução imediata para reduzir o produto que vem com subsidio”, afirmou a presidente-executiva da Associação Brasileira da Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes. Segundo dados da entidade, as importações de papel cresceram 40% em 2010, atingindo uma receita de US$ 1,4 bilhão (ver o texto completo).


O cônsul da China em são Paulo, Sun Rongmao, disse que o Brasil e a China devem manter parceria em suas relações comerciais, mas sugeriu que o Brasil deveria aprender com o país asiatico. “Em vez de tomar medidas muito restritivas contra os chinesas, poderia fazer alguns controles, como a China fez para o seu desenvolvimento”, disse Rongmao, após um encontro promovido pela Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE).
Entre as medidas que poderiam servir de exemplo, o cônsul diz que o governo chinês exige que empresas estrangeiras localizadas no país exportem pelo menos 30% de sua produção. Com isso, ele consegue proteger as empresas chinesas, na medida em que impede que multinacionais de outras regiões do mundo atendam toda a demanda do mercado local.
Tang e Sun rebatem críticas de empresários brasileiros, que estão pedindo ao governo medidas de restrição às importações chinesas. Para eles, as empresas brasileiras deixam de ser competitivas porque o País tem altos tributos e burocracias.
Tang afirma que as empresas chinesas recebem muitos incentivos do governo para crescer. Por isso conseguem vender a preços inferiores. Além disso, em geral, são maiores do que as brasileiras e têm ganhos de escala. Outro fator que favorece os chineses, segundo ele, é que toda a distribuição de empresas no território do país asiático foi planejada para facilitar a vida dos empresários. “Em muitas províncias foram construídas zonas econômicas que concentram produtores e fornecedores, o que acaba barateando custos logísticos, por exemplo”, diz Wei (ver o texto completo).


Estas são citações de três artigos que tratam da conturbada reacção dos empresários brasileiros ao comércio com a China.
O problema, quando se pensa em adoptar restrições, é que a China é o maior parceiro comercial brasileiro.
A China absorve 15% de tudo que o Brasil vende ao mundo.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior brasileiro, em 2010, "o Brasil vendeu ao mundo US$ 201 bilhões (R$ 335 bilhões), sendo US$ 31 bilhões (R$ 52 bilhões, ou 15,2%) para o país asiático".

.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Embraer decide fechar fábrica na China

.



SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP - A Embraer optou pelo fechamento da sua fábrica na China devido aos planos chineses de produzir seus próprios aviões. "Os chineses vão começar sua produção própria em 2011 e nos veem como concorrentes", disse Paulo Cesar de Souza e Silva, vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial da Embraer.
A empresa tem uma fábrica na China em associação com a Aviation Industries of China (Avic), para a fabricação do ERJ-145, de 50 lugares. A ideia da Embraer seria ter a autorização para construir um avião maior, de capacidade para 120 passageiros. Porém, a China está desenvolvendo aviões próprios. Segundo Silva, a última entrega de um ERJ-145 será feita em março.
O executivo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta para o governo chinês sobre o assunto, mas não obteve resposta. "Não temos perspectivas de continuar a produção", disse.
Estadão.com.br

Agora a Embraer para além de deixar de vender na China vai ter, provavelmente, mais um concorrente de peso no mercado mundial.
Esperemos que esta reviravolta não lance por terra os nossos ambiciosos planos de criar em Évora uma "Autoeuropa dos aviões".

.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Complementaridade estratégica

.



Em fins de 2009, o valor acumulado de investimentos chineses no Brasil foi de 400 milhões de dólares americanos. A partir de 2010, essa soma ultrapassou 20 biliões de dólares americanos e a China tornou-se o principal investidor estrangeiro no País. Empresas chinesas compraram quatro minas de minério de ferro, e tentam adquirir centenas de milhares de hectares de terra para o plantio de soja, além de investirem cada vez mais no sector do petróleo e do gás.
A CNOOC (China National Offshore Oil Company) está em negociações com o grupo EBX, do bilionário brasileiro Eike Batista. A Sinopec já investiu cerca de 1 biliões de dólares americanos na construção de gasodutos para a Petrobrás, compra de blocos para exploração offshore e agora adquiriu a Repsol Brasil. A Petro China está também de olho em activos brasileiros no petróleo e gás. As empresas de equipamentos e serviços da China também visam o mercado brasileiro do sector.
O Brasil necessita de capital para fazer crescer a sua economia e gerar empregos, enquanto a China necessita dos recursos estratégicos que são abundantes no país. A procura chinesa fez com que o Brasil pudesse pagar a quase a totalidade da divida externa e acumular 273 triliões de dólares americanos de reservas. Essas reservas ajudaram o Brasil a ser um dos últimos a entrar na recente crise económica e a ser um dos primeiros a sair da crise.
Ler o artigo completo em HojeMacau, 05.10.2010

Pessoas e capital, de um lado, recursos naturais do outro. A complementaridade destes dois gigantes tem potencial para determinar a economia mundial nas próximas décadas. É o que eu acho.
.

