BELÉM E GAZA - O Conselho de Segurança da ONU aprovou neste domingo uma declaração pedindo o fim da violência na Faixa de Gaza. O comunicado lido pelo embaixador da Croácia na ONU, Neven Jurica, não tem o peso de uma resolução, apenas expressa a opinião dos 15 integrantes do conselho que, depois de quatro horas de discussão, pediu ainda que os dois lados levem em conta a crise humanitária na Faixa de Gaza. O documento contém um apelo para que Israel abra os postos de fronteira com o território palestino para permitir a entrada de ajuda.
Ano após ano sucedem-se os atentados, os mísseis e os morteiros furtivos, os raids aéreos e as ofensivas terrestres. Até à náusea descrevem-nos as negociações, intermediações, acordos e tréguas que são sempre sucessivamente desrespeitados.
Instalou-se uma espécie de anestesia geral que convive passivamente com esta demonstração insuportável da impotência da razão. A ONU e a comunidade internacional, reféns de interesses poderosos, mostram-se incapazes de impor a justiça na Palestina e revelam dessa forma a sua inépcia e o seu cinismo.
Às barbaridades no terreno sucedem-se os apelos dos Papas, dos Presidentes, dos Intelectuais, dos Humanitários de todos os matizes. Mecânicos e sibilinos. Estou farto, farto !
Resolvam o problema ou calem-se de uma vez.
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3 comentários:
Não vão resolver. É uma questão de correlação de forças, a nível do governo dos EUA. Que não está para mudar. Também estou mais que farto.
FSilva
Também eu estou farto, da violência fanática, assuma ela a forma falsa e melíflua dos caracóis pendentes ou dos olhares torvos do fundamentalismo, porque dela resulta sempre o grito lancinante da desesperança, a dor de uma criança, nas esquinas da morte, diante do incompreensível.
Farto sim, mas calar não, para que não se repita a "Solução Final".
Torres (o escrevinhador)
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