sábado, abril 16, 2011

Amigos da onça

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Com amigos destes (na UE) não precisamos de inimigos (FMI), a confirmar-se o conteúdo desta notícia do Expresso.

Depois de tanta diabolização do FMI acabamos por precisar dele para nos defender dos nossos "amigos europeus" que nos querem impor condições ainda mais draconianas.


Sócrates ainda continua a querer convencer-nos de que tinha uma solução europeia para Portugal com o PEC IV. 

É caso para perguntar porque não se aplica então a tal solução milagrosa e porque é que o PEC IV é agora, apenas, o "ponto de partida" para maiores sacrifícios? 
É que entretanto nada de substancial se alterou no plano económico mas todos os dias surgem notícias de rejeição da "ajuda" a Portugal em vários países europeus.


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4 comentários:

Anónimo disse...

"... nada de substancial se alterou ..."!!!

Andamos a dormir ou quê? Não viu as reacções à rejeição por parte dos governos europeus? As taxas de juro não se alteraram? As agências de rating não aproveitaram a boleia?

Uma coisa é ser contra o PEC IV, outra é ser cego às consequências da rejeição.

F. Penim Redondo disse...

Se as decisões europeias são pautadas pelas agências de rating temos que concluir que não constituem uma solução.

Anónimo disse...

"... não constituem uma solução."

De acordo. Mas até a Dilma nossa prima, quando os nossos prestimosos jornalistas lhe foram estender a mão à caridade, disse que, se bem se lembrava, para comprar dívida tinha que ter rating AAA!

Não são solução, mas têm muito músculo por trás.

Gel Santinário disse...

O modelo Agencias de Rating tem os dias contados... espero é que o novo modelo não seja novamente elaborado na universidade de Stanford, já era tempo de termos uma agencia europeia e também já era tempo de sermos mais independentes dos americanos a mais níveis.
Concordo que de facto a rejeição do PEC IV, acelerou o inevitável, mas nunca saberemos como teria sido se estivessemos com o PEC IV... nunca se sabe o futuro, às vezes um coisa muda o cenário económico todo de um dia para outro, veja-se o caso do Japão.
Gosto da ideia dos cambios flutuantes, proposta ontem pelo Brasil, mas é preciso mais e mais depressa. A Europa tb não aguenta muito mais tempo e o facto de terem dificuldade em justificar o emprestimo a Portugal assim o prova.
Também ficou claro esta semana , que Sócrates e Passos concertaram as coisas desta forma, reuniram-se, negociaram em bruxelas, criaram a pseudo-crise, e o proprio presidente está omisso intencionalmente.... há para mim, mais além da vista.
Quantos países vão ter que cair, para as coisas mudarem.