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quinta-feira, setembro 12, 2019

sexta-feira, julho 05, 2019

sábado, junho 08, 2019

Crónicas de um Tenente





Lançamento das "Crónicas de um Tenente"
Na mesa contei com a presença dos amigos (da esquerda para a direita), Daniel Maymone, Osvaldo Cordeiro, Mário de Carvalho e Fernando Mão de Ferro.





domingo, março 25, 2018

A mochila




Os homens tinham descoberto uma nascente a cerca de 50 metros do rio. Do lado esquerdo do pontão onde atracavam as lanchas.
Começou por ser uma curiosidade naquele fim do mundo, onde pouco mais acontecia do que o rio a passar, umas vezes para juzante, durante a maré vazia, outras vezes para montante quando quando ela enchia. E à noite, claro, os ataques da chusma dos mosquitos.
Depois aguém se lembrou de fazer a “piscina”. Um nome megalómano que servia para designar um rectângulo, balizado por tijolos, onde a nascente empoçava nuns abissais setenta centímetros de profundidade.
Ao fim da tarde assistia-se sempre a um cortejo algo ridículo, de calções e toalhas de banho, que se propunha disputar um recanto da “piscina”. Mais do que refrescar-se o que eles pretendiam era ter a sensação de uns momentos de lazer, mesmo correndo o risco de ser mordido pelas sanguessugas, que arrancavam de perna alçada para gáudio dos colegas.
Naquele dia o tenente também lá foi. Que raio, não era por se misturar com os marujos que lhe caíam os parentes na lama. Ele já aprendera que a camaradagem não resultava, só por si, em faltas de respeito ou desobediências. Podia até reforçar a disciplina, por razões que não cabe aqui desenvolver.
Ouviu alguma piadas amistosas e lá meteu os pés na água morna, beneficiando da boa vontade devida a quem comandava aquele improvisado “aquartelamento”.
Tinham desembarcado ali um mês antes com toneladas de equipamento e víveres, debaixo de uma chuvada diluviana, e do nada que existia tinham feito nascer o “aquartelamento”. Adjacente ao rio e ao velho pontão, que ali ficara, dizia-se, dos tempos em que a CUF lá carregava a mancarra.
E lá ficaram a “ocupar a posição”, sem saberem bem porquê, ouvindo de quando em quando o canhão-sem-recuo do inimigo a fazer tiro de exploração a que o tenente não deixava responder. Na verdade, em termos de eficácia militar, nem tinham com que o fazer.
Foi então que surgiu a “piscina” e o referido banho do tenente.
Estava ele virado para o rio quando lhe pareceu ver um corpo vogando para montante. Saltou da água e aproximou-se da margem, fixando a vista. Não era a primeira vez que passavam animais, a boiar. Até um hipopótamo, inchado, se tal se pode dizer de um animal tão gordo, andara para baixo e para cima.
Farto daquela cena tétrica, meteu-se num bote de borracha e foi retirar o corpo da água. Era um guerrilheiro fardado e equipado.
Informado o QG, via rádio, ficou a saber-se que um grupo do PAIGC fora interceptado, quando atravessava o Cacheu numa piroga, e bombardeado. Ordenaram que se procedesse a uma tentativa de identificação do cadáver. O tenente recebeu ordens para comunicar o que encontrasse e guardar o cadáver até que chegasse o helicóptero para o levar.
Na mochila o tenente encontrou uma máquina fotográfica e muitas fotografias de reuniões políticas nas tabancas. O morto, percebia-se pelas imagens, seria uma espécie de comissário político que teria vindo fazer o seu trabalho de recrutamento e organização da resistência armada.
Num outro compartimento, encharcado, surgiu um livro: "Filosofia Marxista - Compêndio Popular", V. G. Afanassiev, Editorial Vitória, Rio de Janeiro. Nada mais nada menos que o último livro que o tenente andara a ler antes de embarcar para a guerra.
Um livro que ficara na sua casa de Lisboa. Um livro que ainda está na sua casa de Lisboa.

