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O novo filme de Peter Greenaway é uma longuíssima dissertação sobre as relações entre a arte e o poder. Mostra o famoso quadro de Rembrandt "A Ronda da Noite" não como o desfile prazenteiro de uma confraria mas como a denúncia, pelo pintor, de lutas intestinas sustentadas por crimes. Denúncia pela qual paga um elevado preço.
A arte e o poder - e o poder da arte- num filme esteticamente impressionante.
O filme assume uma actualidade insuspeitada quando a sociedade holandesa do Século XVII nos é mostrada na sua faceta marcadamente mercantilista; uma sociedade onde tudo parece ter um preço e onde tudo se paga.
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