quinta-feira, julho 01, 2010

Olho VIVO




Decorrem debates emocionados, e patrióticos, acerca do veto de Sócrates à tentativa de venda da Vivo pela PT.  Qual padeira de Aljubarrota brandindo uma golden share em vez de uma pá.
Todos parecem esquecer que a disputa diz respeito a uma empresa que funciona no Brasil e não na Ibéria.
O "nacionalismo" neocolonialista de Sócrates, se faz algum sentido no contexto das negociatas, é portanto exercido em detrimento do legítimo "nacionalismo" de Lula da Silva.
Muito me riria eu se tudo isto acabasse com a nacionalização da Vivo pelo governo brasileiro.

.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O TGV foi-se, viva o "Trem-Bala"

.


Pequim - A China decidiu participar da concorrência para o trem de alta velocidade que vai ligar Rio, São Paulo e Campinas e busca empresas brasileiras das áreas de construção e consultoria para integrar seu consórcio. Na semana retrasada, representantes do Congresso e do governo brasileiros estiveram na China para conhecer a malha de trens rápidos do país, que até 2013 será a maior do mundo.
A expectativa do governo é que entrada dos chineses na disputa force a redução dos preços, já que se avalia que a proposta será agressiva. Os representantes de Pequim sustentam que possuem o trem mais barato e rápido do mundo.
(ler o resto do artigo aqui)

É altura de abandonarmos os projectos do TGV e adoptarmos o "trem-bala". Os chineses fazem-nos a coisa por tuta e meia. O endividamento externo agradece.

.

quarta-feira, maio 06, 2009

Museu da Corrupção


O Diário do Comércio, no Brasil, inaugurou o Museu da Corrupção on-line, "para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder".
Se esta moda pega...

.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Matar pulga

.


Não consigo deixar de me espantar com o número de cidadãos brasileiros que acede ao DOTeCOMe na sequência de uma pesquisa com a chave "matar pulga".

Aterram directamente num post que fiz em Junho de 2008 e que nada tem a ver com o dito animalzinho que pelos vistos tanto aflige os nossos amigos do outro lado do Atlântico. Eles vêm à procura de uma ajuda prática, para um problema comezinho, e recebem de volta uma questão política.

Estes são os insondáveis acasos e as frutuosas contaminações da rede global.

.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Assuntos marcianos

.


"A directora de negócios da Google Brasil, Adriana Greinberger, apresentou recentemente alguns números sobre a realidade da internet:
- 1.400 milhões de pessoas online em todo o mundo

- 1.000 milhões de buscas por dia, só no Google
- 300 milhões de usuários em redes sociais
A palestra de Adriana foi super rápida. Ela martelou em uma ideia: o utilizador é que manda, é ele que diz se um produto vai viver ou vai morrer. Citou o exemplo de produto da própria Google, o Google Marte. A idéia era replicar a lógica de um sucesso, o Google Earth, para o Planeta Vermelho.

Mas quem aqui quer ver a paisagem de Marte? Perguntou Adriana. Ninguém quis. E o produto morreu." (Rede+Mídia, Brasil)

Afinal os mercados também são uma forma de democracia.
Não sei porquê o Brasil dedica ao Google uma atenção incomparávelmente maior do que Portugal. O mesmo se passa com a China, que em Portugal quase só aparece como tema de campanhas pelos direitos humanos, tratada digamos como um assunto marciano, enquanto no Brasil motiva análises e acompanhamento intensivo.
Acho que o Google Marte tem em Portugal pelo menos um fã, e um fã de peso: Pacheco Pereira.
.

segunda-feira, outubro 08, 2007

A melhor da semana passada - 8



MACHADADA FATAL NO GERUNDISMO






Há dias, José Roberto Arruda, governador de Brasília, decretou (decretou mesmo, não foi decretando), o seguinte: "Decreto n.º 28314. Art. 1º - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal."

Medida acertada. O gerúndio é a modos que um tempo verbal que não faz, vai fazendo. "- Você está pronta, meu bem? - Estou indo..." O gerúndio apanha uma carroça ronceira de cada vez que vai a algum lado. Aliás, já vimos, não vai. Vai indo.

Daí o movimento "Chega de Gerundismo" que se criou no Brasil e de que o cortante decreto foi expressão. Que um governante rape da caneta para acabar com as modorras é de aplaudir. Sou a favor do combate a todas as muletas que arrastam a palavra (reparem, não abri esta crónica com "Há dias atrás...").

E não venham com "a língua não vai lá com decretos", eu e o governador sabemo-lo. O facto é que uma provocação - que vai direito ao assunto - muda. Não vai mudando.

Ferreira Fernandes
Diário de Notícias, 4 de Outubro 2007

terça-feira, agosto 24, 2004

Comunismo no Brasil



Muitas imagens, sons, textos e debates com sotaque do Brasil.

Veja o comunismo.com.br