quinta-feira, maio 14, 2015

FLASHBACK, o livro


Já toda a gente sabe que tenho a mania de coleccionar máquinas fotográficas antigas (século XX) e de fotografar com elas.
Passei os últimos três anos a fotografar com mais de 300 câmaras fotográficas e para o efeito usei cerca de 20 tipos de rolos de filme diferentes, alguns dos quais deixaram de se produzir há décadas.
Agora estou a pensar publicar um livro que mostre essa aventura fotográfica, apresentando as máquinas lado a lado com as fotografias que elas produziram.
Nesse sentido, lancei um crowdfunding em que o apoio constitui uma pré-encomenda do livro chamado Flashback, bilingue (português/inglês), e com cerca de 160 páginas.
Neste mecanismo crowdfunding se o projecto, por qualquer razão, não se realizar o dinheiro é devolvido às pessoas.
Se estiverem interessados em viabilizar esta iniciativa as modalidades de pré-encomenda e de pagamento podem ser vistas neste site, bastando escolher uma das várias recompensas atribuídas aos apoiantes

terça-feira, janeiro 27, 2015

FlashBack





Acabei de publicar o livro "FLASHBACK - 300 câmaras em 3 anos" (versão em inglês)

quinta-feira, maio 15, 2014

As armadilhas da mente




Um livro que recomendo vivamente
em especial a todos aqueles que sofrem com a irracionalidade que prolifera no espaço público e também para aqueles- por vezes os mesmos- que para ela contribuem.
Os "estudos" mostram que o homem (todos nós, claro) passa a vida sujeito às armadilhas da mente, "saltando para conclusões" e procurando incessantemente causalidades e intencionalidades mesmo onde isso não faz qualquer sentido.
Ter consciência disto não resolve o problema, mas ajuda...

sábado, maio 10, 2014

Vivi, ou seja, vi, vi, vi...

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O que eu quero com as minhas fotografias 
é parafrasear Neruda; confesso que vi, vi, vi...

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terça-feira, abril 29, 2014

Eu vou nos 16790



Fiz ontem as contas e foram mais de trinta mil os dias em que adormecemos e acordámos juntos, na cama onde agora te escrevo e de onde espero sair para ir de novo até ti. Trinta mil dias a olhar-te dormir, a saber o frio ou o calor do teu corpo, a perceber o que te doía por dentro, a amar cada ruga a mais que ia aparecendo. Trinta mil dias de eu e tu, desta casa que um dia dissemos que seria a nossa (que será de uma casa que nos conhece tão bem quando já aqui não estivermos para a ocupar?), das dificuldades e dos anseios, dos nossos meninos a correr pelo corredor, da saudade de nos sabermos sempre a caminho de sermos só nós. Trinta mil dias em que tudo mudou e nada nos mudou, das tuas lágrimas tão bonitas e tão tristes, das poucas vezes em que a vida nos obrigou a separar (e bastava uma tarde longe de ti para nem a casa nem a vida continuarem iguais). Trinta mil dias, minha velha resmungona e adorável. Eu e tu e o mundo, e todos os velhos que um dia conhecemos já se foram com a velhice. Nós ainda aqui estamos, trinta mil dias depois, juntos como sempre. Juntos para sempre. Trinta mil dias em que desaprendi tanta coisa, meu amor. Menos a amar-te.

Pedro Chagas Freitas,
in "Prometo Falhar"


Encomenda de exemplares autografados exclusivamente através do e-mail
pedrochagasfreitas1@gmail.com

quinta-feira, março 27, 2014

THE SECOND MACHINE AGE




THE SECOND MACHINE AGE
Há dias um político da nossa praça, que escreve nos jornais, citava este livro sobre as maravilhas do novo mundo.
Os autores, Erik Brynjolfsson and Andrew McAfee, são nomes sonantes do MIT o que dá sempre um toque de credibilidade.
Mas eu, que trabalhei desde 1970 nas tecnologias da informação já estou "careca" de ouvir discursos ditirâmbicos sobre as tecnologias, que depois se revelam miragens (há 10 anos até escrevi um livro sobre isso http://digital-ismo.blogspot.pt/)
Todos sabemos que tem havido enormes desenvolvimentos tecnológicos mas constatar isso não nos adianta grande coisa se não se compreender a interligação com a criação de valor e com a matriz das relações de produção.
A ideia bacoca de que o crescimento exponencial das tecnologias nos fará deslizar para um mundo de abundância e lazer é bastante irrealista.
As transformações dramáticas no plano tecnológico não podem deixar de provocar correspondentes transformações dramáticas no significado e organização do trabalho bem como nas organizações e instituições que ainda hoje temos, herdadas que foram da Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX.
Isso é que deve ser discutido, compreendido, e, na medida do possível, controlado e dirigido.
http://www.washingtonpost.com/opinions/review-the-second-machine-age-by-erik-brynjolfsson-and-andrew-mcafee/2014/01/17/ace0611a-718c-11e3-8b3f-b1666705ca3b_story.html

