terça-feira, dezembro 09, 2008

Sexta-feira Paralamentar

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5 de Dezembro foi a sexta-feira fatídica do PSD em que, ao contrário do Benfica, não soube tirar partido de um deslize dos seus adversários no Parlamento.
No meio de todo o alarido só José Simões lembrou que as gazetas dos deputados não começaram agora, são um hábito antigo. Depois disso lá veio o DN confirmar a rebaldaria.

A nossa reportagem descobriu que nem as estátuas de S. Bento resistem aos fins de semana prolongados. Mas, para sermos justos, é preciso dizer que o PS e o PSD são os mais faltosos e que há outros partidos que respeitam as suas obrigações perante os eleitores..

1 comentário:

Anónimo disse...

Desde o principio do regime que os chefes partidários só se lembram da
Assembleia quando qualquer coisa corre mal. O resto do tempo tratam os pobres "representantes da nação" como um bando de menores, sem opinião, sem responsabilidade e sem carácter.
Por muito que nos custe, a Assembleia é uma espécie de escola secundária, à velha moda, onde se marcam faltas e as criancinhas vão fazendo o que lhes mandam. Estão lá para se levantarem, ou sentarem, conforme a "direcção da bancada" lhes diz para se levantarem ou sentarem, e ocasionalmente para uma pequena sessão de propaganda. Não valem nada; e nunca se envergonham com isso.
0 que se compreende. A carreira de um deputado é um longo curso de obediência e humilhação. Precisam, primeiro, de apoio local ou do patrocínio de um chefe influente de Lisboa (que geralmente se adquire por intriga e por um quase obrigatório servilismo). São, a seguir, eleitos pelo partido, sem esforço próprio (ou pouco esforço próprio). E desembarcam em S. Bento para uma vida de total ociosidade. Para efeitos práticos, não existem. A Assembleia é uma sinecura e eles vêem a Assembleia como a sinecura que é. Tanto quanto possível, não põem lá os pés, trabalham "para fora",tentam viajar (oficialmente, claro) e fogem nos feriados. Não se percebe a fúria da dra. Manuela com este arranjo. Ela já por lá andou e conhece a "casa". Que esperava ela, se não o que sucedeu?
VPV, Público, 07.12.2008