sábado, setembro 20, 2008

Não derrube o capitalismo, compre-o


"XANGAI - Sentada sobre US$ 1,8 trilhão de reservas internacionais -o maior volume do mundo- a China freqüenta a lista de possíveis compradores de algumas das mais tradicionais instituições financeiras norte-americanas arrastadas pela crise do setor imobiliário, mas qualquer movimento nesse sentido pode gerar reações políticas nos Estados Unidos e na própria China.
O Financial Times afirmou na quinta-feira que o fundo soberano de investimentos do país asiático negocia a compra de 49% do capital do Morgan Stanley. No fim de semana passado, o mesmo fundo participou ao lado do Bank of America da fracassada negociação para a compra do Lehman Brothers e, em 2007, já tinha desembolsado US$ 3 bilhões por uma fatia do Blackstone e US$ 5 bilhões por 9,9% do Morgan Stanley.
Com sobra de dinheiro no momento em que a liquidez secou no mercado mundial, a China seria um dos candidatos óbvios para investir no setor financeiro norte-americano, não fosse a desconfiança política que marca o relacionamento entre os dois países.
Pequim adotou uma estratégia muito mais cautelosa de internacionalização depois que sua oferta de US$ 18,5 bilhões para a compra da petroleira Unocal teve que ser abandonada em 2005 em conseqüência da reação negativa dos congressistas dos Estados Unidos, que viam na aquisição uma ameaça aos interesses estratégicos de seu país".
ESTADÃO 19.09.2008

Talvez seja o medo da China a verdadeira razão por que o Estado americano deitou a mão ao mercado, insuflou confiança e promoveu a elevação das cotações na bolsa. (Até Obama apoia)
Aditamente às 13:20 - Será que podemos estar perante uma nova estratégia chinesa para construir o socialismo, do tipo "Não derrube o capitalismo, compre-o" ?
Não foi isso que aconteceu com os feudos ? Deixaram de ter viabilidade económica e acabaram, em muitos casos, comprados por burgueses enriquecidos pelo comércio.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Boa observação mas talvez seja mais fácil deixar o Capitalismo ruir sozinho...

F. Penim Redondo disse...

Tudo o que está a morrer serve de alimento, inevitavelmente, a algo que está a nascer.

Nesse sentido nunca se morre sózinho.