domingo, janeiro 05, 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty



A Vida Secreta de Walter Mitty

este filme de Ben Stiller foi a minha tarde de Domingo. Em boa hora.
Tinha sido recomendado por uns amigos que sabem do meu fascínio pela fotografia.
A história, magnífica, e mostra-nos a fotografia como ela é; uma permanente aventura e a "quintessência" da memória dos afectos.
O herói da fita, Walter Mitty ((Ben Stiller), nasceu nas páginas do The New Yorker, em 1939, como personagem de um conto de James Thurber's. Converteu-se num arquétipo americano para aquilo que eles chamam "day dreamers", ou seja, zés-ninguém sonhadores.
Neste filme de 2013 (há outro com Danny Kaye rodado em 1947), Walter Mitty é apanhado nas engrenagens do avanço tecnológico e da transformação da grande revista ilustrada LIFE numa versão mais "magra" e "online".
O gigantesco acervo de imagens em película, que é o departamento em que Walter trabalha, é uma espécie de biblioteca preciosa que os baldões da rentabilidade ameaçam incendiar, numa lógica insensível à invisível montanha de aventuras e de afectos que lá se escondem.

quinta-feira, maio 16, 2013

quinta-feira, março 28, 2013

A Força da Fotografia

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A Força da Fotografia 

Uma história tocante contada por Nancy Martha West, autora do livro 
"Kodak and the Lens of Nostalgia"

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quarta-feira, fevereiro 20, 2013

ENTRE(as)VISTAS


É já no próximo sábado o lançamento do livro do meu amigo Pereira Bastos.
 Está à venda na Barata ou no sítio do "Sítio do livro"

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quarta-feira, dezembro 12, 2012

HABITAT 2012





HABITAT 2012
cem câmaras num ano

quase sem dar por isso, envolvi-me num aventura; coleccionar e fazer funcionar máquinas fotográficas analógicas, de rolos, produzidas durante o século vinte.
Um dia talvez conte todas as peripécias que tal  tipo de experiência envolve.
Para mim foi uma espécie de reconstrução do meu percurso como fotógrafo, uma forma de (re)viver sensações que não pude ter no tempo próprio.

Foi também uma maneira de resistir e reflectir sobre as facilidades, antes impensáveis, que as tecnologias nos trouxeram no domínio da fotografia.

Com máquinas que me chegaram dos quatro cantos do planeta, na maior parte dos casos sem trazerem nada sobre os seus passados, abre-se-me um vastíssimo campo à imaginação. Que é que terão visto todos aqueles "olhos" ?
Durante um ano dei-lhes a ver o meu habitat; a minha casa, a minha cidade e o meu país.
Às vezes interrogo-me sobre o que pensarão elas de tudo isto.

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quarta-feira, julho 04, 2012

CHANNEL

sexta-feira, maio 25, 2012

Os limites do Capitalismo

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in EXPRESSO Actual, 19.05.2012



Um texto e um livro importantes. 
Jappe defende nele algumas teses que eu já tinha enunciado em 2003, embora com uma lógica diferente (no livro "Do Capitalismo para o Digitalismo").
Em vez da fórmula genérica "lucro obtido em cada produto cada vez menor" como explicação da crise actual do capitalismo, indicada por Jappe, eu defendo que o desaparecimento do trabalho vivo no acto da produção põe cada vez mais em causa a sustentabilidade da procura.
Esse efeito foi mascarado por doses maciças de crédito, para permitir gastar já hipotéticos rendimentos futuros, mas esse processo conduziu à crise actual cuja saída ninguém parece conhecer.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

KODAK, já vem de longe

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As notícias recentes sobre a falência da Kodak, que deixaram em pânico tantos fotógrafos, levaram-me a reparar neste anuncio. Saiu na revista ABC, no dia 1 de Outubro de 1925. A revista saía todas as quintas-feiras e custava 1.500 reis ou, na moeda nova, 1,5 escudos.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

PAISAGENS

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terça-feira, novembro 22, 2011

As pedras de PETRA


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