quinta-feira, setembro 12, 2019
Apresentação das "Crónicas..."
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sexta-feira, julho 05, 2019
O Verão está aí
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sábado, junho 08, 2019
Crónicas de um Tenente
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domingo, março 25, 2018
A mochila
Os homens tinham descoberto uma nascente a cerca de 50 metros do rio. Do lado esquerdo do pontão onde atracavam as lanchas.
Depois aguém se lembrou de fazer a “piscina”. Um nome megalómano que servia para designar um rectângulo, balizado por tijolos, onde a nascente empoçava nuns abissais setenta centímetros de profundidade.
Ao fim da tarde assistia-se sempre a um cortejo algo ridículo, de calções e toalhas de banho, que se propunha disputar um recanto da “piscina”. Mais do que refrescar-se o que eles pretendiam era ter a sensação de uns momentos de lazer, mesmo correndo o risco de ser mordido pelas sanguessugas, que arrancavam de perna alçada para gáudio dos colegas.
Naquele dia o tenente também lá foi. Que raio, não era por se misturar com os marujos que lhe caíam os parentes na lama. Ele já aprendera que a camaradagem não resultava, só por si, em faltas de respeito ou desobediências. Podia até reforçar a disciplina, por razões que não cabe aqui desenvolver.
Ouviu alguma piadas amistosas e lá meteu os pés na água morna, beneficiando da boa vontade devida a quem comandava aquele improvisado “aquartelamento”.
Tinham desembarcado ali um mês antes com toneladas de equipamento e víveres, debaixo de uma chuvada diluviana, e do nada que existia tinham feito nascer o “aquartelamento”. Adjacente ao rio e ao velho pontão, que ali ficara, dizia-se, dos tempos em que a CUF lá carregava a mancarra.
E lá ficaram a “ocupar a posição”, sem saberem bem porquê, ouvindo de quando em quando o canhão-sem-recuo do inimigo a fazer tiro de exploração a que o tenente não deixava responder. Na verdade, em termos de eficácia militar, nem tinham com que o fazer.
Foi então que surgiu a “piscina” e o referido banho do tenente.
Estava ele virado para o rio quando lhe pareceu ver um corpo vogando para montante. Saltou da água e aproximou-se da margem, fixando a vista. Não era a primeira vez que passavam animais, a boiar. Até um hipopótamo, inchado, se tal se pode dizer de um animal tão gordo, andara para baixo e para cima.
Farto daquela cena tétrica, meteu-se num bote de borracha e foi retirar o corpo da água. Era um guerrilheiro fardado e equipado.
Informado o QG, via rádio, ficou a saber-se que um grupo do PAIGC fora interceptado, quando atravessava o Cacheu numa piroga, e bombardeado. Ordenaram que se procedesse a uma tentativa de identificação do cadáver. O tenente recebeu ordens para comunicar o que encontrasse e guardar o cadáver até que chegasse o helicóptero para o levar.
Na mochila o tenente encontrou uma máquina fotográfica e muitas fotografias de reuniões políticas nas tabancas. O morto, percebia-se pelas imagens, seria uma espécie de comissário político que teria vindo fazer o seu trabalho de recrutamento e organização da resistência armada.
Num outro compartimento, encharcado, surgiu um livro: "Filosofia Marxista - Compêndio Popular", V. G. Afanassiev, Editorial Vitória, Rio de Janeiro. Nada mais nada menos que o último livro que o tenente andara a ler antes de embarcar para a guerra.
Um livro que ficara na sua casa de Lisboa. Um livro que ainda está na sua casa de Lisboa.
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quinta-feira, maio 14, 2015
FLASHBACK, o livro
Passei os últimos três anos a fotografar com mais de 300 câmaras fotográficas e para o efeito usei cerca de 20 tipos de rolos de filme diferentes, alguns dos quais deixaram de se produzir há décadas.
Neste mecanismo crowdfunding se o projecto, por qualquer razão, não se realizar o dinheiro é devolvido às pessoas.
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terça-feira, janeiro 27, 2015
FlashBack
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quinta-feira, maio 15, 2014
As armadilhas da mente
em especial a todos aqueles que sofrem com a irracionalidade que prolifera no espaço público e também para aqueles- por vezes os mesmos- que para ela contribuem.
Os "estudos" mostram que o homem (todos nós, claro) passa a vida sujeito às armadilhas da mente, "saltando para conclusões" e procurando incessantemente causalidades e intencionalidades mesmo onde isso não faz qualquer sentido.
Ter consciência disto não resolve o problema, mas ajuda...
sábado, maio 10, 2014
Vivi, ou seja, vi, vi, vi...
