sábado, setembro 06, 2008

A imponderabilidade de Nobre Guedes





"Luís Nobre Guedes, um apoiante de sempre de Paulo Portas, demitiu-se da vice-presidência do CDS-PP, cargo para que tinha sido eleito no congresso de Torres Novas, em Maio de 2007.Contactado ontem pelo PÚBLICO, Nobre Guedes confirmou a sua demissão, mas recusou-se a revelar as razões que o levaram a abandonar o cargo: "Sobre isso não faço comentários", disse, declarando não se lembrar "mesmo" da data da carta que escreveu ao líder do CDS, na qual formalizou a sua demissão.A carta foi escrita em Setembro de 2007, mas Portas nunca permitiu que a notícia fosse tornada pública, e a demissão foi mantida no mais absoluto sigilo. De tal forma que, ainda ontem, no site do CDS a fotografia de Nobre Guedes continuava a aparecer como vice-presidente do partido."
Público, 02.09.2008

Depois deste espantoso episódio, num país em que a política se torna cada vez mais caricata, podemos duvidar de que Nobre Guedes tenha realmente sido ministro ou mesmo de que Nobre Guedes realmente exista.

Se este homem consegue sair do seu partido e, durante um ano, ninguém dar por nada das duas uma: ou ele não costumava fazer grande coisa ou o partido funciona tão bem ou tão mal que nem se dá conta de quem se vai apeando do "taxi".

Acho espantoso que ainda haja quem discuta este assunto, sem se rir, no plano da honestidade de Paulo Portas e da falta de respeito pelos orgãos do seu partido.

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