quarta-feira, outubro 16, 2019
quinta-feira, dezembro 13, 2018
A greve dos enfermeiros - a grande viragem
- a grande viragem
É verdade que o sector da saúde se presta facilmente a este tipo de manobra mas, ao longo das últimas décadas, já houve outras greves no sector que não foram sujeitas a uma reacção tão violenta.
Por outro lado, embora mais difusas, não são menos importantes as greves nos transportes, no sistema de justiça, no sistema escolar, etc.
O que explica as inéditas tomadas de posição do governo Costa é o facto de esta greve pôr em causa a redução do horário para as 35 horas e chamar a atenção para o calcanhar de Aquiles das cativações orçamentais.
Por outro lado ela é possível porque o BE e o PCP estão, enquanto membros da maioria, impossibilitados de a contestar plenamente.
Aberta esta porta, da bondade inquestionável das greves, um tabu da esquerda desde o 25 de Abril, é altura de voltar a olhar para a lei da greve nomeadamente quando praticada por servidores do Estado.
Será legítimo fazer greve para obter direitos ou regalias da entidade patronal prejudicando essencialmente entidades terceiras, que são alheias ao conflito?
Não deviam esses terceiros ter pelo menos o direito a ser ressarcidos dos prejuízos?
Será legítimo usar um cargo na prestação de serviços essenciais ou críticos para obter uma capacidade reivindicativa anormalmente elevada e muito superior à dos comuns trabalhadores?
Como se podem admitir tal disparidade nos direitos cívicos?
Não seria finalmente este o momento para criar um tribunal especializado para o direito à greve?
Esse tribunal deveria ter poderes para determinar se, considerando os direitos e regalias pretendidos com a greve, estava garantida uma razoável proporcionalidade relativamente aos danos causados aos utentes bem como à sociedade em geral.
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sexta-feira, novembro 25, 2016
Documento delicioso
Trata-se de um relatório, feito por "agentes fiscais", que descreve o famoso "Primeiro Encontro da Canção Portuguesa" que teve lugar no Coliseu a 29 de Março de 1974. A preocupação parecia ser a de verificar se os artistas cantavam algo que não tivesse sido aprovado pela censura.
Eu, como milhares de outros portugueses, estive no Coliseu nesta noite fantástica que, sem dúvida, prenunciava a Revolução de Abril.
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segunda-feira, junho 09, 2014
10 anos
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terça-feira, maio 06, 2014
Narrativas simplificadas
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domingo, abril 27, 2014
Um grande texto
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terça-feira, dezembro 31, 2013
sábado, setembro 29, 2012
OS NOVOS AMIGOS DO POVO
Cofesso que me sinto incomodado por constatar que as recentes manifestações, contra a Troika e contra a austeridade, têm beneficiado de cobertura integral, em directo, pela televisão.
Durante décadas participei em incontáveis manifestações políticas e sindicais que as televisões remetiam, muito condensadas, para o mar da palha dos noticiários. Nessa altura esses meios estavam ao serviço da burguesia, ou do governo, o que era a mesma coisa.
Com amigos destes a Revolução está ao virar da esquina
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domingo, junho 10, 2012
quarta-feira, abril 25, 2012
Abril e os arrependidos de Novembro
Sargento Lima Coelho (presidente da Associação Nacional de Sargentos) adverte que o “poder político não está acima dos valores da Constituição”, nem acima “do compromisso que assumiu com o povo português”.
RR.SAPO.PT
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Entendemos ser oportuno tomar uma posição clara contra a iniquidade, o medo e o conformismo que se estão a instalar na nossa sociedade e proclamar bem alto, perante os Portugueses, que:
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segunda-feira, abril 09, 2012
O 25 de Abril na Manchete
Ainda acerca da intervenção dos fuzileiros na prisão de Caxias.
Nesta fotografia, encontrada na Manchete de 11 de Maio de 1974, fui descobrir o meu nariz ao lado do Tengarrinha, durante a já referida fase em que se aguardava no pátio da prisão a decisão da Junta de Salvação Nacional sobre a libertação de todos os presos.
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sexta-feira, abril 06, 2012
Os fuzileiros abriram as portas de Caxias
O Expresso, na Revista que hoje dedica à década 1973/1982, publica uma foto muito curiosa.
À direita pode ver-se o comandante Xavier, já falecido, que foi meu instrutor em Vale de Zebro e companheiro de armas na Guiné.
Foi ele, com o seu ar abrutalhado (tinha para aí um metro e noventa e era de ombros e rosto quadrado), que abriu as portas das celas e, em certos casos, fez temer tratar-se de um golpe de direita.
Na foto ele fala aos presos, no pátio da prisão, enquanto se esperava a ordem do Conselho da Revolução para libertar mesmo aqueles que eram acusados de "crimes de sangue".
Como a ordem nunca mais chegava ele teve que mandar recolher provisóriamente os presos aos corredores das respectivas celas, o que não foi bem recebido como se compreenderá.
Como ele me conhecia dos fuzos até me pediu, na circunstância, que o ajudasse a acalmar as hostes.
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sexta-feira, agosto 19, 2011
Dia Mundial da Fotografia
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sexta-feira, junho 10, 2011
Qué da minha Raquel?
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Sete anos é o tempo que levo de serviço nesta blogosfera e ainda não sei muito bem quem é a minha Raquel. Começo, portanto, a servir outros sete anos.
É nisto que dá comemorar o aniversário do blog no dia de Portugal e de Camões.
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domingo, maio 01, 2011
Venha cá
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segunda-feira, abril 25, 2011
Sem retórica
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sexta-feira, dezembro 31, 2010
Reveillons enfants de la patrie
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sexta-feira, dezembro 24, 2010
terça-feira, outubro 05, 2010
Pula lei e pula grei
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À hora aprazada, abriram-se as portas do salão nobre e começaram a surgir na varanda alta, de mármore, os presidentes.
O senhor presidente da comissão comemorativa, os senhores presidentes dos partidos da oposição, o senhor presidente do partido do governo, o senhor presidente da assembleia, o senhor presidente da câmara, o senhor presidente do governo e o senhor presidente da república.
Por trás, em magote, avultavam aqueles que nestas coisas fazem sempre de cenário.
As colunas da fachada suportavam a custo o peso de tantas gravatas, comendas, faixas e medalhas que, ao longo das décadas, fizeram do país o que ele é hoje.
E então começaram os discursos comemorativos.
Um dos oradores explicou piedosamente que “comemorar” significa relembrar em comum mas, como vivemos em democracia, no povo que enchia a praça fronteira, vinte metros mais abaixo, havia quem pensasse que as arengas eram demasiado “cume moratórias”.
No momento mais solene, a banda tocou o hino e a bandeira foi içada.
Sem que nada o permitisse prever, os notáveis da varanda galgaram um degrau invisível e ficaram empoleirados no parapeito de pedra, de mãos dadas, gritando “pula lei e pula grei”. E pularam no vazio, esmagando-se no empedrado.
Foi um gesto supremo de abnegação republicana, que deixou o povo um pouco enjoado e com cara de orquestra que se vê obrigada a tocar sem maestro.
Só muito mais tarde se percebeu que esse acto heróico o tinha finalmente convencido a assumir as suas próprias responsabilidades.
O povo tomou o destino nas suas próprias mãos, e estrangulou-o.
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segunda-feira, outubro 04, 2010
5 de Outubro
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