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terça-feira, abril 29, 2014
Eu vou nos 16790
Fiz ontem as contas e foram mais de trinta mil os dias em que adormecemos e acordámos juntos, na cama onde agora te escrevo e de onde espero sair para ir de novo até ti. Trinta mil dias a olhar-te dormir, a saber o frio ou o calor do teu corpo, a perceber o que te doía por dentro, a amar cada ruga a mais que ia aparecendo. Trinta mil dias de eu e tu, desta casa que um dia dissemos que seria a nossa (que será de uma casa que nos conhece tão bem quando já aqui não estivermos para a ocupar?), das dificuldades e dos anseios, dos nossos meninos a correr pelo corredor, da saudade de nos sabermos sempre a caminho de sermos só nós. Trinta mil dias em que tudo mudou e nada nos mudou, das tuas lágrimas tão bonitas e tão tristes, das poucas vezes em que a vida nos obrigou a separar (e bastava uma tarde longe de ti para nem a casa nem a vida continuarem iguais). Trinta mil dias, minha velha resmungona e adorável. Eu e tu e o mundo, e todos os velhos que um dia conhecemos já se foram com a velhice. Nós ainda aqui estamos, trinta mil dias depois, juntos como sempre. Juntos para sempre. Trinta mil dias em que desaprendi tanta coisa, meu amor. Menos a amar-te.
Pedro Chagas Freitas,
in "Prometo Falhar"
Encomenda de exemplares autografados exclusivamente através do e-mail
pedrochagasfreitas1@gmail.com
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quinta-feira, março 27, 2014
THE SECOND MACHINE AGE
THE SECOND MACHINE AGE
Há dias um político da nossa praça, que escreve nos jornais, citava este livro sobre as maravilhas do novo mundo.
Os autores, Erik Brynjolfsson and Andrew McAfee, são nomes sonantes do MIT o que dá sempre um toque de credibilidade.
Mas eu, que trabalhei desde 1970 nas tecnologias da informação já estou "careca" de ouvir discursos ditirâmbicos sobre as tecnologias, que depois se revelam miragens (há 10 anos até escrevi um livro sobre isso http://
Todos sabemos que tem havido enormes desenvolvimentos tecnológicos mas constatar isso não nos adianta grande coisa se não se compreender a interligação com a criação de valor e com a matriz das relações de produção.
A ideia bacoca de que o crescimento exponencial das tecnologias nos fará deslizar para um mundo de abundância e lazer é bastante irrealista.
As transformações dramáticas no plano tecnológico não podem deixar de provocar correspondentes transformações dramáticas no significado e organização do trabalho bem como nas organizações e instituições que ainda hoje temos, herdadas que foram da Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX.
Isso é que deve ser discutido, compreendido, e, na medida do possível, controlado e dirigido.
http://
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domingo, janeiro 05, 2014
A Vida Secreta de Walter Mitty
A Vida Secreta de Walter Mitty
este filme de Ben Stiller foi a minha tarde de Domingo. Em boa hora.
Tinha sido recomendado por uns amigos que sabem do meu fascínio pela fotografia.
A história, magnífica, e mostra-nos a fotografia como ela é; uma permanente aventura e a "quintessência" da memória dos afectos.
O herói da fita, Walter Mitty ((Ben Stiller), nasceu nas páginas do The New Yorker, em 1939, como personagem de um conto de James Thurber's. Converteu-se num arquétipo americano para aquilo que eles chamam "day dreamers", ou seja, zés-ninguém sonhadores.
Neste filme de 2013 (há outro com Danny Kaye rodado em 1947), Walter Mitty é apanhado nas engrenagens do avanço tecnológico e da transformação da grande revista ilustrada LIFE numa versão mais "magra" e "online".
O gigantesco acervo de imagens em película, que é o departamento em que Walter trabalha, é uma espécie de biblioteca preciosa que os baldões da rentabilidade ameaçam incendiar, numa lógica insensível à invisível montanha de aventuras e de afectos que lá se escondem.
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quinta-feira, maio 16, 2013
Carnaval 2007
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quinta-feira, março 28, 2013
A Força da Fotografia
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quarta-feira, fevereiro 20, 2013
quarta-feira, dezembro 12, 2012
HABITAT 2012
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quarta-feira, julho 04, 2012
CHANNEL
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sexta-feira, maio 25, 2012
Os limites do Capitalismo
Jappe defende nele algumas teses que eu já tinha enunciado em 2003, embora com uma lógica diferente (no livro "Do Capitalismo para o Digitalismo").
Hora da publicação: 17:10 0 comentários
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segunda-feira, janeiro 30, 2012
KODAK, já vem de longe
Hora da publicação: 23:15 0 comentários
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quinta-feira, janeiro 26, 2012
PAISAGENS
Hora da publicação: 11:54 2 comentários
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terça-feira, novembro 22, 2011
As pedras de PETRA
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